Respiro fundo ao acordar, um pequeno gemido abafado escapa de mim quando eu estico as costas. Abro os olhos e pisco algumas vezes, logo me deparo com o baú que fica ao lado do colchão. Viro a cabeça e só então noto como estou deitada. Entre as pernas de Carolina, minha cabeça sobre sua barriga. Somente consigo ver a ponta do nariz dela e o queixo, ela parece dormir profundamente. Sorrio, ao lembrar-me da noite que tivemos. Não sei dizer ao certo em qual momento ela me beijou daquela forma que me faz suspirar, sei que ficamos praticamente a noite toda fazendo sexo. Foi um dos melhores até agora, vale ressaltar.
Fecho os olhos para relembrar, os sorrisos que ela me deu. A forma carinhosa que me tocou, o jeito de sussurrar meu nome. Sou capaz de sentir ela dentro de mim ainda, levando-me a loucura. Seus dedos habilidosos, girando daquela forma que me deixa a ponto de desfalecer nos braços dela. A respiração alterada em meu ouvido enquanto ela se esfregava em minha соха, Dios!
Carolina é incrível, em basicamente todos os aspectos, principalmente em qualquer coisa que seja relacionada a sexo. E agora aqui estou eu, deitada em uma posição não muito confortável, meus pés estão para fora do colchão, assim como metade da minha perna. Mas não me importo. E por que? Está tão gostoso sentir o calor do corpo dela, e admira-la dormir é uma das minhas novas coisas favoritas. Carolina se mexe um pouco, parece começar a despertar aos poucos. Logo seus olhos verdes estão focados em meu rosto.
— Buongiorno, bella mia. (Bom dia, minha linda - Carolina sorri, sonolenta. Ela se arrasta um pouco para cima, olhando em meus olhos. Como consegue ser tão linda a qualquer momento? Nem acordando ela fica menos bonita. O rosto um pouco marcado de um lado por causa da fronha do travesseiro que é bordada, os olhos pouco inchados assim como seus lábios. Suspiro, ela é a personificação da beleza.
— Que sexy você falando italiano logo pela manhã.- Coloca uma mão em meu rosto, acaricia minha bochecha com seu polegar. — Bom dia, flor do dia tava com saudade?
Carolina fala forçando seu sotaque minha respiração falhar um pouco. Maldita! Ela que fica sexy falando dessa forma. Carolina sorri mais, parece saber bem o que me causou. É claro que ela sabe, ela sempre sabe. Espertinha.
— Eu sei o que eu causo em você. - Reviro os olhos, Carolina solta uma risada nasal. Egocentrica demais. — Acha que eu nunca notei como você ficava na escola quando eu falava dessa forma?
— Nunca fiquei de jeito nenhum.
Resmungo, desviando o olhar dela. Carolina abafa uma risada. Estou mentindo, obviamente. O sotaque de Carolina sempre foi charmoso, e quando ela forçava ele, nossa... Era como o inferno. Não posso negar, sempre achei ela sexy, principalmente nas aulas de educação física, principalmente quando ela forçava o sotaque. Minha turma quase sempre jogava algum tipo de esporte contra a turma de Carolina. Ela fazia questão de usar shorts curtos, só para provocar todo mundo. Como eu disse, ela sabe que provoca as pessoas, sabe o que causa nelas e faz de propósito, apenas pela diversão de vê-las suspirando por sua causa.
E eu nunca fui de ferro, eu olhava as pernas dela mesmo, principalmente as coxas, e nem preciso falar da bunda dela, que por sinal, sempre foi durinha e arrebitada. Embora nunca tenha admitido sempre a achei gostosa. Porém ela já se achava demais sem ouvir isso de mim, eu que não inflaria o ego dela mais do que já era inflado.
— Será que nós podemos ficar aqui deitadas o dia todo?
— Tudo que você quiser, pequena. - Escondo o rosto no abdômen dela, ronronando ao sentir ela acariciar meu couro cabeludo com suas unhas curtas. — Mas será que você pode subir aqui e me dar um beijo de bom dia?
— Não. - Minha voz saí abafada pelo simples fato de eu estar com o rosto na barriga dela. Carolina bufa e tenta me puxar para cima, seguro em seu quadril e cravo os dentes um pouco acima de seu umbigo. Ela se remexe inquieta,
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Stupid Wife - Babitan
FanfictionVocê já se imaginou casada com alguém que você nunca suportou na vida? Bárbara também nunca havia imaginado isso, muito pelo contrário. Era para ter sido apenas mais uma manhã normal, Bárbara acordaria, tomaria seu café com sua familia, depois iria...