Billy Kimbel

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Uma coisa poderia ser dita sobre o final de semana que se seguirá desde que Blaire deu de cora com seu pai tomando café, na cozinha do homem que a fez gemer durante metade da noite e boa parte da manhã.

No fim das contas aquilo nem parecia mais algo tão constrangedor, o homem de cabelos negros e fios brancos levantou o olhar para Blaire e sorriu com simpatia, está Blaire desprezava, era o sorriso do homem que deveria ter lhe dado apoio e segurado a sua mão quando sua mãe deu o último suspiro. Blaire não culpava seu pai, nem o odiava, mas não gostava que olhasse para ela com adimitacao e sorrisse com carinho, isto ela não ia suportar.

— Filha — ele hesitou e tomou mais um gole do café enquanto Blaire o analisava — Como você está grande!

Aquilo só poderia ser caracterizado como Ilário, se tivesse sido criada com um pouco menos de decoro ela o mandaria a merda, mas sua educação típica americana exemplar não permitia isto.

Os lábios se comprimiram em linha reta e ela acentiu levemente, os cabelos loiros penteados e amarrados, a calças jeans velha, desfiada e a regata branca soltinho estilo pantana.

— oi — disse com a voz um pouco rouca — eu estou bem e você? — perguntou com formalidade se encostando no batente da porta, os olhos agora estavam na xícara nas mãos de seu pai — ah... Chegou hoje?

— ontem a noite!

Blaire suspirou, esperava que as paredes da casa fosse grossa pois se lembrava que havia gritado e gemido alto demais ontem a noite, Rush estava fora de controle e apenas pensar em seu desempenho deixava seus mamilos duros.

— Vai trabalhar?

— Não. Estou de folga! — respondeu somente.

O cheiro familiar e rústico de Rush vez o coração de Blaire bater uma oitava mais forte, a garota encarou a porta e viu o exato momento em que o moreno sexy passou por ela.

— Abi — comprimentos o homem sem nem se dar ao trabalho de olhar para ele — como foi Paris? — perguntou com desdém — gastaram bastante?

— Rush, bom ver você garoto!

Blaire encarou o relógio e viu que já havia passado das dez. Ontem a noite antes do clube fechar, Blaire recebeu a visita de um velho amigo, um capanga de Billy Kimbel, um velho amigo que comandava uma casa de apostas e a pouco havia feito negócios com os Kerrisan.

Blaire tateou a mão pela bunda atrás do bolso, enfiou a mão lá dentro e retirou o bilhete, 13:00 Donut Rohe, uma lanchonete de beira de estrada que passava pela E Country Hwy 30A, uma hora no mínimo da localização atual de Blaire.

— Eu preciso ir — disse a garota com um ar decidido, falava mais para si mesma que para Rush ou seu pai, ela tinha medo de Billy Kimbel e o que ele faria, mas tinha ainda mais medo de contraria-lo.

— Para onde? — Rush perguntou surpreso com a xícara de café a caminho da boca.

O garoto estava irritado com a presença do sangue suga, principalmente com a ameaça que ele representava para o seu relacionamento.

— vou ver uma amiga — disse a primeira coisa que veio em sua mente.

Como um flech, Rush lembrou da última vez que ouvirá isto dos lábios da amada, acabou com ela de mini saia, camisa frente única e botas assassinas, não, ele não queria que olhassem ela. Beth era sua única amiga e cá entre todos nós, Beth deveria procurar um psiquiatra, o psicológo não dá mais conta!

— Eu vou com você — soltou ele.

O pai de valores encarou os dois desconfiados, é claro que ouviu os frutos ontem a noite e hoje de manhã, mas julgava que Rush estava com a companhia habitual de socialaites, não a sua filha.

Blaire sentiu o gelo percorrer sua coluna, como explicar que iria se encontrar com um contrabandista procurado? Tá! legal, Billy não era procurado! Ainda.

— Eu passei metade da adolescência sozinha — disse ela sem medir o tom de voz, ao ver o rosto de Rush mulchar ela suspirou e lambeu o lábio — eu só vou espairecer um pouco, hambúrguer e fritas em uma lanchonete qualquer da cidade.

— Vai com a Beth?

Blaire teve um relampeio do mesmo passeio que Rush e sorriu docemente.

— Com Jimmy — disse sem pensar. Merda!

E se Rush não soubesse que Jimmi gosta muito mais de banana que de maçã?

- Jimmy? — perguntou irritado.

— Beth?! Vai junto... — tentou consertar e sorriu — e mais um pessoal que trabalha no clube. Seria estranho levar você Rush!

Neste momento o pai de Blaire estava com o cenho tão franzido que tinha medo de nunca mais voltar ao normal.

— Blaire e Rush?! — disse ele balançando a cabeça e tomando o café — quem diria?! Eu.


Garota Perigosa- Blaire E RushOnde histórias criam vida. Descubra agora