seis

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Na manhã seguinte estou voltando para a casa com várias sacolas de compras nas mãos, enquanto me castigo por escolher não usar o carro e ir a pé, quando ouço:

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Na manhã seguinte estou voltando para a casa com várias sacolas de compras nas mãos, enquanto me castigo por escolher não usar o carro e ir a pé, quando ouço:

— Jackie Carver?

Eu me viro diante da exclamação e encontro um rosto belo e familiar vindo em minha direção.

— Milton Torrance! — exclamo, abrindo um pequeno sorriso à medida em que ele se aproxima pela calçada.

Ele mudou. Cresceu bastante. Não está especialmente alto, mas está bem maior do que me lembrava. O cabelo que antes usava praticamente raspado, agora está cheio, mostrando os fios crespos, mas com um corte perfeitamente alinhado. A pele negra faz um contraste bacana com o casaco branco. Ele parece mais forte através do tecido fino demais para sustentar o frio de dezembro.

— Quanto tempo — eu digo, quando ele para diante de mim.

Milton tem um sorriso grande e brilhante nos lábios, com perfeitos dentes brancos e alinhados. Lembro que na época da escola ele usava aparelho. Enquanto o encaro, concluo que valeu a pena as idas ao dentista.

— É, desde que se mudou.

— O que você tá fazendo aqui? — eu indago, tentando ignorar o peso das sacolas.

— Vim passar o natal com os meus pais. Você também?

Eu hesito apenas por um segundo.

— É, com o meu pai.

O olhar que ele me lança é desconfortável. Beirando a pena. As pessoas na cidade sabem quem é Stephen Carver. E também sabem sobre os jogos, a bebida e, talvez agora, até sobre as drogas.

Milton desvia o olhar, meio sem graça de mim, até chegar às minhas mãos.

— Você quer ajuda?

— Pode ser — eu assinto, e ele logo se inclina para pegar algumas das sacolas. — Valeu.

Nós começamos a andar juntos na direção em que eu seguia antes de nos esbarrarmos.

SILAS (COMPLETO NA AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora