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Anteriormente:

"O olhar de Can demonstrava uma confusão.
Ainda assim, ele abriu a caixinha e encontrou uma câmera instantânea.
Embaixo dela, era uma foto minha e atrás um breve texto.

"Dizem que os 8 são chamados bodas de papoula.
E o que quer dizer?
Bem, as papoulas são frágeis e podem desaparecer rápido como um vento. Mas também é um símbolo de ressurreição.
E o amor também é assim, as vezes até efêmero. É preciso muita sabedoria para renascer mais doce a cada contratempo.
Esses 8 anos são um lembrete para nos amarmos mais, para cuidarmos e renovarmos nossos sentimentos.
(Eu te amo muito!)

Ah, e a papoula também é o símbolo da fertilidade.
O que quer dizer......."

Can levantou o olhar para mim e eu tentava segurar um sorriso.

Ele olhou para a foto novamente, provavelmente lendo o texto novamente.

E então o olhar dele enfim bateu no fundo da caixa.

Ele sorriu, apontando para a último "dica"
-É verdade?

Tirei a caixa da mão dele e o beijei.
-Feliz 8 anos de casados, papai!"



***



Eu tinha entendido certo?
Sanem estava grávida?
Por Allah, isso explica as oscilações de humor e os enjoos que ela estava tendo.

A abracei forte e cheirei seu cabelo, aquele cheiro que me tranquilizava.

-Sanem, você fala sério!?

Ela assentiu, mas não estava exatamente feliz.

-O que foi? - falei enquanto acariciava a base de sua coluna.
E foi aí que me deu um estalo;
-Sanem, é um bebê só?

Comecei a rir de desespero.
Eu esperava do fundo do meu coração que sim.

-Eu não sei... Mas acho que sim!

-É com isso que você está preocupada?

-E você não?

-Um pouco, mas se for mais de um, o que podemos fazer? Nada!

Ela passou o braço pelo meu pescoço e com a outra acariciou minha barba.
Céus, como eu senti falta daquele toque.
Deniz tinha razão quando falou que eu não consigo ficar longe de Sanem nem mesmo um dia.
Estaria sempre faltando algo.

-Eu te amo. E sempre irei te amar!
Obrigado por esses 8 anos de casados. Por ser essa mulher inteligente, bondosa, por ser a melhor mãe, a esposa mais quente - falei enquanto passava a língua por seu pescoço.
Por gerar os 4 ou 5 bebês mais lindos do mundo.

Sanem jogou a cabeça para trás em uma gargalhada.
-Deus permita que sejam 4!

Ela esfregou o rosto em minha barba, de olhos fechados, enquanto desenhava círculos em meu ombro.

-Porque uma câmera instantânea?

Sanem me deu um sorriso intimidador.
-Eu ia tirar uma foto ousada, uma brincadeirinha.
Talvez o presente fosse mais para brincarmos juntos.
E também ia escrever algo picante...

Passando meu nariz por sua bochecha, sussurrei em seu ouvido:
-E porque desistiu?

-Número um: estávamos nos estranhando.
Número dois: eu estou grávida, como ia tirar uma foto sensualizando de escrever algo fofo atrás?
E número três - Sanem falou fazendo com os dedinhos gordinhos e pequenininhos mais lindos do mundo.
Peguei sua mão e mordi, o que não a impediu de continuar falando.
Ela me abraçou, falando com uma voz rouca em meu ouvido: - ao invés de escrever, preferi fazer.

E assim, terminamos nosso aniversário de casamento da melhor forma que poderíamos: nos amando.

(Concluída) Especial 6/8 - Finais felizesDonde viven las historias. Descúbrelo ahora