parker?

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the cure — pictures of you

.・゚゚・.calum.・゚゚・.

Quando mais preciso, a Yugo me deixa na mão. Eu giro a chave, giro a chave e giro a chave, mas ela não faz porcaria nenhuma. Não reage. Daria para eu estar mais abandonado agora? Até meu carro desistiu de mim.

Apesar de estar bravo, irritado, e um tanto nervoso, eu tenho medo. Medo que essa situação seja terminal, e que a gente possa descarregar energia nela até que as luzes se apaguem em Manhattan, e a Yugo permaneça parada. Sem piscar. Não posso pagar por outro conserto.

Não estou prestando atenção no fato de Luke e Michael estarem tirando Behati do banco traseiro depois de todo o tempo que levamos para convencê-la a entrar. Mas posso entender o impulso de abandonar o barco.

— Vamos fazer assim: Eu, Michael e Crystal vamos levar a bêbada bonita para casa e você e a Diabo vão se divertir procurando a Fluffy. Assim que a acharem, nos avise. Podemos nos encontrar depois. — Luke me explica o plano animado. — O que pode dar errado?

— Isso não vai funcionar, Luke.

— Confia na gente. E uma regra restrita: você está proibido de falar da ASUE com essa garota, me entendeu?

— Mas seria uma boa chance de eu entender algumas coisas. Pelo visto, elas são amigas há bastante tempo.

— Não importa. Ela está voltando agora. Tchau. — e Luke sai do Yugo, carregando Behati em seu ombro.

— O que está acontecendo? Cadê sua peruca? — pergunto quando Sea se aproxima da amiga.

Seu cabelo de verdade bate acima dos ombros e tem um tom de rosa queimado no comprimento de raízes castanhas. Fico preso em sua mudança repentina, que valoriza os olhos de raposa.

Ela conversa com Behati, se despedindo, e logo entra no carro. Estou prestes a conectar os cabos quando um cara que eu nunca vi na vida se inclina na janela de Sea e diz: E aí, Sea, pronta para recomeçar de onde paramos?

Sea não reage. Fica paralisada.

Desvia o rosto, como se pudesse ignorar sua participação nisso. Por alguma lógica, deveria significar que ela agora está olhando pra mim, uma vez que estou a 180 graus do visitante que não convidamos.

— Gata, eu voltei. — continua o cara com a maquiagem preta toda borrada ao redor dos olhos. Ele é o que? Bruce Wayne? — Qua tal sair desse ferro-velho e me cumprimentar?

Agora, uma coisa é tentar azarar Sea no meu banco do carona. Mas meter Yugo na história é outra bem diferente.

E tem mais: que tipo de cara chama uma garota de Gata?

Posso ajudar? — eu pergunto, me intrometendo.

Ele fica olhando para Sea enquanto fala comigo.

— Pode, camarada. Acabo de voltar para os Estados Unidos e estava procurando por esta menina aqui. Pode abrir mão dela por um minutinho?

Sea se afunda no banco na tentativa de desaparecer no estofado. Mesmo assim, ele estende a mão para a janela, destrancando a porta.

— Voltaremos logo. — continua ele.

E eu estou prestes a dizer a Sea que ela não precisa fazer nada que não queira, mas não posso parecer um cara obsessivo e controlador. Então, apenas observo cuidadoso enquanto solta o sinto de segurança, de uma forma que ela se sinta confortável para tomar sua decisão.

𝘳𝘰𝘢𝘥 𝘵𝘰 𝘤𝘭𝘰𝘴𝘶𝘳𝘦 - 𝘤𝘵𝘩Onde histórias criam vida. Descubra agora