- Harry meu amor, acorde. - a bela ômega ruiva beijou as bochechas pálidas do pequeno enrolado entre as cobertas de lã - Meu amor, não seja preguiçoso. - ela riu pelo pequeno biquinho indignado que se formou nos lábios pequenos e rechonchudos.
Harry abriu os olhos devagar. Lílian encarou com carinho as esmeraldas semelhantes as suas, o menor se sentou com preguiça e se espreguiçou. Ele sorriu para a ruiva, que o beijou na testa e o levou para lavar o rosto.
- Acordou? - James perguntou colocando a cabeça para dentro do quarto - Você anda muito preguiçoso mocinho.
- Não é verdade! - Harry cruzou os braços e empinou o nariz.
Os maiores riram e se dirigiram até a pequena cozinha para o café da manhã. Harry se sentou no colo do pai e tomou seu café enquanto ouvia os dois conversarem.
- Eu vou precisar ir à cidade. - Lílian olhou o marido preocupada.
- James, você não pode mandar alguém? É mais seguro - o alfa suspirou.
- Eu preciso ir Líli. Preciso de informações. - Lílian desviou os olhos do marido - Eu vou voltar não se preocupe.
- Não me preocupar? James, você é o líder da causa e quer ir para o lugar onde estão querendo sua cabeça e espera que eu não fique preocupada?! - os olhos dela estavam brilhantes pelas lágrimas - Toda maldita ordem está atrás de você, então me peça para ficar tranquila! - James colocou Harry sentado na cadeira e foi abraçar a esposa.
- Nós já conversamos sobre isso. - ele beijou o topo da cabeça da ômega - Eu não posso deixar as pessoas correrem riscos sem nunca me colocar na linha de frente nem uma vez, não será a primeira vez que enfrento a ordem. - ele limpou as lágrimas da parceira - Eu os venci uma vez e o farei de novo.
- Não seja tão convencido. - ela sorriu e deu um tapinha no peito do alfa.
- Não sou convencido, sou realista. - Lílian revirou os olhos. O clima voltou a ser familiar.
Harry observava tudo em silêncio. Ele havia entrado nesse mundo sem saber de nada, o básico que ele sabia no início era que esse mundo vivia em uma época mais ou menos medieval, sua família paterna vinha de uma longa linhagem de guerreiros até seu pai e sua família materna vinha de uma longa linhagem de bruxas até sua mãe. Esse mundo também era dividido entre criaturas mágicas e não mágicas, mas todos viviam juntos e em harmonia.
Ou ao menos viviam em harmonia até a primeira grande guerra, quando o grande reino dos seres mágicos foi dividido em quatro. Acontece que Hogwarts aqui era um reino forte e próspero até a primeira guerra, onde os herdeiros de seus fundadores – por divergências nunca citadas – a separou em quatro reinos poderosos: Gryffindor, Hufflepuff, Ravenclaw e Slytherin.
Gryffindor dominava o território sul, onde magia era proibida, apenas o soberano e seus soldados tinham permissão para tal. O reino grifinório era liderado por um usurpador que Harry conhecia muito bem: Alvo Dumbledore.
Ele foi o homem que armou durante anos para a antiga família real do reino, ele se fez de soldado mais fiel e na primeira oportunidade exterminou toda a família Peverell, menos uma jovem ômega, que conseguiu escapar e se casou com um Potter, salvando assim a linhagem da família Peverell. Durante anos os Potter, que vieram depois da herdeira Peverell, fizeram rebeliões a fim de libertar o povo Gryffindor da tirania de Dumbledore. James Potter era o atual líder dos chamados rebeldes. Gryffindor lutou com Slytherin até o fim, mas mesmo assim perdeu poder e território para o inimigo na primeira e segunda guerra.
Ravenclaw dominava o território oeste. O reino sempre se colocava em imparcialidade de antes dos conflitos dos seus vizinhos, Ravenclaw seguia a risca a frase "Não mexeu comigo não é da minha conta".
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ℭ𝔬𝔯𝔭𝔲𝔰, ℭ𝔬𝔱 𝔈𝔱 𝔄𝔫𝔦𝔪𝔞 𝔔𝔲𝔞𝔢 𝔙𝔬𝔟𝔦𝔰...
FanfictionQuando a Morte me deu uma segunda chance depois de tantas mentiras e manipulações eu pensei que finalmente havia alcançado a paz. Eu havia renascido em uma família boa e amorasa, numa família de guerreiros e guerreiras que me ensinaram em gestos tão...