•eight ~ Somewhere Only We Know•

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"I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?
Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
And if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know
This could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know
Somewhere only we know"

•••

Violet ria.

Ela era radiante aos olhos de qualquer um que visse. E até mesmo Luke, que acordou completamente perdido, e se sentiu ainda mais sem salvação quando soube das sequelas do seu acidente, agora sorria também.

A ideia de ter uma filha era inacreditável, chocante e até mesmo um pouco assustadora, mas, pelo o que via, ele e Michael provavelmente já aprenderam a lidar com as responsabilidades de serem pais, afinal ela parecia completamente saudável, feliz e confortável.

E mesmo o loiro, que havia descoberto - ou melhor, relembrado - a sua paternidade há poucos minutos, se sentia completamente irradiado pela luz da pequena.

Eles haviam conseguido algumas folhas de papel e Luke fazia origâmis e aviões, impressionando a garotinha toda vez que um dos aviões de papel planava por mais tempo do que o anterior.

Ela comentava empolgada sobre o quanto queria voltar para casa logo, pois sentia falta das noites em que seus pais faziam aviões de papel e os dois competiam para ver qual passava mais tempo planando, Violet era a juíza e dizia quem ganhou no final.

Era algo bonito de se imaginar. Um casal e a sua filha, uma família, se divertindo, são coisas simples, coisas pequenas, mas que marcam a sua vida. Luke se lembrava muito bem dos castelinhos de areia na praia com seus pais, ou das noites na fazenda, procurando vagalumes.

O loiro tinha acabado de jogar mais um dos aviõezinhos pelo quarto do hospital quando Calum abriu a porta de repente e a aeronave de papel bateu em seu olho.

— Ok, eu já entendi que não sou bem vindo no momento em família de vocês — Michael riu de leve enquanto Luke pedia desculpas, dizendo para ele parar com todo esse drama.

— Tio Cal! — Violet falou animada, estendendo os braços para ele

— Pelo menos um dos três aqui valoriza a minha presença — Calum disse tirando ela do colo de Luke para lhe dar um abraço apertado — Oi princesinha, eu senti sua falta, o tio Ash também

— Papai disse que quando nós voltarmos para casa nós vamos fazer uma comemoração — ela disse animada e Calum se virou para Michael com um olhar com a maior empolgação do mundo

— Você vai dar uma festa?

— Ei, ela falou comemoração, não vai ser uma festa — Michael o alertou

— Minha nossa, Michael Clifford vai dar uma festa, isso é quase como estar de volta aos velhos tempos — Hood fez uma cara como se sonhasse acordado com a época em que eram mais jovens e as festas de Clifford eram sempre as melhores

— Cal, eu não acho que seja possível dar uma festa como aquelas com uma criança em casa — Luke comentou, disso ele se lembrava, desde o ensino médio - que foi a época em que conheceu Michael, Calum, Ashton, Mali e Ashley na turma dos alunos de música, antes de irem juntos para a faculdade de música de fato - Clifford já era conhecido pelas festas que dava

— Tudo bem, eu não me importo de trocar as bebidas alcoólicas por suco de caixinha — ele disse, dando de ombros

Michael ia falar mais uma vez que não haveria festa nenhuma, mas ele sabia o que Calum estava fazendo, ele estava agindo como se tudo estivesse completamente normal, como se Luke não tivesse esquecido de nada, como se o acidente nunca tivesse existido, como se o quarto de hospital fosse só um cômodo qualquer da casa de algum deles. Ele estava fazendo isso numa tentativa de fazer tudo parecer melhor do que realmente estava, porque ele imaginava o que Luke e Michael estavam passando e ele sabia que não seria nada fácil. Michael o conhecia bem, Calum faria de tudo para deixar qualquer momento mais alegre, e estava dando certo, Clifford quase acreditou que tudo estava normal por um segundo, que era só mais um dia em que Calum aparecia e Violet corria para brincar com o tio favorito - que os outros não saibam - dela.

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