05_ Querido sogro

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— Dobra na esquerda! 

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— Dobra na esquerda! 

— Mas para nós chegarmos mais rápido na loja, nós precisamos dobrar a direita!

— Não! Tem que pegar a esquerda para chegar mais rápido.

— Mas...

— Cala a boca! Só faz o que eu digo!

E foi assim que eu virei à esquerda, contra minha vontade. Não vou discutir com a pessoa que está do meu lado do carro, não ia adiantar mesmo. Apesar de parecer, não estou falando com Felix, mas com o pai dele.

Meu querido sogro era um ranzinza de natureza comigo, quanto mais os anos se passavam, mais parecia que sua raiva direcionada a mim, aumentava.

Hoje é feriado do dia das crianças, e como todo ano, a família do Félix se reúne na casa dos pais dele. E como todo ano, eu só fico com cara de tacho sentada no sofá, comendo qualquer coisa que me oferecerem. Não é, que eu não goste da família do Félix, ou algo assim… quero dizer não todos, só um específico.

Esse ser específico também não gosta de mim, e ele está sentado do meu lado do carro.

Sim! Ele é o meu sogro, o famoso Senhor Jackson! Ou simplesmente o homem que tentou me matar quando descobriu que eu engravidei o filho dele.

Eu não vou com a cara dele, pelo simples fato dele ser policial, e me prendia quase toda semana. E ele não vai com a minha cara, porque eu era a pessoa que ele prendia quase todas as semanas.

— Cadê a loja?! — ele perguntou irritado do meu lado e eu só revirei os olhos.

— Eu falei para nós irmos para a direita! — falei sem olhar para ele, eu sabia que ele tava me encarando com olhar de ódio.

— Porém a direita estava quase tendo um engarrafamento!

— Eh! Estava “QUASE”, porém não teve! — fiz aspas com os dedos, e dei um sorriso mais cínico do mundo.

— Idiota! — ele com certeza não ficou muito feliz com o meu sorriso, é deu um tapa na minha cabeça.

— O senhor erra o caminho e eu sou a idiota? E por que diabos você me bateu!?

— Porque você merece apanhar — cruzar os braços virou a cara — Eu devia ter te levado para o reformatório e não ter dado uma de policial bonzinho, isso evitaria que você conhecesse o Félix, evitaria dores de cabeças futuras! — ele resmungou.

— Pelo amor de Deus! Você ainda tá em processo de aceitação por acaso? — Perguntei ironicamente — Aceita logo que eu casei com seu filho, que eu sou a mãe dos seus netos… E também aceita que se você tivesse nós dado privacidade, Eu e Felix nunca teríamos passado o cio escondidos naquelas férias de verão…  — rapidamente calei minha boca, porque me dei conta do que acabei falando.

As Alfas Que LutemOnde histórias criam vida. Descubra agora