Meia hora se passou e já me diverti bastante.
Estou dançando com o Bonitinho agora, cem porcento sóbria pelo amor de Deus. Nada de bebidas hoje, ainda bem que ninguém viu que dá última vez eu bebi por livre e espontânea vontade.
Hoje vou ficar só na água e no refrigerante mesmo, quero lembrar de tudo que aconteceu hoje, amanhã de manhã.Diego está me olhando com ternura desde que chegamos aqui, um olhar lindo. Abro um sorriso pra ele e lhe dou um beijo no canto da boca, outro no queixo e um último na bochecha.
Ele sorrir, mas diz:
– É melhor você parar, seu irmão tá olhando nós dois.
Olho pra trás e vejo meu irmão da um sinal de positivo com a cabeça, ele não usa muito esse sinal comigo.
– Eu acho que ele não se importa mais.Agarro ele pelo pescoço e colo nossas bocas uma na outra.
O meu primeiro beijo.
Foi do caralho!
Ops.
Foi mal, que mente mal criada a minha.
Dou risada e beijo ele mais uma vez.Ficamos nos beijando a noite toda, sentados em baixo de uma escadinha, que não sei de onde surgiu, só sei que está sendo muito útil pra a gente.
Nem o som alto atrapalhou, acho que nem me importei com isso. A coisa tava tão boa que nem o som ensurdecedor nos fez parar.Sua boca tem um gosto tão bom, de limão. Parece coisa do destino, o destino está sempre colaborando pra nós dois, acho que ele quer que fiquemos juntos. Ele deve estar nos olhando e dizendo; eu consegui juntar vocês dois.
Dias se arrastam, sábado, domingo, foram só dias de farra por aqui e com certeza muita pegação.
Hoje é sexta-feira, dia vinte sete, amanhã é meu aniversário, faço dezesseis aninhos. Ainda não contei pro Diego que vou fazer dezesseis anos, muito menos perguntei quantos anos ele tem, não tive coragem. Tenho medo dele me dizer que tem vinte, ou sei lá quantos anos e eu me lascar todinha, meus pais nunca deixariam eu me relacionar com um cara de vinte ou até mais anos, nem ficar, muito menos namorar.
Eu tô ferrada!
Parabéns pra mim!
Hoje é meu aniversário e ninguém veio me dar feliz aniversário, acho que esqueceram, não é comum isso, mais sei lá né, tudo pode acontecer, até esquecerem meu aniversário de dezesseis, principalmente meus pais e o Felipe que não aceitam que eu estou crescendo.
Fiquei chateada quem nem o Bonitinho lembrou, falei com ele esses dias. E ontem a gente teve uma conversa bem séria, ele me disse que não é pra mim pensar que só quer bagunça comigo, por que ele não quer, disse que ele quer uma relação séria comigo, que nunca iria brincar comigo, até porque eu sou a "irmãzinha" do melhor amigo dele, não gostei dessa parte, mais prosseguindo, mesmo eu já tendo mencionado que iria fazer aniversário hoje, ele não perguntou a minha idade.
Será que ele já sabe e não quer aceitar que sou muito mais nova que ele?Levanto da cama e sento na cadeira da minha escrivaninha, começo a escrever mais uma página da minha FanFiction, até que está ficando boa.
Abro meu caderno e a página que deveria estar em branco, não está, já tem algo escrito, uma espécie de bilhete."Ste arruma suas coisas, vamos pra um risort.
E feliz aniversário, cunhada te ama."Essa Mari.
Dou risada.
Eles não esqueceram, ninguém esqueceu, me sinto boba por estar pensando que eles esqueceriam meu aniversário.
Pera aí.
Eu vou pra um risort? Hoje, agora? Uau!Ela poderia ter especificado mais, o que eu devo levar, quantos dias vamos ficar, poxa não sou boa com essas coisas. Mais eu entendo, as vezes ela é meio esquecida. Lembro de uma vez que ela esqueceu de por sal no arroz e meus avós estão aqui, mamãe quase matou ela.
Rio sozinha das atrapalhadas dela.Pego uma bolsa de viagem bem grande da Holisteer, coloco todas as minhas roupas de banho, protetores, bronzeadores, pegar uma cor é sempre bom né minha filha. Coloco mais algumas coisas, realmente enchi a bolsa, coloquei tudo que acho que é necessário, talvez eu tenha passado um pouquinho do limite, só um pouquinho.
Assim que termino de por as coisas, minha mãe me chama pra almoçar.
Na mesa todos me dão feliz aniversário, minha mãe até fez um bolinho, melhor dizendo, um bolo, porque a minha mãe é super exagerada em tudo.
O bolo tinha dois andares, é, dois andares, e a danada é boa no que faz, confesso que comi três pedaços.Eu não converso muito com meus pais, principalmente com meu pai, mais eu amo eles, e o meu irmão é claro, sempre fomos só nós quatro, agora, agora que a Mari apareceu nas nossas vidas e pensa numa menina arretada, no começo eu não gostava dela, eu tinha ciúmes e medo dela roubar a minha família de mim, mais depois eu amadureci e nós viramos melhores amigas praticamente, hoje em dia eu não vivo sem aquela garota.
A vida é assim, a males que vem pra bem e a bens que só vem pra bens mesmo.Continua...
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O Melhor Amigo Do Meu Irmão
Teen FictionO que se passa na cabeça de uma adolescente de quinze anos? Escola? Filmes? Séries? Melhores amigas? Pode ser, mas não na cabeça de Stefany Fonseca. Se tem uma coisa que ela pensa mais que tudo, é o seu primeiro beijo (que graças aos pais conservad...