Escuricidade

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ao expiar sua áureaobservar o visual da indecênciaa cidade sutilmente quietaacalanta indignada,como ela mesma, possaexprimir sua dortão estáticaao cheiros do horror

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ao expiar sua áurea
observar o visual da indecência
a cidade sutilmente quieta
acalanta indignada,
como ela mesma, possa
exprimir sua dor
tão estática
ao cheiros do horror


sua zona metaforicamente pseudo-deserta
com certeza, periférica
escondida dentro de cada
escuro edifício -  ela?


a noite plissada, onde não vemos a dor
exprime sua essência
podemos ver a cidade, verdade


poderia ela ser inteira?


as gotinhas de ardor
as tão rara belezas e o amor


na correria do dia a dia
vaguea pela calçada
calcada na agonia
dos leves sons ecoantes
absolutamente agoniantes


nem mesmo em uma pintura
mais pessimista da história
se encontraríamos nessa metódica


terrível enclausurados


ao ventos de leves naturais
apenas eles em nossa vida
trazem muito calmos
o que aos tijolos e do asfalto
faltou seu coração
sentiu ameno a distância
do frescor da cidade


ao nascer,
a semente serena da cidade
em sua pele
o abismo entre a beleza,
absorve a palidez
e desdenha na sua tez
a escuridão da sombra ofuscada da paisagem


outrora, talvez consiga fugir dessa insensatez


ao barulhos trabalhados
quase em outra cidade
amanhece novamente, aos pássaros?
a falsa cidade
tão distante do que realmente é cidade
oculta da força essencial
completamente lavada de sua humanidade
sitiada por si mesmo
abistinada da sociedade


em seu passear
conseguiu cintilar, a beleza do centro da cidade
uma pena não ter gostado
aos sufocos da nossa verdade
agora, exaltar a metrópole
um pequeno roteiro guiado
um resort até que também mal cuidado


obstante dos muquifos aglutinados
uma busca tão sonhada
antigamente, de uma vida decente
aos ares


aos prantos, turbilham o âmago
daqueles que florescem na cidade
procurando com a vista a menos de um palmo
os morros, a terra, algum lago
do mais excepcional


pólis vencida na luta dos mais pobres
chorosa para aqueles que passam
nobre à vitória
incandescente as nossa memórias
explodida pelas arrogâncias
acordai, são paulo!



Gabriel de Azevedo

Policidade 🌃Onde histórias criam vida. Descubra agora