2 - Boa Aluna

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Any Gabrielly

Ir para a escola na segunda nunca foi tão difícil como estava sendo. Eu estava atrasada e corria super rápido pelo corredor que levava até minha sala.

Eu não sabia com que cara iria entrar na sala de aula, não estou pronta para encarar o Noah. O que aconteceu na sexta, não devia ter acontecido.

Paro de frente a porta e respiro fundo para recuperar o fôlego. Olho por entre o vidro da porta e o vejo apresentando um vídeo.
Bato na porta e ele olha pra mim através do vidro. Ele caminha até a porta e tento não parecer afetada, eu ainda sinto os toques dele por meu corpo.

-atrasada senhorita Any, a aula começou as sete e meia, já são oito.

Ele estava sendo duro comigo e todos prestavam atenção. Ele deve ter se arrependido do que aconteceu e agora vai me tratar como uma qualquer.

-me desculpe professor, meu ônibus não passou no horário e eu tive que pegar dois metrôs.

A expressão dura no rosto dele suaviza e ele assente.

-eu vou deixar você entrar.

Agradeço com um meio sorriso e ele me dá espaço. Entro na sala de aula e vou até minha cadeira. Algumas meninas me olham com nojinho, elas sempre fazem isso.

Noah volta a soltar o vídeo e senta de frente a mesa dele. Tento prestar atenção a todo custo no vídeo que falava sobre as pinturas egípcias, mas eu sentia o olhar dele queimando sobre mim. Minha respiração estava começando a ficar acelerada e eu apertava as laterais da minha cadeira.

Direciono meu olhar pra ele, Noah estava passando os dedos entre os lábios e em seguida apoio o queixo na mão.

Estava tão quente.

-Any, você está bem?

A voz do Mike, um colega de classe, chama a minha atenção e o olho. Meu peito subia e descia rapidamente e era como se eu fosse desmaiar.

-Any?

Ele volta a me chamar e todos me olham.

-Senhorita Any?

Noah brota na minha frente e se agacha ao lado da minha cadeira. Ele toca meu braço e só o toque dele me faz arrepiar, mesmo que minha pele esteja coberta pela camisa social do uniforme.

-está se sentindo mal?

Faço que sim e ele me ajuda a ficar de pé. Me apoio nele e Noah passa o braço pela minha cintura.

-vou leva-la até a enfermaria, quero todos em seus lugares quando eu retornar.

Ele adverte e todos concordam. Saímos da sala e Noah vai me guiando, mas para a minha surpresa, ele não me leva até a enfermaria.
Noah abre a porta do banheiro privativo dos professores e me prensa contra a porta.

-o que está fazendo?

O olho curiosa e ele alisa meu rosto com delicadeza.

-eu não consigo parar de pensar em você, o que você fez, menina?

Ele olhava diretamente nos meus olhos e aquilo me causava calafrios, porém bons.

-não podemos está aqui, se alguém nos ver...

-não fala nada, isso não vai acontecer, todos estão em aula.

Noah aperta minha cintura e encosta a testa dele na minha?

-você estava tão nervosa na aula, por quê?- a pergunta dele tem uma resposta muito obvia.

-você me deixa assim- sussurro olhando prós lábios dele- por que estava me olhando daquela forma?

Os dedos dele entram por entre os fios do meu cabelo e arfo baixinho. Noah une nossos lábios e agarro a nuca dele. Ele me dá um impulso e entrelaço minhas pernas na cintura dele.

Enquanto nos beijávamos, Noah me põe sobre a pia de mármore e intensifica o beijo.

O medo de que alguém pudesse nos pegar ali deixava tudo ainda mais gostoso.

-você disse que seria uma boa aluna sempre- fala encerrando o beijo- mas chegou atrasada.

Uma gargalhada alta escapa por meus lábios e ele me olha um tanto encantado.

-eu moro em um bairro distante, não é culpa minha o ônibus não passar.

Ele concorda e me dá um selinho.

-professor, por que eu? Tem tantas meninas mais bonitas e interessantes naquela sala de aula.

Ele me olha como se estivesse buscando a melhor resposta e brinca com uma mecha do meu cabelo.

-você é diferente daquelas meninas, você nunca deu em cima de mim, nunca me ofereceu presentes e é a mais dedicada, seus olhares me tiravam do sério, ficava tentando imaginar o que se passava nesses olhos verdes...

Mordo o lábio inferior prendendo um sorriso. Ele é tão encantador.
O puxo para beijar seus lábios. Esse beijo é mais calmo, mais delicado.

-volte para aula no segundo tempo.

Ele pede cortando o beijo e assinto. Noah se despede com um lindo sorriso e sai me deixando ali. Desço da pia e me olho no espelho.

Eu devia evita-lo, se isso vier a tona, eu perderei minha bolsa e ele o emprego.

Meu Professor | NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora