ᴘᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ᴠɪsᴛᴀ ᴅᴀ ʟᴇɴᴀ.
Lena fechou os olhos. Com a cabeça ainda latejando, ela respirou fundo e perguntou:— Qual é o seu nome?
Lena se levantou do tapete e foi lentamente em direção ao banheiro, sua cabeça latejando a lembrando do que ela tinha feito a si mesma na noite anterior.
"É por isso que não bebo Irish Whiskey o tempo todo." Ela pensou consigo mesma, com o som de seu coração batendo em sua cabeça.
Ela estava tão fora de foco; ela nem percebeu o chuveiro ligado. Ela começou a se sentar, quando sua cabeça finalmente alcançou seu corpo, ela olhou para o chuveiro e notou cabelos loiros. Em seguida, sua boca foi para a engrenagem.
— Kara, o que diabos você está fazendo no meu chuveiro?
A garota no chuveiro se virou.
— Quem é Kara? Ah, quer saber? Você me paga, então se você quiser me chamar de Kara, por mim tudo bem.
O comentário irreverente fez com que Lena se irritasse:
— 1. Você viu meu telefone? E 2, termine e saia. Agora.
— Seu telefone está no bar, você deixou cair no chão quando desmaiou, querida, e eu irei embora depois de receber o pagamento.
— Tudo bem, vire-se para que eu possa terminar.
Lena conduziu seus negócios particulares e, depois de lavar as mãos, voltou ao escritório. Ela pegou uma garrafa de água na geladeira, e embaixo do bar, seu telefone e sua blusa. Ela pensou por um momento onde suas calças poderiam estar, então percebeu que não importava.
Ela foi até a escrivaninha e abriu a gaveta de baixo, pegou duas aspirinas e engoliu-as com um pouco de água. Então ela olhou para o telefone, levantou-o e o software de reconhecimento facial finalmente abriu, e lá estava o rosto da Dra. Quinzel, olhando para ela, com uma mensagem querendo saber se ela realmente queria excluir as informações do contato.
Ela pairou sobre sim por um momento, então mudou de ideia e clicou não.
"Se eu não ligar para ela, Sam vai ligar para mim." Ela pensou.
Ela não tinha sido uma boa amiga para Sam desde que ela havia se mudado de volta para Metrópolis, ligando para ela principalmente quando os negócios precisavam ser feitos, e nos aniversários de Ruby, mas era isso. Era sempre assim com ela, os amigos eram descartáveis, fáceis de substituir, ou no caso dela, não tão fáceis.
Depois que a mãe morreu, Lena acabou em um orfanato, não por muito tempo, mas o suficiente para ver que sua inteligência a tornava diferente e sua tristeza a distanciara das outras crianças. Mesmo aos 4 anos, ela sabia que era diferente. Lena sabia que seus problemas começaram aí, ela era filha de sua mãe e a perda tão jovem a impedia de formar relacionamentos sólidos e de confiança, acreditando, mesmo que não fosse verdade, que sua mãe a traiu ao morrer e deixando Lena sozinha.
A loira saiu do banheiro naquele momento, atrapalhando a linha de pensamento de Lena. Ela caminhou até a mesa de Lena, parecendo imaculada, e pediu à queima-roupa seu dinheiro. Lena entregou-lhe o dinheiro, e a loira o pegou casualmente, sem se dar ao trabalho de contá-lo.
— Espero que a Kara não seja do tipo ciumenta, querida. — Ela disse, depois se afastou.
Lena olhou para a loira saindo e não conseguiu dizer uma palavra porque no fundo ela sabia que nunca saberia.
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Abandoned (Uma História de Fortaleza). [TRADUÇÃO]
FanficLena deixou Supergirl sozinha na Fortaleza por um mês, antes de Alex finalmente localizá-la, agora eles estão lidando com as consequências e os sentimentos confusos de Lena também.