Prólogo

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Este livro é de minha autoria, postado inicialmente na plataforma Spirit Fanfic, com o mesmo nome, porém capa alterada.

Boa leitura ❤️

O frio de Londres era impressionante, Marple não estava acostumada a vestir tantos casacos. Em um restaurante de alta classe, Marple esperava seu companheiro da noite, um homem ruivo de ombros largos e um sorriso gentil, seu nome era Erik Jones, um americano que havia ido a Londres ao trabalho, alguém que Jane já conhecia há muito tempo e achou que deveria visita-lo para lhe fazer uma breve companhia, e talvez congelar no frio de Londres por algumas semanas. Jane bebia um vinho tinto que o garçom havia escolhido e ela não fazia idéia do nome, pois se tratando de vinho, ela só sabia beber. Longos minutos se passavam, e seu amigo já estava atrasado.

-Senhorita, deseja pedir algo? -O garçom que havia lhe servido o vinho voltou ao seu lado da mesa.

-Sim. -Marple rolou os olhos rapidamente para o cardápio, a porta de entrada do restaurante, e seu relógio de pulso que marcavam 20:30 da noite. -Qual o prato mais caro deste restaurante? -Marple perguntou ao garçom.

-Nós temos o Coq ao Vin de carne vermelha, exclusividade do cheff, banhado em um vinho de 1893 de raro encontro na Inglaterra. -O garçom diz com um leve sotaque francês em seu inglês.

-Sim, quero esse, e por favor, me traga mais desse vinho. -Jane diz apontando para o vinho em sua taça.

-Como quiser, senhorita. -O garçom se retira e Jane pôs se a ponderar. Seu amigo havia lhe dado um bolo, mas como Marple não era fã de bolos, decidiu devolver o dinheiro do custo, como boa mulher que é.

Assim que o prato chegou Marple deliciou a maravilhosa comida francesa acompanhada com o vinho tinto, após a sobremesa, um petit gêteau lhe satisfez como sobremesa, e após ir ao banheiro por rápidos minutos para retocar seu batom vermelho, Marple foi até o balcão onde uma mulher loira a atendeu.

-Como foi o jantar? -A mulher perguntou com um sorriso no rosto já sabendo da resposta.

-Perfeito, melhor não poderia ser. -Marple deu um sorriso.

-Me desculpe senhorita, mas eu não pude deixar de notar uma coisa, a mesa em que você estava, foi reservada por um homem chamado Erik Jones, ele disse que traria uma acompanhante porém, como posso ver somente a acompanhante veio, devo me preocupar? -A mulher perguntou encarando Marple.

-Oh, me desculpe por não avisar antes, mas o senhor Jones teve um imprevisto, não pode vir, então eu pedi meu jantar, pois eu não iria achar nada decente para fazer essa hora, vá por mim eu sou um desastre... mas o senhor Jones me disse que pagaria a conta, como ele deve ter feito a reserva do restaurante em nome de sua conta bancária, poderá ser descontado o valor do jantar, ele disse que lamenta muito não poder ter vindo, disse que a comida era excelente, e pelo visto, não estava errado.

-Tudo bem senhorita, irei ligar ao senhor Jones e... -A mulher foi interrompida.

-Se eu fosse você não ligava, ele disse que estava ocupado com o trabalho... você sabe... -Ela encara para o celular da mulher na mesa do caixa e vê que ela estava cortando a sí mesma de uma foto ao lado de um homem que segurava um diploma de advogado, na hora Marple supôs que seria um termino, e pela precisão que a foto era editada, aquilo significava orgulho, de não apagar a foto dos dois juntos e sim, somente ele. -Advogados... você sabe como é, sempre ocupados... -Marple fez cara de pouco caso, já a mulher mudou totalmente a expressão, limpou a garganta e sorriu para Marple colocando o telefone de volta no gancho.

-Com certeza, senhorita, apenas entregue isso a ele. -A loira entregou um recibo a Jane que sorriu e girou os calcanhares para fora do restaurante dando um largo sorriso ao ver os números do recibo.

-Foi um bolo bem caro senhor Jones... -Ela murmurou a sí mesma, rasgando o papel e jogando na primeira lixeira que viu.

Fazia um frio bom em Londres, em torno de doze graus, realmente era quase calor comparado as temperaturas ainda mais amenas que fazia na terra da rainha.

Marple fazia barulho com seus saltos baixos pelas calçadas de Londres, dava um passeio tranquilo pela cidade enquanto observava alguns lugares e tendo a seguinte conclusão; em Londres, qualquer lugar bem iluminado a noite fica perfeito para ser retratado em uma foto.

A pena foi que Marple deixou sua câmera no apartamento em que havia alugado, pois a essa hora da noite, os planos da jovem não era de tirar fotos de Londres, eram bem diferentes...

Alguns minutos se passavam, Marple já estava decidida a voltar para o apartamento quando algo lhe chamou a atenção. Um amontoado de pessoas se formavam em volta de algo, e Marple caminhou como quem não queria nada até o local, ao se aproximar viu uma criança que queria ver o que acontecia, porém algumas pessoas maiores o impediam, ele estava segurando os guidões de sua bicicleta amarela.

-Olá, por acaso sabe o que está havendo aqui? -Marple perguntou ao menino.

-Não ao certo, tem uma senhora deitada no chão, acho que ela dormiu ali... mas ninguém quer me acorda-la! Eu não posso deixar ela nesse frio ai... -O menino disse com uma inocência que surpreendeu Marple, uma criança que aparentava ter dez anos não sabia o que era um corpo morto? Bom, tudo bem que Marple ficou sabendo disso precocemente, mas em sua mente achava inadmissível, mas não ia dizer isso ao menino.

-Entendi... obrigada. -Marple ficou na ponta dos pés tentando olhar para  o centro daquele monte de pessoas intrometidas - que agora agora Jane fazia parte - querendo saber da morta.

Com dificuldade Marple chegou ao núcleo do caos que agora já ocupava proporções maiores e viu o corpo. Uma mulher de aparentemente uns quarenta e poucos anos deitada no chão de bruços com um buraco de bala na cabeça, havia sangue por mais ou menos uns nove centímetros de extensão do chão onde a cabeça da mulher ocupava. Ela vestia roupas sociais e uma bolsa tira-colo estava no chão ao seu lado.

-Dêem licença! Com licença! Saiam da frente todos!!! -Marple ouviu uma voz masculina e outras mais no local, devido a completa atenção ao corpo, Jane nem ouviu as sirenes da policia que agora devido a sua maior atenção estavam tão auditivas quanto as pessoas perguntando o que havia acontecido. Marple havia chegado há segundos no local e tinha plena certeza de uma coisa, não era assassinato.


Olá meus queridos leitores!
Peço perdão se vocês tem a infelicidade de não conhecer os livros da Agatha ou Jane Marple, creio que se gostam de mistérios e livros de crimes a serem solucionados vão gostar dos livros de Agatha.

A vocês que não conhecem, aos poucos eu vou lhes mostrando um pouco mais de Jane e de como ela aparenta ser perfeitamente normal mais não é, como na minha história Jane não tem sessenta e poucos anos, vai ser difícil, mas irei tentar!!

Obrigada por lerem ~

XoXo

~ Sherlockedyet

Locked ChaseOnde histórias criam vida. Descubra agora