Gravações

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Adam

Emilly somente colocava um número nas gravações, e no começo ela não fala sobre o que é ou o nome de alguém, ela somente falava qual gravação era, decido seguir a ordem e ir para quarta gravação, quem sabe seria essa que falasse sobre Emma.

04

"Quarta gravação... nesse exato momento estou trancada no banheiro sentada de costa para parede gravando isso, aí vem a pergunta: Mas Emilly, porque raios você está sentada no chão do banheiro de costas para a parede? Por que meu caro subconsciente, minha linda prima, Emma Clark veio passar o fim de semana aqui em casa, só se passou uma hora que ela está aqui e eu já quis gritar com ela.

Mas Emilly, você deve estar exagerando, ela não deve ser tão ruim assim, ela vive rindo e conversando com seu irmão. Meu camarada subconsciente, ele não conhece a Emma que eu conheço, quando ela chegou em casa ela abraçou todos, eu fui a última, após me abraçar ela me puxou para meu quarto e começou a me perguntar as coisas, a cada pergunta respondida era mais duas, e caso eu não respondesse ela me olhava desconfiada, e olhava todo meu quarto, mas não olhando por que gostou e sim procurando alguma coisa para me perguntar e se eu não responder, ela cria suas teorias e conta para alguém.

Ela me irrita, mas, nas horas que ela não está tentando me ferrar e nem fazendo seus interrogatórios, é ótimo ficar ao seu lado, eu amo minha prima, eu sinto falta dela quando ela vai embora, ela é uma ótima conselheira e sempre me ajuda com dever de casa, se estou triste ela inventa algo legal para gente fazer, ela é como uma irmã mais velha para mim, mesmo eu reclamando, eu não consigo ficar brava com ela, então, vou me levantar do chão desse banheiro, destrancar essa porta e falar com Emma.

Para a pessoa que achar essas gravações: Adam, se Emma disse a você que não contará para ninguém e vai esperar você fazer o certo, ela só vai esperar até o dia seguinte."

Eu fiquei com vontade de rir de novo, isso esclareceu muita coisa, eu escutei a gravação e fiquei olhando o celular até a tela apagar, eu desliguei o mesmo e fui até o quarto de Emilly, parei em frente sua porta respirei fundo, girei a maçaneta, como sempre, tudo estava igual, fui até a gaveta de sua mesinha de estudos e guardei o celular lá, voltei para porta, mas antes de sair olhei o quarto novamente, sorri e sai do quarto e voltei para o meu, me joguei na cama, olhei o horário pelo celular e marcava 19h30, está cedo, mas eu estou com sono, levantei tomei banho, escovei os dentes e deitei, sinto meu corpo relaxar e logo durmo.

Dia seguinte

Acordo com batidas na porta do quarto, coço os olhos e vou até a porta e abro era Emma.

— Está acordado? — Eu reviro os olhos com sua pergunta e ela ri.

— A segundos atrás, eu estava em um belo sono, que horas são? — Pergunto a ela que tira o celular do bolso e me mostra, eram 08h00, pera aí! — Emma são oito horas de um sábado! — Ela concorda com a cabeça com um sorriso no rosto, eu só acordo esse horário em um sábado se minha mãe quer que eu vá no mercado — Por que você me acordou oito horas de um sábado?! — Ela dá risada, mas logo fica séria lembrando de algo.

— Eu queria saber o que você fez com o celular — Sério? Ela poderia ter perguntado mais tarde.

— Até mais tarde, Emma — Fecho a porta e escuto ela reclamar, me jogo na cama e durmo de novo.

(...)

Escuto alguém batendo na porta do meu quarto novamente, abro os olhos, olho para o teto respiro fundo e me levanto, abro a porta e era meus pais e Emma, eu só queria dormir. Dou passagem para os três entrarem, fecho a porta e me sento na minha cama e vejo os três parados na minha frente, minha mãe tinha os braços cruzados e um semblante sério, e meu pai tinha o mesmo semblante e mantinha as mãos no bolso da calça, Emma olhava para o lado e mantinha os braços cruzados.

O diário de EmillyOnde histórias criam vida. Descubra agora