Capítulo 4

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- Traiu ou não? - Berrei com os olhos cheios de lágrimas.

- Dulce... - Christopher tentava se justificar de toda a maneira possível. Só que no momento eu não queria saber das suas explicações.

- Quanto tempo?! - Christopher franziu a testa. - Não se faça de desentendido caralho, quanto tempo estava me traindo?

- Er... - Christopher começou andar em círculos. - Cinco me... cinco meses. - Virou em minha direção. - Me perdoa, a gente pode recomeça do zero, vamos tentar...

- Cinco meses, Christopher? - Eu não estava acreditando nisso. - Cinco malditos meses, como você foi capaz? - Arremessei algum objeto que estava em cima do criado mudo em sua direção. - Você é desprezível. - Arremessei outro objeto, o mesmo o acertou no braço direito.

- Caralho. - Christopher esbravejou. - Eu não sei aonde eu estava com a cabeça, me perdoa.

- Deixe de papo furado, seja homem. - enxuguei as lágrimas que existiam em cair. - Eu sinto que só existo em metade da sua vida. - Aquilo doía pra caralho. - E isso não é o suficiente para mim. - Andei em direção ao nosso quarto. - Está tudo acabado, apartir de Hoje, eu não quero ver nem a sua sombra.

- Dulce! - Christopher me agarrou pelos braços. - Não pode acabar assim...

- Você me traiu caralho, Eu não quero mais nada com você. - Me soltei dele, e em vez de ir em direção ao quarto eu fui em direção a porta. - Vai se fuder seu filho da puta ordinário.

{...}

- Dulce? - Doutor Joaquim parou na minha frente. - Está tudo bem? Tá pálida.

- Ah, estou bem. - Dei um sorriso falso. - Estou pronta pra outra. - Rir. - Que horas eu vou ser liberada pra sair desse hospício?

Havia se passado uma semana que eu estava internada naquele hospital, não me lembro de muita coisa do ocorrido. Mas me lembro muito bem do tiro.

Enzo está foragido, o que é engraçado o local está lotado de polícias, como ele evaporou assim do nada?

Alguma coisa estava estranha e com certeza tinha dedo de policiais corruptos que trabalham no departamento.

- Alguns minutos. - Ele olhava para a prancheta que estava em suas mãos. - Nada de trabalho até o mês que vem. - Revirei os olhos. - Você ainda não está recuperada 100% Dulce.

- Não vai ser um tiro que vai me parar Dr. Joaquim, tenho casos para resolver. - Falei pegando meu celular e vendo que tinha uma ligação de um agente do departamento. - Está vendo? - Levantei meu celular e amostrei pra ele. - O trabalho me espera.

- Dulce, você pode ter complicações, lembre-se o tiro foi no... - Eu o Interrompi.

- Doutor, por favor. Deixe de drama, Não vai acontecer nada. - Vi meu pai adentrar a sala com Luna nos braços. - Meu amor.

- Ela já está liberada doutor? - Meu pai perguntou ao médico, e deixando Luna no chão. A mesma veio correndo em minha direção.

- Mamãe, que saudades. - Luna pulos em meus braços, o que deu um pouco de desconforto, pelo falto de eu não está "100%" recuperada.

- Também estava meu amor. - Disse lhe dando vários beijos. - Está se comportando bem? - Luna me olhou sapeca. - Luna, Luna. - Rir.

- Senhor Saviñon, tente manter Dulce longe do trabalho até o final do mês. - Olhei em direção ao doutor que estava falando com meu pai. - Ela é teimosa, estava falando agora pouco que vai trabalha ainda hoje.... - O médico continuo falando com meu pai.

- A senhora vai trabalhar? - Luna me olhou triste.

- Meu amor, mamãe precisa trabalhar. - Disse tocando em seu rosto. - Você pode ficar com a vovó Alexandra que tal? - Luna sorriu.

- E a vovó Blanca? - Franzi a testa. - Por que eu não posso ficar com ela?

- Sua avó está viajando meu amor. - Luna balançou a cabeça em sinal de negação.

- Vovó em casa. - Luna respondeu. - Vovô, vovó em casa! - Meu pai ficou pálido.

- Pai, não me do diga que... - Meu pai fez um sinal para eu esperar.

- Agora você pode levar sua filha pra casa senhor Fernando. - O médico falou lhe entregando um papel. - Lembre-se sem trabalho pelo menos até fim do mês.

{...}

- Ela chegou no dia que você tomou um tiro. - Papai falava enquanto dirigia.

- Por que não me falou? - Falei olhando pelo retrovisor e vendo que Luna tinha dormido. - Ela nem sequer veio me dar um "oi". - Falei indignada.

- Ela estava ocupada Dulce. - Papai dizia sem olha pra mim.

- Não vem defender ela pai. - Falei me ajeitando no banco. - Blanca é uma ingrata mesmo.

- Ela ainda é sua mãe. - Papai falou olhando pra mim com o semblante sério.

- Tóxico é tóxico. - Falei pegando meu celular. - Independente de ter nosso sangue ou não. - A conversa morreu ali.

Disquei o número de Anahi.

- Alô! - Uma certa Anahi furiosa atendeu.

- Anny? - Anahi riu. - Está oculpada?

- Não, estou em casa. - Suspirou. - Poncho não é ai, caramba. - Rir.

- Vish, pelo jeito já colocou o pobre do Poncho de empregado. - Meu pai estacionou em frente de casa. - Não era pra você está no trabalho?

- Cá entre nós, Alfonso não tem nada de pobre, aposto que ele é mais rico que eu. - Anahi gargalhou e bem no fundo dava pra se ouvir a risada do Poncho também. - Sim, era pra eu estar no trabalho, só que eu ainda estou enrolando aqui em casa. Não avisa o chefão não.

Meu pai pediu meu celular pra falar com Anahi.

- Senhora Herreira, vou descontar do seu salário esse seu atraso. - Papai falou sério.

- Dulce Maria você me paga. - Anahi rosnou. - Senhor Fernando, eu sou a sua melhor cientista, de esse desconto. - Anahi falava com a voz mansa, queria até rir.

- Não tolero atrasos. - Papai falou sério e segundos depois riu. - Anny, aproveite seu marido. Mas quero você no departamento no horário da tarde. - Papai respondeu me devolvendo o celular.

- Tremeu na base. - Comecei a rir.

- Tu é doida, quase tive um treco. O homem falou tão sério que achei que eu ia ser demitida. - Eu continuava rindo. - Para de rir desgraça. Ainda está no hospital ?

- Cheguei em casa agora. - Alfonso começou a chamar Anahi. - Te vejo amanhã no trabalho, bye.

{...}

- Não vai mais me cumprimentar filha. - Deixei Luna na cama e coloquei o lençol em cima dela.

- Lembrou que tem uma família mãe. ? - Falei saindo do quarto.

- Deixe dos seus dramas Dulce. - Me sentei no estofado ao lado de meu pai. - Não aja como tivesse 7 anos.

- Você passa meses sumida, liga quando tem vontade. Faz a Luna se apegar em você e depois viaja, a menina fica aí sofrendo. - Digo me levantando do estofado.

- Eu não vou descurtir com você. - Blanca falou me encarando.

- Eu quero mais que você vá pro inferno. - Falei com raiva.

- Dulce Maria! - Papai falou com indignação. - Respeite sua mãe.

- Blanca nem é digna disso. - Respondi.

- Blanca é o cacete, é mãe. - Mamãe falou com indignação.

- Nem de mãe você merece ser chamada. - Falei indo pro meu quarto.

Eu tinha uma péssima relação com minha mãe, ainda vai chegar um dia que a gente vai rolar pelo chão. Pode anotar aí.

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