23. Me deixe cuidar de você (Tomar banho juntos)

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OTPtober dia 23: tomar banho juntos

Continuação do dia 12.

Sinopse:  Akaashi não tinha opção a não ser fazer as vontades de Bokuto, apesar de não saber que tipo de relação tinham.

Tags: mafia au

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Aquele tinha sido mais um dia comum na máfia. Desde que conheceu Bokuto, o dono do grupo Fukurodani, a vida de Akaashi tinha virado de cabeça pra baixo e, todo dia era mais um do qual ele tinha que aprender sobre a sua nova família. Finalmente tinha se juntado a um grupo, deixando de ser apenas um mercenário que aceitava qualquer missão para ser o braço direito do chefe de uma facção.

Apesar de dizer que era mais um dia normal, ele tinha certeza que não era já que naquele momento estava na casa de Koutarou, lugar onde estava passando mais tempo que a sua própria.

— Vem, Keiji, vamos tomar banho — convidou-o, mesmo sabendo que não era necessário, pois estava o arrastando para dentro do banheiro.

Akaashi apenas suspirou, desistiu de argumentar contra e só se deixou ser levado até o cômodo desejado. Chegando lá, não demorou para que Bokuto se despisse e pedisse para ele fazer o mesmo enquanto preparava a banheira, o que fez o moreno arquear uma sobrancelha, pois imaginava que não era necessário retirar as roupas no momento se ainda iria encher a banheira.

— Só tira. — Bokuto pediu, utilizando uma voz mais sensual do de costume.

Aquilo fez todos os pelos de Akaashi se arrepiarem e um leve rubor tomar conta de seu rosto. Tinha que concordar que, não importava quantas vezes já tivesse visto aquele homem nu, era sempre como se fosse a primeira vez. Seus olhos primeiro focavam no rosto, seu formato, a maneira como os lábios estavam constantemente curvados em um sorriso convidativo, os orbes amarelados cheios de luxúria e carinho, depois desciam para o pescoço, clavícula e peitoral, não falhando em notar todos os músculos e cicatrizes, marcas eternizadas de todos os combates travados.

Ele próprio tinha várias, achava-as desagradáveis, repugnantes e hediondas, porém as de Bokuto lhe pareciam tão charmosas. Quando deu por si, estava dedilhando sobre a pele alheia, um toque gentil, em cima de todas as cicatrizes que podia tocar, desde as menores até as maiores, as consideradas marcas de guerra para as mais simples. Akaashi amava vê-las, sua feição sempre suavizava quando se deparava com elas, como se se simpatizasse com cada uma delas e, claro, com seu dono. Algo para recordá-lo de que não estava sozinho e existiam outros iguais a ele, marcados pela vida.

Koutarou segurou seu pulso, removendo-o de perto de si para poder desabotoar a blusa social que o moreno vestia. Não se importava se ouviria reclamações do mais novo, só sabia que faria o que queria. Devagar, foi despindo o rapaz e deixando-o igual a si, sem nenhuma roupa no corpo.

— Você tem sorte de ser bonito, Keiji — falou, guiando-o até a banheira, agora cheia. Jogou algumas gotas do primeiro óleo essencial que viu. — Vamos, entre.

O mercenário ficou quieto, não tinha noção do que dizer, optando por adentrar logo antes que ouvisse o mafioso reclamar. Sentiu-o entrar logo depois, estava atrás de si e ele o puxou, encostando seu peitoral nas suas costas.

Era nesses momentos que Keiji se confundia, nunca sabendo como denominar aquela relação de chefe-subordinado, se era apenas isso ou tinha algo a mais, se existia somente luxúria ou sentimento de carinho, paixão, amor.

Bokuto aproveitou que o rapaz ficou quieto e ficou ali, tocando o braço de Akaashi com delicadeza, trilhando o caminho das cicatrizes deixadas por outros. Aquilo lhe dava raiva, saber que um homem tão bonito quanto ele estava assim, com marcas que nunca o deixariam, porém o mafioso podia cuidar de cada uma delas.

— Bokuto-san...? — chamou, cauteloso. Estava surpreso com o ato do mais velho, pois ele nunca tinha demonstrado um interesse pelo seu corpo além do campo de batalha e nos momentos calorosos que passaram a dividir desde aquela noite no bar.

— Estamos a sós, Kei, não precisa de formalidades. — Continuou a passar a ponta dos dedos na pele dele, percebendo como aquilo causava arrepios. Sorriu. — Você é maravilhoso, Kei. Não importa quantas marcas tingiram seu corpo, você continua sendo a pessoa mais perfeita que já conheci.

— Ah. — Sabia que era um som inteligível, mas estava surpreso com a declaração. Virou sua cabeça para poder encará-lo, deixando sua mão pousar sobre a que estava em seu braço. — Obrigado, Kou. Você também é magnífico, me deixe cuidar de você.

Ambos tinham um sorriso no rosto, sorriso este que foi desfeito quando os lábios se encostaram e começaram a trocar carícias ali mesmo, sem se importar se derramariam água ou não.

— Eu quero cuidar de você, Keiji, e eu vou. — Foram suas últimas palavras antes de acariciar a mão sobre a sua, passando seu braço pelo corpo do mercenário.

A noite seria longa, eles sabiam, todavia tinham bastante tempo para declarações serem ditas e sentimentos serem expostos e correspondidos. Também era extensa o suficiente para que pudessem cuidar um do outro, reforçando o quão belo e amável o parceiro era, sem se importar com nenhuma cicatriz, marca ou até mesmo a vida cotidiana da máfia.

Naquele momento, eles não eram chefe-subordinado, líder e seu braço direito. Eram apenas Koutarou e Keiji, um casal recém-formado pronto para demonstrar afeto, apoio e amor.

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