CAPÍTULO 8.

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O final de semana simplesmente passou como um simples sopro de vento. Ambas não sentiram o tempo passar devido aos seus afazeres. Principalmente Seulgi, a qual se viu cheia de trabalhos em sua frente. Já Irene estava mais tranquila, porém ainda utilizava seu tempo livre para estudar, pois, as provas logo estariam aí.

Sobre a noite de sábado? Nem sequer comentaram. Irene havia assistido o tal filme de terror, sozinha, sem nem mesmo se importar com o que aquilo lhe afetaria. A Kang ainda não havia lhe revelado sobre o beijo que dera em Jisoo na noite passada. Não é como se as duas estivessem se evitando, apenas possuíam tempos curtos.

Eram nove horas da noite, um domingo cansativo, rodeado de vários "nada" para fazer. Seulgi e Irene encontravam-se cansadas de tanto, mas tanto mesmo, estudar. Ficar em média 6 horas com os olhos pregados em trezentas mil páginas de livro não era nada fácil de lidar. Sentiam fome, sono e tédio. Joohyun não estava tão disposta para cozinhar e embora Seulgi soubesse disso, ainda perguntou para a mais velha se não podia preparar algo. O resultado disso foi, como o esperado, uma resposta travessada, lotada da personalidade de Irene: pavio curto.

Antes disso, sem mais o que ler ou decorar, a Kang fechava o livro com a maior vontade do mundo. Na verdade, o que queria era jogá-lo pela janela e nunca mais o ver na vida. Não sabia que para ser advogada precisava de tantas coisas para encaixar em sua cabeça.

Levantou-se da cadeira de sua escrivaninha e andou descalça pela casa à procura de algo para degustar, pois sua barriga implorava algo para parar de roncar. Abriu sua pequena geladeira e o que viu foi de dar desgosto: apenas um pacote de lámen. Há quanto tempo não iam ao super mercado? Vinte anos? Bufou ao notar a ausência de alimentos e gritou por sua unnie, que ainda se encontrava concentrada em seus livros medicinais.

— Hyun! — alteou sua voz o mais forte que pode para que a mais velha viesse até onde estava. Notando que de nada adiantou, gritou outra vez, de outro modo. — Bae Joohyun! — a garota ainda não havia se manifestado. — Irene, nerd, que tem medo de barata e quer ser médica! — aquilo havia sido a gota d'água.

Rapidamente, Irene levantou-se de sua cama e saiu enraivecida de seu quarto. Como a garota podia atrapalhar seu horário sagrado de estudo, pensava?

— Mais um grito e eu enfio o chinelo na sua goela!! — preferiu brava da porta de seu quarto.

— Finalmente ouviu minha voz. Estou te chamando faz meio século! — replicou atrás do balcão da cozinha com um olhar debochado.

— Diz logo o que quer, que eu não posso perder tempo! — exigia impaciente.

— A geladeira está vazia e eu estou morrendo de fome... — apontava para o refrigerador, basicamente, limpo.

—Tá! — soltou o ar de seus pulmões, como se quisesse evitar matar alguém. — Deixa eu ver se entendi: você tem um lámen na sua mão, tem um fogão do seu lado, tem um fósforo logo acima, praticamente tudo aí. Daí você quer que eu vá até para cozinhar? — dizia tudo aquilo num tom ludibriado.

— S-sim... — retorquiu como se aquilo fosse óbvio.

— Você vai ver o que irei cozinhar... — antes que terminasse, Seulgi a cortou.

— Tá bom, já entendi. Pode voltar lá, que eu faço. — respondeu, evitando que Irene a tirasse da pior forma possível.

Ouvindo aquilo, Irene retornou ao seu quarto, satisfeita com a ação da monólita, fechando a porta logo em seguida.

Seulgi pegou a panela, pôs água, pondo-a posteriormente no fogo para esquentar. Enquanto todo o processo era feito, pegou seu celular, começando a vasculhar suas mensagens, avistando uma de Jisoo. Ao notar, sorriu automaticamente. Abriu rapidamente para saber o que a garota havia lhe enviado.

Amigas de Quarto | Seulrene Onde histórias criam vida. Descubra agora