Cap. 44

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Lá estava eu , naquela situação complicada ainda parada no mesmo lugar enquanto Meu pai segurava Virgínia nos braços , Carol estava em posição de ataque e eu só sabia olhar aquilo tudo assustada. Parecia que toda a força que eu tinha sumiu naquele momento. Mas por sorte Carol me fez acordar desse transe , me fazendo olhar em seus olhos alaranjados.

- Bárbara!  vamos embora. Ela gritava em meio a mutidão que colocava fogo em tudo e matava inocentes.

- Oque! Temos que lutar !

- Temos que ajudar Virgínia. 

 

Olhei a mulher com uma expressão de dor em seu rosto e só assim percebi sua coxa com a flecha cravada ali. Sangrava muito e a mulher só sabia gemer de dor. Então eu rapidamente tive uma ideia , iria lutar até o fim , tinha que mostrar pra todos que eu ja estava preparada pra liderar a alcatéia.

- Pai! Leve Virgínia para a cabana de Anastácia no topo da montanha. O homem acentiu correndo com sua velocidade rápida e sumindo no escuro. - Carol! Vá até a mansão e chame Marcos e jorge , vão até o refeitório e protejam as pessoas.

- Não! Eu quero lutar com você. Eu não posso te perder Bárbara.

- Calma Carol, vai ficar tudo bem ok? Eu te amo muito. Aproximei da mesma e beijei em sua testa logo a olhando nos olhos. - Vá! Por favor.

- Eu te amo muito. Carol dizia chorando.


Carol logo correu em direção a mansão me deixando sozinha ali , a multidão de pessoas em minha frente estavam cada vez mais perto. Não eram tantas pessoas mas eu percebi que todas tinham armaduras e arco e flechas. E naquele momento eu lutaria , lutaria sozinha.

Não saberia como mas eu precisava tentar. Precisava cuidar de mim mesma e de almenzis, tinha que mostrar para minha mãe que eu era forte. Então eu ataquei!
Os olhos cheios de raiva e as mãos em punhos eu ataquei , acertando a primeira vítima que tinha uma faca em mãos.  Segurei nos braços do homem e logo veio o choque , tomando seu corpo e distribuindo a dor pela carne. O queimando por fim e caindo no chão.

Fiz isso diante de quase todos ali , matando e deixando seus corpos apodrecendo no chão. Mas logo parei quando sentir um rasgo em minhas costas me fazendo cair no chão. O homem me atingiu nas costas , rasgando minha pele com a faca e me fazendo gritar de dor. O homem se aproximou rindo de mim e por fim cuspiu em meu rosto.

- Vocês monstros , tão fracos.  Vocês fazem mal para sociedade. Morram!

As palavras do homem ecoou em meus ouvidos e aquilo me fez despertar uma raiva enorme em mim. Então veio a dor novamente, tomando controle de mim e me fazendo gritar e gemer de dor. Não sabia oque estava acontecendo. Mas logo meu corpo tomou uma temperatura fora do normal , me fazendo suar e ter dificuldade para respirar.

Algo tomou posse de mim me fazendo ficar de joelhos e olhar para o céu. Meus olhos ardiam e minhas mãos tremiam. E assim pude ouvir algo.

 
" filha, se liberte . mate-os!"


Aquela voz doce e calma tomou a minha mente como um sonho. Eu sabia que era a minha mãe invadindo meus pensamentos. Aquilo foi o bastante para eu olhar com raiva para o homem em minha frente.

E naquela hora eu me libertei.


  Quando abrir os olhos eu parecia ser bem maior do que era antes e o homem em minha frente me olhava espantado. O homem deu passos pra trás quando me aproximei e só assim percebi que aquele não era o meu corpo. Olhei para minhas mãos que na verdade agora eram patas. Patas enormes cobridas com um pelo preto ,  me assustei com aquilo mais depois entendi tudo. Eu havia me tornado um lobo.  Então ataquei.


Soltei um uivo alto fazendo todos os homens que estavam ali se assustarem , alguns corriam pra longe mas já os outros ficavam parados em posição de ataque. Corrir em direção a eles e assim ataquei-os.
Arrancando braços e pernas deles e fazendo os gritos ecoarem pela alcatéia toda. Quando não havia mais nenhum homem ali vivo , eu pude correr em direção a mansão.

Olhos vermelhos ( Babitan ) Onde histórias criam vida. Descubra agora