Cap 5-𝕹𝖔𝖛𝖔𝖘 𝕬𝖗𝖊𝖘

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(desculpem a qualidade, foi o melhor que eu consegui fazerkkkk)

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–CAP 5–
Novos Ares”

Alguns dias–aproximadamente 9 dias ou mais– haviam se passado, Ava e eu saímos do quarto algumas vezes. Não ocorria muita coisa dentro do quarto, ficávamos conversando por horas, dormíamos. Mas com toda a certeza era melhor do que o calabouço, foram pouquíssimos dias porém, com toda a certeza, foram os piores, sabendo que poderia morrer a qualquer momento, com medo de abusos sexuais, agressões físicas e psicólogicas. Eu tinha a mesma sensação em minha antiga casa, mas lá apesar de tudo teria como escapar, lá no calabouço, não tinha muita opção.

Pela posição do sol já era tarde, nós duas já estávamos acordadas. O silêncio permanecia. Ava não estava falando muito, o que é estranho, já que ela é uma pessoa tagarela.

—Ava, algo aconteceu?–pergunto indo até ela que estava observando o lado de fora pela janela.

—Não, nada aconteceu.–disse em um tom fraco e de tristeza.

—Claro que aconteceu, você nunca fica assim tão quieta. Em quem ou o que estava pensando?

—Minha família. Imagino a decepção e rancor de meu pai a tristeza de minha mãe a vergonha de meus irmãos.

—Oh minha amiga...Não pense nisso. E-eles–gaguejo tento achar as palavras certas.—Não pense assim minha amiga.

As lágrimas da menina estavam molhando o seu rosto. Eu que nunca tinha a visto chorar a abraço forte e enxugo suas lágrimas. Tento acalma-la.

—Queres sair? Pegar um pouco de ar?–pergunto olhando para ela.

—Se fosse possível...

—Sente-se aqui, irei trançar meu cabelo e assim podemos sair.

Após trançar meus cabelos vou até ela para que pudéssemos ir juntas.

Saímos do quarto e andamos um pouco e logo depois os guardas, os mesmos que ficam na porta de nosso quarto, começam a nos seguir.

Quando saímos vejo o Rei no mesmo lugar de dias atrás olhando pra paisagem. Por Deus, parece que ele está me seguindo.

—Vamos...–digo ajudando Ava caminhar e dou um leve sorriso para reconforta-la.

Chegamos em um lugar onde o sol forte da tarde não tivesse tanto efeito em nós.
Ficamos um tempo olhando para o lugar, observando cada detalhe do local.

—Porque não vai falar com ele?–pergunta.

—Como disse?–a olho sem ter certeza de suas palavras.

—Vá falar com ele, ué.

—Acho que você não está doente, está ficando louca!–solto uma risadinha.

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