𝕆 ℝ𝕦𝕚𝕧𝕚𝕟𝕙𝕠 𝔻𝕠 𝕄𝕖𝕦 ℂ𝕠𝕣𝕒𝕔𝕒̃𝕠

1- Sebo Universo Dos Livros

Esse livro é para pessoas como a Nathi, que acreditam que o amor surge em momentos inesperados

Muitas pessoas querem ter sonhos lúcidos, até tentam ter fazendo exercícios para isso. Mas apesar da pessoa ter controle das suas ações, ela não consegue controlar o que acontece no sonho. Eu sou uma pessoa que tem sonhos lúcidos e não gosto muito disso. E eu estava em um deles.

Eu conhecia muito bem onde estava, era a Terra do Nunca, terra mágica que eu sonhava em ir quando criança e que já visitei através de sonhos várias e várias vezes.

A pessoa na minha frente também era bem familiar para mim, Peter Pan.

''Vejo que eu não sou mais o único ruivo do seu coração.'' me acusou cruzando os braços como se estivesse ofendido.

'' Do que você está falando? E saiba que já faz tempo desde que eu gostei de você.'' retruquei sabendo que não tinha muito o que fazer. Era um sonho e como já tive vários com o Peter, sei bem como ele é.

''Não se faça de desentendida, você sabe que gosta dele! E eu sei que você ainda me ama.'' teimou mais ainda. Sério, ás vezes eu esqueço como eu gostei dele quando criança.

'' Já tinha me esquecido da sua arrogância. Mas não faço ideia de quem que você está falando.''

''Primeiro: você até salvou o contato dele naquele treco como Ruivinho Do Meu Coração e até onde eu sei sobre a sua vida (que é tudo), você só conhece dois ruivos: eu e ele. Segundo: se tivesse me superado, você não guardaria com todo o carinho as aventuras que tivemos através dos seus sonhos e você não estaria conversando comigo agora.'' disse com o seu típico sorrisinho malandro.

Acordei no susto, tinha me esquecido como esses sonhos eram realistas. Só para ter certeza, entrei nos contatos do celular para ver se não tinha ninguém com o nome Ruivinho Do Meu Coração. Fiquei aliviada ao ver que não.

Mais calma, olhei no relógio, eram 7h30. Eu poderia voltar a dormir, mas vi uma mensagem da Dona Rosa, dona do Sebo Universo Dos Livros (o meu sebo favorito da cidade), avisando que hoje iria chegar livros e mangás novos no sebo. Se eu corresse, poderia pegar o ônibus para o centro e chegar bem na hora que o sebo abre.

A dona Rosa já se acostumou comigo lá, afinal, quando eu não estou no sebo, estou em casa lendo algum livro, na escola por obrigação ou na igreja. Ela já até falou que quando conseguir colocar o sebo como uma das lojas da Guardinha, ela me contrataria, porque de vez em quando eu ajudo ela a organizar os livros, por gênero e ordem alfabética.

Como era sábado e estava de manhã resolvi não acordar meus pais e ir de ônibus, e deixar um recado na geladeira, para eles saberem onde estou. Talvez a minha mãe fique brava, porque ela não gosta de quando eu saio sem avisar realmente.

Fiz minhas higienes e coloquei o meu moletom favorito, um com o símbolo do Clã Uchiha, com uma calça jeans escura e fiz um rabo de cavalo, peguei minha mochila e fui para o ponto de ônibus perto da minha casa.

Acredito que uma das únicas vantagens de acordar cedo no sábado, é que o ônibus não está tão cheio como nos outros dias da semana ( mesmo que continue cheio), então eu consegui um lugar para para eu me sentar. Peguei o livro que eu estava lendo, O Lado Mais Sombrio, e coloquei o fone com a minha playlist de leitura.

Pouco tempo depois, percebo que alguém está me observando e como eu não consigo ler sendo observada fui procurar quem era. Pausei a música, tirei o fone e olhei para a minha frente e vi um menino ruivo de olhos castanhos esverdeados, com o rosto cheio de sardinhas fofas, em pé, com um moletom da Akatsuki e o livro Príncipe Cruel nas mãos me encarando. Interessante.

Não teve como não reparar como o menino era bonito. Confesso que eu tenho uma leve quedinha por meninos ruivos, mas quem não tem?

Voltei a olhar o meu livro, mesmo sabendo que não conseguiria ler.

_ Uma foto dura mais.

Suas bochechas ficaram levemente vermelhas, envergonhado, o que deixou ele mais fofo ainda.

_ Me desculpe, queria ver o nome do livro.

_ O Lado Mais Sombrio.- eu disse sem tirar os olhos do livro, tentando esconder a minha grande vontade de rir.

_ Parece ser interessante, vou ver se adiciono na minha lista. - falou percebendo que eu não queria conversar.

Depois disso ele não falou mais nada e parou de me encarar fazendo o caminho seguir normalmente.

Quando chegamos na cidade, eu me levantei e involuntariamente procurei pelo menino e não achei, devia já ter decido.

Aquele menino fez a fanfiqueira que habita em mim despertar e criar um bela fanfic de como era a vida dele e acredito que ela não vai ficar quieta por um bom tempo, já comecei a controlar ela para não criar uma história que seja eu e ele.

Para melhorar meu dia, quando eu estava andando, olhei rapidamente para uma loja e vi algo correndo para dentro dela. Mas quando olhei para dentro da loja, não tinha nenhuma movimentação estranha. De novo, vi eu vi algo que não existia. Isso acontece quando eu estou com sono ou quando estou tão criativa que parece que meu mundo particular se mistura com a realidade. Isadora, uma amiga minha, fala que eu sou esquizofrênica por ter esses relances da minha imaginação.

Isso acontece porque esses universos e os personagens que eu crio, são tantos que precisam sair um pouco.

Voltei a andar, sem nem ter percebido que tinha parado, e percebi que meu celular estava tocando.

Entrei em uma loja de 1,99 e peguei meu celular achando estranho, ninguém liga para mim, tirando as ligações de São Paulo. Era a Isadora.

_Alô.

_ Alana! Que bom que você atendeu, já estava pensando que você iria vir na minha casa para me matar por eu ter te acordado. Comecei até ver modelos de caixão.

_ Sorte sua que dona Rosa me avisou que chegou livros novos e estou chegando no sebo.

_ Sabia! As únicas coisas que fazem você levantar cedo num sábado sem ameaça são livros novos, missa e viagem.

_Tá mas agora fala o que você quer porque estou no centro da cidade e para eu ser assaltada é fácil. - falei da minha forma muito carinhosa que eu trato minha amiga.

_ Também te amo. Mas eu iria te perguntar se queria passar a tarde aqui em casa para fazer nada comigo, mas como eu sei que entre livros e eu, os livros ganham, então se divirta, talvez eu vá fazer companhia para vocês no café da tarde.

_ É... Tudo bem. Acho que dona Rosa vai amar a sua visita... Aliás, acabei de lembrar que ela mandou um beijo.

_ Fala para ela que eu mandei um para ela também. Tchau.

Nem esperando eu responder desligou na minha cara.

Saí da loja e voltei a caminhar. O sebo estava a uma quadra de onde eu estava.

Algo me dizia que esse dia vai ser longo...

Oi pessoas!

Quero avisar que irei postar um dia sim, um dia não, pois preciso de um tempo para terminar de escrever e minha linda editora Nathi, revisar.

Quero falar que após acabar de publicar os capítulos desse livro, vou voltar a escrever As Crônicas De Uma Desastrada (ACUD) e, por enquanto está previsto mais 6 crônicas para alegrar o coraçãozinho de vcs!!

Obrigada por lerem!

Bjs<3