Capítulo 23- All was a lie.

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Doeu. Doeu muito ter que escrever este capítulo, mas desde o começo me preparei para esse momento. Tinha que acontecer, não tinha jeito. Boa sorte, Mari.

Pov. Hina

Era radiante para mim poder acordar mais uma vez na cama de Krystian. Acabei acordando com o brilho intenso do Sol vindo da janela que esquecemos de fechar. Quando abri meus olhos, pude ver o corpo dele, sem qualquer tipo de roupa, apenas o cobertor o envolvendo. Seus braços fortes estavam do lado de fora, abraçando minhas costas, o que me fez suspirar. Eu usava uma lingerie preta, e nada mais além do que a coberta.

A noite passada seria marcada na minha memória sem dúvida alguma. Foi intensa, e cheia de saudades, que transbordava de nossos corações. Era tudo que precisávamos no momento. Tudo. Me sentia muito mais aliviada e leve.

Obviamente não esqueci aquele maldito beijo, ainda me chateava. Mas ao ler as cartas que me deixou, a situação foi bem mais esclarecida e, com toda certeza, nós poderíamos ter tomado rumos bem piores do que este.

E os olhinhos puxados se abriram. Encararam os meus, que brilhavam só de observá-lo dormir.

— O que estava fazendo?— perguntou com a voz rouca, que ainda processava o fato de ter acordado.

— Nada, apenas admirando cada detalhe seu.

Sorriu. Mantemos um silêncio preguiçoso, e entrelacei meus dedos entre os escuros fios de cabelo de Krys, sentindo sua maciez e o magnífico cheiro.

— Você não imagina quanta falta eu senti de você...— murmurei.

— Eu também.

Aquilo foi mais um sussurro do que uma frase, o que fez seus olhinhos descansarem novamente, serenos. De repente, escuto meu celular vibrar no criado mudo ao lado da cama. Era Any.

— Bom dia, flor do dia!— iniciou animada— Tá afim de vir aqui ver sua coleguinha? Tomar um cafezinho brasileiro daquele jeito que você gosta?

— Claro, claro, já estou indo aí. — disse para Wang em leitura labial que eu precisava ir, e deu um sorriso assentindo com a cabeça.

Peguei minhas roupas do chão e me vesti, indo à caminho de Gabrielly. Antes de sair, deixei um beijo rápido nos lábios de Krystian, e fui embora correndo.

Quando comecei a dirigir, senti meu corpo totalmente disposto à voltar as atividades do dia a dia normalmente. A leveza que permanecia em mim era como a liberdade de prisioneiros, senti que agora, nada poderia dar errado.

Essa situação se tornou melhor ainda, quando vi o sorriso enorme da brasileira ao me atender. Nos cumprimentamos, e ela me pediu que me sentasse na cadeira ao lado dela.

— Tenho novidades ótimas.

— Vai contando, que to comemorando antecipadamente com meu pãozinho de queijo.

— Eu e Krystian... nos encontramos ontem.

Ouvi Any engasgar com a comida, e tossir escandalosamente. Me assustei, e foi como reflexo bater nas costas dela para que parasse.

— O que disse?— gritou impressionada, me fazendo gargalhar.

— Ontem à noite, eu e Krystian nos encontramos!— repeti — Tive a melhor noite da minha vida.

— Melhor do que a que teve em Búzios, no aniversário da Sina?

Assenti com um sorriso estampado no rosto, a fazendo soltar um grito histérico — típico Any Gabrielly. Não pude conter o riso ao ver minha felicidade ser compartilhada de forma tão gozada com minha melhor amiga.

𝐓𝐡𝐞 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐜𝐚𝐬𝐞 - 𝐊𝐫𝐲𝐬𝐡𝐢𝐧𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora