Where have you gone, Joe DiMaggio?
Our nation turns its lonely eyes to you,
Woo, woo, woo
What's that you say, Mrs. Robinson?
Jolting Joe has left and gone away,
Hey, hey, hey
Hey, hey, heySaindo mais um sucesso aqui na nossa rádio! A música Mrs. Robinson dos cantores, Simon & Garfunkel! Ei você! Porque não manda uma carta para nós pedindo sua música? Nosso endereço é...
— Porque você nunca mandou uma carta para eles Bad Boy?
— Eu tentei, mas não deu certo — O menino se levantou do chão, indo até à mesa de Hoseok e pegando uma caixa embaixo da mesa, a levando até NamJoon, quem o esperou sentado em frente ao rádio — Desde pequeno eu escrevo para o rádio, mas as minhas cartas nunca foram enviadas...
— Então você consegue escrever? — Sorrindo, o mais alto pegou a caixa já aberta, foleando as cartas, escolhendo alguma que chamasse sua atenção — Você realmente escreveu muitas cartas, mas elas não parecem ter muito sentido nas frases...
— Eu sei... Inglês e Coreano são idiomas muito diferentes, isso me confundiu quando pequeno, porque o sentido é oposto também, então eu só escrevi o que lembrava que conhecia.
— Bom, eu como escritor, posso te ajudar a escrever — NamJoon se levantou, sacudindo seu corpo e estendendo a mão para o menino não forçar seu tornozelo na hora de levantar — Hoje vamos passar o dia juntos, então podemos escrever
Indo na direção da mesa de tatuagem, NamJoon se sentou na cadeira do tatuador, pegando a máquina já com um pouco de tinta, até TaeHyung dar um grito dizendo que aquilo não era uma caneta.
— NÃO! Isso é para fazer tatuagem! — Se aproximou do menino enquanto mancava, se sentando na cadeira a sua frente o olhando risonho — Parece que tem coisas que eu vou ter que te ensinar City Boy!
— Então é com isso que fazem tatuagens?
— Sim, você nunca viu?
— Não... — Admirando o objeto, ele olhou para as tatuagens de TaeHyung sorrindo — Vamos fazer uma tatuagem?
— O quê? Está doido? Isso nunca mais sai do corpo!
— Mas você já tem tatuagens... Eu quero ter também!
— O que gostaria de tatuar? — TaeHyung escorou seu corpo na parede mesmo sentando, vendo os olhos de NamJoon brilharem enquanto ele pensava em algo.
— Tatuagem de amizade! Eu escrevo em você e você em mim! Vamos fazer em um lugar discreto, para ser nosso segredo, o que acha?
— Parece ser algo legal para tatuagem — O mais novo sorriu ajeitando sua postura — Mas o que representa a amizade?
Os dois se entre olharam por um tempo, pensativos em algo que fariam em conjunto. NamJoon soltou o objeto que segurava, indo até à mesa de Hoseok e assim, pegando uma caneta e papel, voltando a se sentar na mesa de tatuagem com TaeHyung.
— Vamos treinar alguns desenhos!
Horas depois, Hoseok já havia voltado, mas Jin saiu para buscar informações sobre o navio que chegaria da Coreia. Deixando que seu companheiro investigasse, ele precisava ter notícias de TaeHyung antes de pensar em algum plano para esconder o "filho".
Chegando em sua sala, abriu a porta sem pressa, passando as mãos por seus cabelos e vendo os dois sentados no chão, com seus rostos avermelhados e rindo muito alto. Encarando aquela cena, o mais velho no cômodo encarou NamJoon, se lembrando do que havia acontecido quando ele foi pego pelos capangas na primeira vez que tentou entrar no bar.
— NamJoon é o seu nome, certo City Boy? — Os dois se levantaram assustados logo se recompondo e o menino quem foi chamado, já em pé, confirmou com sua cabeça, olhando para TaeHyung pelo canto de seu olho — Você também é coreano, não é?
— Não senhor, sou norte-americano, meu pai é coreano, mas eu nunca o conheci.
— Não precisa ficar com essa postura formal — Sorriu de ladino, abaixando o olhar e vendo um dos pés de TaeHyung descalço e um pouco inchado — Qual seu sobrenome NamJoon?
— Lee NamJoon — Ele sorriu orgulhoso — Mesmo que eu não tenha conhecido meu pai, minha mãe disse que gostaria de deixar o nome dele comigo, para eu esquecer de onde vim
— E você sabe o que aconteceu com ele? — Hoseok encarou TaeHyung, o chamando só com seus olhos, o mais novo estremeceu e mancou até seu pai.
— Minha mãe disse que ele é um homem de gangue... Por isso foi embora, para que nossa família não tivesse perigo de pagar as contas pelos erros dele.
— Como assim pagar as contas? — TaeHyung parou de andar, se virando a NamJoon, quem suspirou e olhou para Hoseok.
— Dizem que muitas famílias já foram mortas por dívidas, principalmente a mãe e os filhos... É uma punição para a pessoa carregar pelo resto e sua vida e também, se meu pai fizer algo de errado, eu teria que morrer para que ele "sofra" essa punição, mas ele pode se oferecer para morrer no meu lugar.
— Isso é verdade? — Olhando para Hoseok, quem agora não tirava os olhos de NamJoon, se lembrou do dia que teve com Jin, visitando JungKook depois de tantos anos, por ele ter se oferecido no lugar de TaeHyung. Por conta de seu silêncio, ele se levantou e puxou TaeHyung calmamente, para que se sentasse em sua cadeira, enquanto passava pelos dois.
— Vou pegar um gelo para você, não force mais seu pé — Passou reto, já quase saindo da sala, quando olhou novamente para o mais alto, reconhecendo seu pai — Enquanto a você City Boy, não saia do lado dele
— Certo chefe! — Sorrindo, ele correu para o lado de TaeHyung, quem estava sentado confuso, encarando os dois um pouco, perdido no que acontecia. Assim que Hoseok deixou a sala, TaeHyung cutucou o garoto a seu lado.
— Como você sabe dessas coisas?
— Meu pai não me "abandonou" digamos que sim, mas também que não! Ele me deixou uma carta, contando tudo sobre isso, dizendo que sempre amou e amará eu e a minha mãe e está fazendo isso por amor — O menino agachou, se voltando de frente ao outro — Ele explicou tudo na carta sobre as regras da (gangue), não disse o nome para não procurarmos ele, mas ele sempre me manda um presente no dia do meu aniversário e no aniversário da minha mãe.
— O único presente que eu ganhei do meu pai — Parando de falar, TaeHyung não se lembrava da onde tinha ganho aquele rádio, então não sabia se falar se foi realmente de Hoseok — Suponho que não melhor de ter ganho um presente...
— Meu pai me manda livros, desde pequeno... Alguns vinham com escritas dele, pedindo para minha mãe ler comigo, já agora, os últimos são sobre histórias de aventuras — NamJoon apoiou suas mãos atrás de seu corpo, encarando o rosto chateado de TaeHyung a sua frente — Eu posso te dar um presente!
— Pode mesmo? Digo... Você não é meu pai e nem nada.
— Não preciso ser seu pai para te dar um presente — Pensativo, o mais alto sorriu ao se lembrar de algo importante — Como meu pai é coreano, às vezes ele me envia discos de músicas coreanas, eu tenho várias que não escuto mais, você pode ficar, seria o meu presente!
— Você realmente me daria os discos que seu pai te deu?
— Claro que sim Bad Boy, afinal eles estariam com você, então eu sempre estaria por perto — NamJoon se levantou e na mesma hora, Hoseok entrou na sala, com um saco com gelo vendo os dois conversarem com um sorriso.
— City Boy, deixe o TaeHyung com gelo e venha aqui, quero conversar com você
— Certo! — Correu até o mais velho, pegando o gelo e colocando sob o tornozelo de TaeHyung, quem queria ir junto e começou a fazer drama sentando, enquanto via os dois saírem da sala.
— Já que seu pai é de gangue, você deve saber que quando duas gangues se encontram, pode acontecer uma guerra feia, não é?
— Sim, muitas mortes...
— Está vindo outra (gangue) para cá, então eu preciso que proteja o TaeHyung, pode fazer isso?
— Proteger? Como um guerreiro? — Ele sorriu animado — E se eu fizer isso, vou ganhar uma tatuagem?
— Digamos que ele não pode saber que vai ter essa "guerra", é muito perigoso e talvez ele não esteja preparado entende? Então sim! Você vai ser esse guerreiro, porque eu sou o chefe, ele é o meu filho, seria o alvo principal.
— Oh! Faz sentido... TaeHyung é como um príncipe e ele precisa ser protegido por um guerreiro muito forte!
— Ah! É, isso, ele pode ficar com você na sua casa?
— Claro que sim! Seria incrível morar com o Bad Boy!
— Isso é ótimo NamJoon, mas eu preciso que leve ele agora!
— Agora?
— Agora!
— Agora mesmo? Exatamente agora?
— Sim, exatamente agora!
— E a minha tatuagem? — Hoseok suspirou revirando os olhos, voltando para a sala com o menino junto a si.
— Senta lá, vou fazer isso já
— Sim Chefe! — Correu sentando na mesa da tatuagem, batendo seus pés fracos no chão, ansioso.
— Já sei o que vou tatuar em você — TaeHyung estava agoniado tentando entender, ainda fazendo drama para que pudesse ficar por dentro do que acontecia. Hoseok segurou o ante braço de NamJoon, erguendo sua manga e limpando seu cotovelo e escreveu na lateral do mesmo 위대한 전사 — Sabe o que significa?
— Widaehan jeonsa? Grande guerreiro?
— Sim, você será o grande guerreiro
— E eu? — TaeHyung encarou seu pé, suspirando e batendo na mesa — Eu também quero ser um grande guerreiro!
Hoseok olhou para o mais novo resmungando, pensando que não sabia quando veria ele de novo, voltou seu olhar a NamJoon e sussurrou a ele.
— Cuide bem dele por mim
Jin estava meio impaciente, vendo o capitão dos navios não saber lhe dar uma previsão sobre a chegada do próximo navio que vinha da Coreia. Ele se sentou na beirada de um dos barcos e puxou seu cigarro, começando a fumar mesmo sabendo que é proibido fumar naquele local.
— O que você pensa que está fazendo?
— O que você está vendo — Ele soltou a fumaça na direção do homem quem se aproximou de si, descendo da beirada do barco e indo de encontro com o outro — Vai me falar o que eu quero saber ou ainda não fui claro o suficiente?
— Não temos como saber...
— Isso é mentira... — Falou imitando o tom de voz do outro, voltando a fumar, encarando o mesmo dos pés à cabeça — Então eu tenho que apelar mais? — Colocou sua mão sob o bolso, aproximando mais do outro e dizendo baixo para que somente ele ouvisse — Se eu puxar a minha arma e atirar no seu braço, seria o suficiente?
— Por favor não... E-eu te conto... — Jin sorriu ajeitando sua postura e segurando seu cigarro, o retirando de sua boca, esperando o mesmo falar o que lhe interessa–Daqui a suas semanas, eles vão chegar... Farão trocas com outros países por isso vão chegar mais rápido.
— Doeu falar? Com certeza não doeu tanto quanto levar um tiro — Riu jogando o cigarro na direção do barco e andou na direção da saída.
Jin ouviu alguns xingamentos, virou na direção deles e mandou um beijo voador, voltando a andar até sua moto, subindo no automóvel e ligando a mesma para sair. Jin poderia voltar para casa, entretanto, mudou sua rota, indo para a cidade onde JungKook viveu nos seus últimos dias de vida. Passou pela entrada, acelerou indo para uma casa em específico, que sabia quem morava lá.
Desceu do veículo, desligando o mesmo e indo para a porta, batendo com certa força até ela se abrir e JiMin, com sua pouca altura e seus cabelos pretos curtos, olhou para o mais velho com o rosto surpreso, arregalando seus pequenos olhos e formando um O com sua boca pequena e carnuda. Usando roupas formais, ele ajeitou sua boina e os suspensórios, envolta de si, soltando o ar e franzindo seu rosto.
— O que está fazendo aqui?
— Eu prometi que voltaria quando convencesse o Hoseok a ver JungKook — JiMin sorriu de forma tão natural que seus olhos sumiram e suas bochechas se tornaram levemente rosadas.
— Finalmente JungKook pode descansar em paz! — Satisfeito, ele fechou a porta e saiu na direção da moto de Jin, subindo na garupa e retirando sua boina — Vamos! Eu vou precisar de uma carona.
— JungKook não está mais vivo, então eu não preciso mais suportar você — JiMin mostrou sua tatuagem a Jin, abrindo um sorriso curto, voltando a se equilibrar na moto.
— Ele sempre estará vivo comigo! Onde eu for, ele irá junto!
Jin embarcou logo em seguida, dando a partida na moto e com JiMin, seguindo a caminho de volta a cidade. Enquanto o mais novo ria pelo vento que bagunçava seus cabelos, ele segurava firme no corpo do mais velho, segurando sua boina nos seus pequenos dedos.
— TaeHyung está bem? Quando você vai me ajudar a vê-lo?
— Ainda não sei JiMin, ele não sabe de nada, então vai ter que se aproximar gradualmente
— Certo! Eu soube que ele está frequentando a minha biblioteca — Assim que a moto parou de andar, o menor desceu da mesma, ajeitando seus cabelos e colocando novamente sua boina, olhando para Jin, quem não desceria, já que teria que voltar ao bar.
— TaeHyung vai passar um tempo na cidade, provavelmente irá mais vezes na sua biblioteca, então você terá uma oportunidade!
— Hoseok vai deixá-lo assim? Tão livre? — JiMin arqueou sua sobrancelha, pensando em levar TaeHyung para passar esse tempo consigo, porém tinha em mente de quê o garoto estava acompanhado.
— YoonGi está voltando... Ele quer reencontrar JungKook — Uma breve pausa pelo suspiro de Jin e seu olhar se voltou a estrada em sua frente, acelerando a moto — Se qualquer coisa parecer suspeita, agarre TaeHyung e não deixe que nada aconteça com ele.
— Hoseok nunca confiaria em mim para cuidar dele...
— Triste, que pena que eu não sou ele, não é mesmo?
JiMin sorriu vendo o mais velho sair rapidamente de perto de si, indo para a praia, na direção do bar. Como ele foi deixado perto de seu trabalho, ajeitou seus suspensórios e repetiu seu melhor sorriso, entrando na biblioteca se sentindo inspirado.
— Está na hora de buscar meu filho! — Sorrindo, ele pulou baixo já dentro do estabelecimento, ouvindo uma frase em declínio, voltada a si.
— Meu Deus, é o patrão!— Sim, eu sou o patrão!
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Stigma
AdventureEm 1952, uma gangue sul coreana se estabilizou na cidade de Oakland, Califórnia, nos EUA. Jeon Hoseok, o chefe líder da gangue, havia se separado de seu irmão Jeon YoonGi, criando sua própria equipe e concorrente, nomeada '고릴라' (Gorilas). Naquela ci...