Dusk Till Dawn🌙 | Jikook

[7] RECOMEÇO

Ainda tem alguém aí? Voltei haha

Espero que gostem, acho que tô enferrujada mas trouxe um cap fresquinho com a chegada do nosso Jungkook.

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Dizem que a dor do coração partido é uma das piores dores que se pode sentir.

Durante toda a minha vida, senti vários tipos de dores diferentes, e umas doíam mais, e outras menos. O ponto é: Cada dor deixa uma marca dentro de nós. Uma lembrança.

Pela minha experiência de vida, posso afirmar que a pior das dores que alguém pode sentir é a dor da perda. Por que? Bom, a dor da perda não é uma dor simples, que pode ser curada com descanso ou remédios.

A dor da perda é sentida de todas as formas. Fisicamente, emocionalmente, mentalmente e psicologicamente. Dói tudo, cada fibra do seu ser é corroído pela dor. É como um veneno que se espalha por todo o seu corpo e não tem cura. Uma hora, você morrerá por ele.

Eu já tive algumas perdas na vida, como o meu coelho Nevasca, a minha avó por parte de pai Sarah. Mas de todas as minhas perdas, nenhuma delas doeu mais do que a dor que eu senti ao perder Troye.

Depois de perder os sentidos e desmaiar naquele entardecer após a morte de Troye, eu só acordei no dia seguinte, pela manhã. Eram nove e meia quando abri os olhos e percebi que estava no meu quarto.

Tudo estava num completo e estranho silêncio. Não havia som algum, como se toda a natureza estivesse de luto. E de fato, ela estava.

Eu me levantei, sentindo meu corpo fraco. Meus pés me levaram lentamente até a sala, onde encontrei mamãe e papai conversando baixo com os pais de Troye.

Os pais... de Troye...

Troye...

Lembrar o nome dele fez meus olhos marejarem imediatamente e logo, meu rosto já estava molhado pelas lágrimas grossas e salgadas.

Meus fungados chamaram a atenção dos adultos. Ao me ver parado, em pé e chorando, mamãe correu até mim e me abraçou apertado. Eu chorei ainda mais em seus braços, torcendo para Troye voltar, torcendo para que aquela dor sufocante fosse embora. Mas nada aconteceu.

Eu abracei os pais de Troye apertado, implorando por desculpas. Implorando por perdão. Perdão por não ter protegido Troye. Perdão por não impedir aquele vampiro. Perdão por ter sido fraco.

—Não foi culpa sua, Jiminnie. Não havia nada que você pudesse fazer. —foi o que a mãe de Troye me disse.

Naquele mesmo dia, o corpo de Troye foi cremado e as cinzas dele foram enterradas no cemitério próprio da Alcatéia, que ficava nos fundos da mansão deles.

Aquela noite, enquanto eu via as cinzas de Troye serem jogadas dentro de um túmulo, as horas pareceram passar em câmera lenta. Aquela foi a noite mais longa e tortuosa da minha vida.

Tive pesadelos desde então, todos eles com o exato momento em que o vampiro quebrava o pescoço de Troye. Uma semana depois dos pesadelos se iniciarem, mamãe me levou num psicólogo. O dr. Jaebum pareceu um homem estranho, e tive dificuldade de me abrir com ele sobre meus sentimentos.

Mas aos poucos, ele conquistou minha confiança. Ele sabe de tudo, mas não sabe sobre a alcatéia. Não sabe que Troye é um lobisomem. Tenho que mascarar a verdade sempre que desabafo sobre algo relacionado ao sobrenatural.

E então, quatro longos anos se passaram. Aos dezesseis anos, eu me tornei um adolescente quieto e frio. Não me permitia fazer novas amizades, pois tinha medo de que eu me apegasse a alguém novamente e esse alguém fosse tirado de mim.