Jack e Daisy

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Daisy

Hoje foi o dia mais difícil para acordar, eu fiquei uns cinco minutos na cama só olhando para o teto, e teria ficado mais tempo, se meu celular não tocasse avisando que alguém estava me ligando, peguei o celular e atendi.

— Alô — Falei ainda com a voz rouca de sono.

— Você acordou agora, Daisy? — Era Adam, sua voz era de surpresa e preocupação.

— Eu acordei a cinco minutos atrás, mas não levantei — Falo e um silêncio se mantém por alguns segundos.

— Levante e se arrume, eu passo aí para te buscar — Respiro fundo e fecho os olhos, eu não me sentia bem, mas precisava ir para escola e continuar.

— Ok, te encontro daqui a pouco — Falei e escuto ele murmurar em concordância, desligo o telefone e respiro fundo mais uma vez, jogo o celular na cama e me levanto para me arrumar.

(...)

Ao descer para sala vejo meu pai sentado no sofá segurando o porta-retrato que foi quebrado ontem.

— Essa foto tem um grande significado para mim — Meu pai fala e me olha.

— Mamãe já me contou a história dela, foi primeira foto que foi tirada de nós três juntos — Falo e meu pai concorda com a cabeça.

A foto era minha mãe me segurando no colo com um belo sorriso enquanto eu olhava para meu pai rindo que fazia uma careta engraçada que até hoje me fazia rir.

— Você era um bebê fácil de fazer dar risada — Ele fala e dá uma risada nasalada — Se você estava chorando era só fazer uma careta ou colocar um de seus desenhos favoritos na televisão e você parava.

— Eu acho, que desde de bebê eu nunca gostei de chorar, os melhores momentos que eu poderia ter eu estou rindo, os melhores momentos com o você, pai, eu estou rindo — Falo e vejo uma lágrima escorrer do olho do meu pai, abraço o mesmo.

— Espero sempre poder tirar sorrisos de você, nunca lágrimas — Escuto a campainha tocar — Vamos, você tem que ir para escola, deve ser aquele menino que você sempre encontra para ir à escola.

Eu concordo com ele e me levanto do sofá, meu pai se levanta também e eu olho para ele confusa

— Que foi? Eu quero conhecê-lo — Meu pai fala e eu continuo olhando confusa, até que eu entendo o interesse dele em conhecer Adam.

— Pai! Ele é só um amigo! — Falo e ele arregala os olhos e solta uma risada.

Ando até a porta e pego minha mochila que estava do lado dela. Não acredito que ele pensou que eu e Adam namorávamos.

— Vocês fazem parecer que rola algo a mais — Ele fala e eu olho para ele com os olhos arregalados, eu tenho certeza que minhas bochechas estão rosadas.

Abro a porta e vejo Adam com seu sorriso tímido no rosto, ele e sua típica timidez ao conhecer alguém.

— Bom dia — Ele disse com as mãos ainda no bolso, uma mania dele quando estava nervoso.

— Bom dia — Falo e sinto meu pai cutucar meu braço — Bom, acho que vocês ainda não se conhecem — Falo e eles balançam a cabeça em forma de não — Pai, esse é meu amigo, Adam — Dei ênfase na palavra "amigo", meu pai deu um sorriso de canto de boca — Adam, esse é meu pai, Joseph — Falo, meu pai estende a mão para Adam que logo aperta a mão dele, Adam mostra um simples sorriso.

Os dois se olharam por alguns segundos, era engraçada a cena. Meu pai até que foi tranquilo para conhecê-lo, lembro que quando apresentei Jack como amigo, ele teve um surto, mas logo aceitou.

O diário de EmillyOnde histórias criam vida. Descubra agora