Olhos vermelhos ( Babitan )

Cap. 42

Eu não sabia muito bem como reagir diante de tal situação , era a primeira vez que via a face de meu pai e eu estava chocada. O homem parecia bem novo para ter vivido muitos anos. Sua pele pálida era macia mesmo que eu nunca tenha tocado. Seus olhos vermelhos estavam me encarando como se eu fosse a única coisa de importância naquele corredor. Então por fim o homem que se encontrava perto de mim o bastante abriu a boca e começou a falar.

- Minha filha , eu finalmente pude te ver. O homem sorriu e ajeitou a jaqueta de couro. - você é tão linda , se parece com sua mãe.

Eu não sabia como falar , naquele momento eu não sabia fazer mais nada. Era apenas eu e meu pai ali. Olhei para o homem em minha frente e percebi o seu olhar triste , o vampiro lembrou de sua esposa quando me viu. E eu só sabia encarar aquilo tudo sem nenhuma reação. 

- Pai... Começei a falar respirando fundo. - aonde você estava esse tempo todo?

- Eu estava lutando , lutando pra alcançar a paz nesse mundo. Lutando pra finalmente viver em paz com todos unidos. Eu quero que todos vivam bem , e pra isso lutei até o fim.

- Então você quer a mesma coisa que eu. Sorrir por fim. - eu também quero que as alcatéias se unem Ryder.

- Pode me chamar de pai Bárbara.

- Tudo bem.

- podemos conversar depois? Estamos numa festa então vamos comemorar. O homem segurou em meus ombros fazendo eu seguir o mais velho.

Entramos no local cheio e conseguimos atenção de algumas pessoas. Algumas nos olhavam com o olhar franzido. Não estavam entendendo nada , mas isso era o de menos. O homem seguiu para o palco e ali se sentou no trono preto e eu por fim caminhei até Carol que me olhava com raiva.

  - Oque foi ? Perguntei para a vampira que evitava contato físico. - por que esta com raiva?

- Quem era aquele homem ? Por que entrou junto com ele?

- Aish ... Carol você esta com ciumes?

- Quem é?

- É o meu pai Carol...

- Oque? Não é possível.

- Sim é possível , tambem não acreditei mas eu sentir que o homem falava a verdade. Olhei em direção ao homem que me encarava.

- Espera! Aquele lá é o seu pai Bárbara? Milena perguntou surpresa. - Uau , eu pensei que seu pai seria aqueles velhos que usa roupas pesadas e joias sobre o corpo.

- eu também pensei. Gargalhei com a fala de Milena.- Mas ele me parece muito novo.

- Ele deve ser assim porque a maioria dos vampiros ficam com essa aparência de novo. Marcos dizia ao lado de Milena. - Isso é normal.

- Entendo. Suspirei aliviada enquanto ajeitava o cabelo. - Bom, vamos aproveitar a festa então.

 

...

  Enquanto Milena se despedia de marcos , eu e Carol ficamos um bom tempo juntas no campo da alcatéia. Conversamos ,rimos , brincamos , e nos beijamos. Até que chegou a hora de todos irem embora. Milena e Bianca iriam pra casa comigo enquanto marcos seguia pra sua alcatéia e Carol também. A mulher dissera que iria me visitar em breve pra ficar algumas semanas lá. Mas por enquanto não podia , tinha que resolver algumas coisas da alcatéia.

Apenas concordei e dei o seu espaço , sentiria muita saudade mas isso iria mudar em breve. Meu pai agora estava vindo comigo para almenzis pois conversariamos com Jorge e Virgínia.

- vamos indo , ainda temos que conversar muito filha. Ryder estava sentado ao meu lado mechendo nos cabelos.

- Sim.

- Tudo bem então.

- Pai ?

- Hum?

- Acha que poderiamos convencer todos a viverem juntos?

- Bom , eu queria muito que isso acontecesse por agora. Mas nem todos tem o mesmo pensamento. O homem falava calmamente enquanto me olhava. - Mas creio que em breve todos viverão juntos.

- espero.

Ficava pensando sobre o futuro e talvez podia ter uma solução pra tudo isso , talvez oque precisava mesmo era o amor e a união. Sorrir pra mim mesma e então seguir até almenzis. 

Chegamos em segurança e fomos acompanhados por dois guardas nos levando para a mansão principal de Jorge e Virgínia. Eu e Ryder entramos na sala de reuniões junto com Virgínia e jorge que ja estavam a espera.

- Bom , agora que encontrou o seu pai Bárbara. Oque pretende ? Virgínia perguntava ansiosa por minha resposta.

- pretendo viver aqui e lutar. 

- Mas filha , não acha melhor morar comigo não?

- Pai , eu gosto daqui. Ja acostumei com esse lugar.

- Tudo bem. Não vou te obrigar a nada.

- Obrigada pai.

- Mas você sabe que terá que lutar pra conseguir unir todos. O homem falava com as mãos postas na mesa de madeira.

- Sim eu sei, mas eu ainda não sei como vou convencer todos. Estou perdida.

- Calma Bárbara. Você ainda terá muito tempo pra pensar nisso. Virgínia disse se aproximando de mim. - agora que encontrou seu pai , pode ter tempo pra treinar e por fim terei a honra de te batizar como rainha desta alcatéia.

- Darei o meu melhor Virgínia. Sorrir para a mulher morena. - Anastácia sabe sobre o meu pai?

- Sim , avisamos ela. Jorge falou se levantou e limpando a sujeira em sua blusa.

- Aonde ela esta? Ryder por fim perguntou. 

- Esta numa cabana das montanhas.

- Certo. O homem bufou aliviado e direcionou os olhos para mim. - Enfim , preciso ir agora filha.

- Mas você voltará né ?

- Claro , vou vim te visitar sempre que der. O vampiro sorriu e os olhos vermelhos brilharam.

- Tudo bem então, até mais pai.

Abraçei o mesmo que logo me ganhou em seus braços , suas mãos geladas acariciava as minhas costas e minhas mãos mãos apertavam ainda mais o homem pra mim. Soltei em seguida e olhei para o homem que sorria lindamente.

- Você é quente que nem sua mãe. O vampiro sorriu ainda mais ao lembrar de minha mãe. - Bom , Até mais.

  Olhei para o corpo do homem saindo do local e então olhei para Virgínia que mantinha uma expressão feliz e orgulhosa , logo devolvir o sorriso.

- Bom , Suas amigas ficarão aqui na mansão essa noite até Jorge arranjar um local adequado pras duas viverem.  Virgínia começou a explicar. - tem algum problema se Elas dormirem no seu quarto?

- Claro que não.

- ótimo.

...

  Mais tarde acordei sentindo uma dor de cabeça então sair do quarto em silêncio para não acordar as meninas que dormiam no colchão. Olhei para a janela e ainda era noite , desci as escadas e antes que eu pudesse entrar na cozinha. Ouvir um barulho de beijo. Franzi o cenho então decidir olhar na cozinha. Mesmo no escuro eu podia muito bem ver os dois corpos finos grudados e o cabelo ruivo bagunçado , a menina sentada na bancada da cozinha enquanto a ruiva a beijava intensamente.

  Resolvi não atrapalhar as meninas então seguir outro caminho indo para os fundos e olhando para o céu. Bianca e Beatriz estavam tão apaixonadas pela outra e eu fico muito feliz pelas meninas. Afinal , as duas combinavam.

Continua...