10 - Brilhando Por Dentro

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"Não fique desanimada

Oh, eu sei

É difícil criar coragem

Num mundo cheio de pessoas

Você pode perder tudo de vista

E a escuridão que está dentro de você

Pode te fazer sentir tão insignificante

E você aguentou tudo que consegue tolerar

Me chame

Porque você sabe que estarei lá

E eu vejo suas cores verdadeiras

Brilhando por dentro".

-"True Colors, "Cydin Lauper".

Era como fechar os olhos e decidir se jogar de paraquedas, ou em um mar, ou em vulcão. Sim, isso fazia mais sentido, pois estou me sentindo aquecida, sinto como se meu corpo fosse brilhar de tanto calor que estou irradiando, me sinto como algo chamativo, algo que atrai Adrian para frente e para trás, depois mais forte e fundo e eu simplesmente não conseguia dizer o quanto era bom. Meus braços, minhas pernas e no meio delas; toda EU aquecida e preenchida por Adrian. Ele se mexia como se não quisesse que isso nunca acabasse, devagar mas com força murmurando algo para si mesmo que eu duvido que eu consiga entender, eu não estava prestando atenção em muita coisa mesmo, só sabia que duas coisas estavam acontecendo comigo: a) eu estava fazendo sexo com ele; b) eu só conseguia pensar em quando seria a próxima vez em que faria sexo com ele. Sua boca colou-se a minha em questão de segundos, eu mantive meus olhos fechados e aproveitei a dança que nossos corpos faziam e as nossas línguas, talvez até nossos cabelos estejam juntos, grudados. A nuca dele estava com gotículas de suor, eu precisei agarrar aquele ponto quando ele se empurrava com mais força. Beijei seu peito. Ele beijou meu rosto e meu pescoço, colocou uma mecha de cabelo suado atrás da minha orelha e assim continuamos a nos movimentar; em algum momento ele disse que a cama não bastava, ele queria que eu ficasse segurando em seus ombros enquanto me erguia e me colocava ao lado da porta, que estava destrancada. A parede estava gelada, isso arrepiou minhas costas e minha cintura, Adrian usou uma das mãos para me manter parada e outra para se apoiar. Ele para.

- Está confortável? - Rio da sua pergunta.

- Nas circunstâncias, estou sim. - O beijo que lhe dei foi o combustível para que ele iniciasse os movimentos.

Sua maxilar chegou perto do meu queixo e a barba rala dele fez cócegas, Adrian sorriu -senti quando seus lábios tocaram a pele sensível da minha orelha - e seu hálito quente me fez gemer em surpresa. Ele disse:

- Qualquer pessoa pode abrir a porta e nos ver assim. Você com as pernas na minha cintura e eu com a mão no seu peito.

Droga, eu achei que não ia conseguir mais me agarrar nele; não havia Adrian o suficiente para minhas mãos sedentas. A sensação de perigo me é divertida, tentadora e que me traz lembranças. - Mas diferente das outras, este tipo de lembrança eu conseguia afastar. Eu não podia meter outra pessoa neste momento; não podia deixar que outra pessoa dançasse na minha cabeça enquanto ele estava se apoiando em mim e eu, nele. Continuamos assim por alguns minutos, eu estava quase chegando a êxtase e foi um erro comentar isso a ele; Adrian parou de mover-se.

- Porque... Seu grande filho da...

- Quero ver você atingir o ápice enquanto eu beijo você; cada parte do seu corpo e das suas cicatrizes enquanto meus dedos entram e saem de você; não se moverá, não vai fazer nenhum esforço. Estou disposto por você.

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