Cap. 20

3.9K 364 242
                                    



Depois de eu ter ouvido a história Do Vini eu me surpreendi, será que algum dia eu vou amar alguém? Será que eu vou sentir esse sentimento? Eis a questão , eu não sabia. Conversei sobre algumas coisas com Vini até me acalmar por completo, logo depois o mesmo me levou até o quarto. Entrei no local e me deparei com Carol andando de um lado pro outro. A mesma me olhou preocupada e andou até mim , me analizando por completo. 

- Oque ela fez com você ? Te machucou? Não se preocupe ela vai pagar por isso. Carol sentia raiva naquela hora , e eu pude perceber seus olhos ficando alaranjados.

- Como sabe que eu esbarrei com ela?

- Ela fez questão de vim até aqui em meu quarto dizer que deu um jeito em você. Fiquei preocupada.

- Ei calma, ta tudo bem comigo. Ela só disse algo que me fez ficar em dúvida. Digo colocando os dedos no queixo.

- Oque ela disse?

- Disse que você só esta me usando pra beber meu sangue , isso é verdade?

- Claro que não Bárbara. A mulher se aproxima de mim passando suas mãos gélidas em meu rosto. - Eu quero ser sua amiga, quero poder confiar em você.

- Eu... Também quero.

 
A vampira sorrir de forma linda e se afasta , por um momento eu sentir algo estranho dentro de mim. Sentir vontade de abraçar a vampira e nunca mais soltar, pude perceber que Carol era diferente. Carol era especial. Andei até minha cama e então deitei ali calmamente tirando meus sapatos e me cobrindo com a coberta fina. 
Olhei para a vampira e a mesma tinha uma expressão confusa , seus cabelos bem penteados pro lado nunca sairam do lugar , sua pele pálida como a neve e sua boca vermelha entre aberta , cada detalhe da vampira era encantador. E daqui eu pude ver a sua boca salivando e seus olhos em um tom alaranjados. A mesma me olhou e só assim pude perceber oque Carol queria. Carol estava com fome. 

- Eu conheço esse olhar. Digo me sentando na cama. - Você esta com fome.

- Não se preocupe, amanhã eu tomo sangue no refeitório.  A mesma disse convencida.

- Não , eu sou a sua humana , tenho que dar de beber pra você não é?  A vampira sorriu com oque eu disse e se levantou caminhando até mim.

- tem certeza disso? Bárbara você nã...

- Carol anda logo com isso. Digo sorrindo e aproximando da mesma.


A vampira logo acente e aproxima de meu pescoço , sentir a mesma passar a ponta de sua lingua em minha pele e assim me fazer arrepiar. Logo então a vampira cravou suas presas em minha pele macia e começou a dar pequenas goladas. E aquela sensação de prazer se fez presente novamente , sentir meu corpo todo ser levado por uma temperatura quente, uma temperatura que me fazia suar. Cravei meus dedos nas costas de Carol e ali arranhei , fazendo a mesma dar goladas fortes e longas. 

Novamente soltei um pequeno gemido abafado por conta da respiração , aquilo era tão bom. Tão ... Diferente.  Eu sentia meu corpo se arrepiar a cada golada que a vampira dava , sentia tudo se queimar. Sentia aquele quarto abafado. Rapidamente sentir Carol se sentar em meu colo sem se afastar de meu pescoço , surpreendi quando a mesma começou a rebolar em cima de mim.  Naquele momento eu só pensava em uma coisa , e era aquilo mesmo que eu iria fazer. Afastei Carol de meu pescoço com certa dificuldade e então sussurrei algo em seu ouvido.

- Me beija. 

Aquilo foi o bastante para a vampira atacar meus lábios ferozmente e assim me beijar com desejo , como se tivesse esperado por aquele momento.  Aquele gosto ferroso me fez ter uma sensação estranha , me fez sentir uma queimação em minha garganta. Poder sentir a boca de Carol foi impressionante , ataquei seus lábios com mordidas e chupões deixando seus lábios completamente inchados. A mesma agarrou meus cabelos e aproximou mais de mim. Mas já estávamos tão próximas que Carol poderia sentir meu coração batendo.

  Sentir vontade de beber o sangue de Carol , eu estava louca , e precisava sentir aquele gosto ferroso novamente. Então rapidamente passei a lingua pela extenção da pele gelada de Carol sentindo seu gosto. Seu gosto de menta. Quando Carol percebeu oque eu estava querendo fazer , rapidamente  rasgou seu pescoço com sua unha afiada e me deu de beber.  Abocanhei seu pescoço e dei várias goladas , sentindo seu sangue gelado e doce descer queimando pela minha garganta. Eu só sentia vontade de beber mais ainda se seu sangue , era viciante. Era gostoso.

Mas Carol começou a ficar incomodada e me afastou , me olhou nos olhos e se assustou. Logo saindo de meu colo e sentando ao meu lado. A mesma estava com a boca aberta e ainda me olhando.

- Bárbara... Seus olhos. A mesma gaguejou nas suas palavras e assim passou a mã em aeu pescoço. - estão vermelhos.

  

Não pude conter o susto que tomei ao ouvir Carol dizendo aquilo , então rapidamente levantei e seguir até o banheiro. Me olhei no espelho e vi os olhos completamente vermelho , um vermelho vivo. Me afastei do espelho e coloquei as mãos na cabeça , franzi o cenho pois não conseguia lembrar de nada do passado que justificasse isso.  Oque estava acontecendo comigo ?

  Então veio o inesperado , sentir uma queimação forte no peito e acabei caindo no chão , gritei de dor ao sentir a queimação percorrer pela minha garganta.  Carol rapidamente entrou no banheiro perguntando oque estava acontecendo. E eu não conseguia nem abrir a boca para responde-la. A queimação percorreu em minha garganta e então vomitei. Vomitei sangue , mas rapidamente o sangue vomitado se tornou pó. Apenas um pó preto. Me assustei com isso e olhei pra Carol , que estava assustada.

- Oque esta acontecendo? Me explica isso Carol. Por que eu vomitei sangue?

- Não é um sangue comum , é o meu. Bárbara você rejeitou o meu sangue. A mesma me olhava assustada.

Continuei olhando para o pó preto que havia no chão e tentei encontrar algo em mente que explicava aquilo , tentei achar no fundo dos meus pensamentos. Mas não encontrava. Eu simplesmente estava perdida.

- Oque você é ? Carol por fim perguntou. A questão era que nem eu sabia.


Vila dos humanos.

- pode me explicar que dor que você sentia betânia?

- Sentir uma queimação no peito , algo esta errado Anastácia.

- isso só pode significar algo , Bárbara provou sangue.


Continua...

Olhos vermelhos ( Babitan ) Onde histórias criam vida. Descubra agora