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Stella estava sentada em uma poltrona com a luz de um abajur iluminando um livro cujo não havia o nome na capa.

-Oh meu Deus isso vai ser bem caro... -A senhora disse quando ouviu o estrondo da porta, desviou o olhar do livro para os três que estavam parados a encarando.

-Realmente muito calma para quem está próxima da morte. -Sherlock diz dando alguns passos a frente.

-A morte é apenas o começo de uma vida nova, não sei porque temem tanto ela. -Stella diz encarando Jane dessa vez. -Oh e você garota... eu nunca iria imaginar que você era detetive, você não imagina o trabalho que está dando para o meu filho Dylan, muitas pessoas morreram por sua causa, sabia? -A senhora diz colocando o livro encima de uma mesa de centro, Jane a encarou sentindo o baque de suas palavras, mas se manteve séria.

-Por que culpar ela? Quem falou para ela de Donna foi você, Jane não teve culpa nessa história, vocé é tão culpada quanto seu filho. -Sherlock caminhava pela casa com o maior conforto do mundo.

-Diferente de você senhor Holmes, sua namorada não tem escrito "detetive" na testa. -Stella levanta. -Felizmente eu vou morrer primeiro que vocês, suas caras confusas me dão enjôo. -Ela diz e John aperta o interruptor acendendo as luzes da casa, haviam móveis quebrados nos cantos, quadros com pinturas rasgadas e a televisão na parede, estava em pedaços.

-Por que seu filho fez isso com Donna? -Jane pergunta.

-O amor é um jogo perigoso Jane, se você não souber jogar, as coisas irão acontecer e você não saberá como para-las. -Stella diz voltando a ler seu livro, ou pelo menos fingir que lia.

-Crime passional? Eu sabia! -Jane se orgulhou de deduzir tal fato.

-Bom... pelos meus cálculos que possivelmente estão certos, você vai morrer em umas doze horas então, sugiro que fale tudo que sabe sobre seu filho para podermos prende-lo a tempo. -Sherlock senta em um sofá a frente de Stella.

-Eu não tenho o que dizer sobre Dylan. -Ela olhou Sherlock de relance.

-Stella... acho melhor você colaborar. -Jane diz enquanto observava a casa. -Vou subir lá encima para ver o que acho. -Avistou uma escada e apertou um interruptor ligando as luzes do segundo andar antes de subir as escadas, ela ouvia as vozes de John e Sherlock no andar de baixo.

- Cuidado com os ratos aí encima, moça! Parece delicada demais! -Ouviu a voz rouca da mulher gritar.

A casa cheirava a poeira e havia bolor no pano das pinturas dos quadros, as paredes num marrom que há sessenta anos atrás deveriam ser brancas. Estava tudo organizado, apesar do pó e dos bolores, nos respectivos cômodos havia mobilia velha cubrida por lençóis brancos com manchas amarelas, exceto por um cômodo em específico que a luz não havia sido ligada como em todos os outros. Jane franziu a testa e adentrou silenciosamente o comodo, apertou o interruptor e assim que a luz se acendeu a porta se trancou e Jane sentiu um braço apertar seu pescoço.

-Me desculpe por isso senhorita. -Uma voz grossa disse a ela e bastou apenas um segundo para Jane notar com quem estava lidando.

"Jane!" Pode se ouvir a voz de Sherlock gritando do andar de baixo.

Ela tenta gritar mais seu grito é abafado por uma mão que ela rapidamente morde fazendo seu agressor grunhir.

-Desgraçada! -Ele diz apertando mais forte seu pescoço, Jane devido a perca do ar enfraquece e ele a solta dando um chute em suas costas fazendo a mesma cair no chão soltando um gemido de dor. Ela puxa todo o ar que consegue enquanto o filho de Stella observava sua mão sangrar dentre as marcas dos dentes da detetive.

Locked ChaseOnde histórias criam vida. Descubra agora