Prateado
Stiles caminhava em um vasto campo, sentindo a grama macia roçar seus pés descalços e respirando o ar puro e gélido do amanhecer. Os primeiros raios de sol se escondiam atrás das montanhas e havia algumas nuvens no céu, esparsas e cinzentas.
— São belas, não são? — Uma voz doce questionou. A figura apontou para as flores, delicadas e brilhantes tulipas amarelas iluminadas pelo crepúsculo. Ele demorou para encará-las de fato. À sua frente estava Claudia Stilinski, sua mãe, o cabelo esvoaçando com a brisa.
— Mamãe?! Como a senhora está... — Stiles correu até ela e a envolveu em um abraço apertado, as lágrimas travessas já escorrendo pelo seu rosto. Como aquilo poderia ser real?
— Silêncio, querido. — Claudia acariciou seus cabelos delicadamente, como costumava fazer quando ele era somente uma criança hiperativa. — Não temos muito tempo...
— O que está acontecendo comigo? Mamãe, estou tão assustado... — A voz de Stiles estava embargada e ele soluçava feito uma criança, as imagens do que havia acontecido invadindo sua mente junto com a dor.
— Acalme-se, sunshine. — O apelido que também usava quando ele era pequeno. Claudia o puxou para mais perto, e ele desejou permanecer para sempre assim, aninhado e protegido no abraço de sua mãe. — Eu deveria saber que o feitiço não seria o suficiente. Mas ouça, Stiles... se você está aqui é por que está em perigo, está me entendendo?
— Do que você está falando, mamãe?! Que feitiço...? — Stiles não entendia o que ela estava tentando dizer, mas a dor na voz dela fazia seu coração apertar e as mãos tremerem.
— Você encontrará respostas no antigo chalé dos Hales. Eu sinto muito, muito, por não ter lhe contado antes, por não ter sido uma mãe melhor. Mas saiba de uma coisa, Mieczyslaw Stilinski, meu filho. Tudo o que eu fiz foi por você...
Stiles abriu a boca para responder mas nenhuma palavra saiu através dela. Subitamente, o céu escureceu e o campo ao seu redor começou a queimar, as chamas consumindo as flores e a relva. Ele não estava mais nos braços de sua mãe, não sentia mais o seu perfume doce e suave. Claudia desaparecera.
[...]
— Como ele está? — Scott perguntou ao entrar no quarto, ansioso. Ele trocava o peso dos pés e os olhos cansados analisavam tudo.
— Stiles ainda esta inconsciente. — Deaton começou, encarando o menino de pele pálida que jazia na cama de solteiro. — Mas seus sinais vitais estão normais e os ferimentos já se curaram completamente, ele está bem...
— Já se passaram dois dias, Deaton. — Scott engoliu em seco, lembrando de como o corpo de seu melhor amigo parecia enfraquecido e sem vida em seus braços quando o encontrou no Nemeton. — Ele está diferente, eu posso sentir isso no seu cheiro... E seu cabelo está cinza! Você sabe o que ele é, não sabe?
— Darach revelou sua verdadeira forma naquele ritual. — Deaton falava mais para si mesmo do que para Scott. O veterinário soava febril e cansado, como se tivesse passado a noite em claro e os livros antigos e pesados espalhados pelo chão denunciavam isso.
— Deaton, por favor. — O lobo suplicou, percebendo o cheiro de café e a xícara vazia que jazia na cômoda. — Todos querem respostas, estão confusos com o que aconteceu no Nemeton. Derek está louco para vê-lo...
— Muitas coisas estão em jogo. Precisamos agir com cautela. — O druida levou suas mãos até a testa, sem perceber o olhar extremamente curioso de Scott sobre si. — Derek... bem, não posso falar sobre isso no momento, mas precisei afastar os dois para o bem de Stiles. Mas ele poderá vê-lo mais tarde, e por isso chamei você aqui, preciso que dê a notícia a todos.
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Close Your Eyes • sterek
Teen FictionStiles vive com seu pai na cidade nem tão pacata quanto parece chamada Beacon Hills. Lidando com problemas e situações inesperadas ao ser mergulhado no mundo sombrio e perigoso do sobrenatural juntamente com seu melhor amigo, Scott McCall. Enquanto...