Coletânea de BokuAka - hq! | BokuAka

1. Declarar-se (Confissões)

Olááá, como estão? Essa é a primeira história para o OTPtober, dia 1: Confissões.

Espero que gostem~

Akaashi tinha medo de se declarar para Bokuto.

Tags: confissão; amor não correspondido; light angst.

Essa história terá continuação nos dias 2 e 4.

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Ele estava triste e sabia disso, mas como poderia fazer algo para deixar isso passar? Não sabia como e, se tivesse uma resposta, com certeza ele faria qualquer coisa para não sentir isso.

Akaashi sabia que estava loucamente apaixonado por Bokuto, porém ele não sabia como contá-lo sobre seus sentimentos. Deveria fazer uma serenata ou algo mais específico, como um simples "eu gosto de você"? Antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa, foi interrompido pelo dono dos seus pensamentos.

— Akaaaaashii, o que está fazendo? — perguntou ao se aproximar do mais novo, sentando-se ao lado dele no banco do lado de fora do ginásio em que treinaram minutos atrás.

— Er... estou analisando nossas jogadas, Bokuto-san. — Usou a primeira desculpa que pôde contar.

— Por quê, você acha que estão ruins? — O terceiranista começou a ficar levemente triste. Podia se perceber que seus ombros foram descendo e sua expressão ficando mais abalada.

— O contrário, Bokuto-san, elas estão perfeitas — proferiu. A verdade era que ele nem lembrava como estavam, contudo não queria deixar o rapaz triste. — Não se preocupe.

— Hey hey heeeeey, sabia que sairia algo maravilhoso depois desse treino, tinha certeza!

Keiji sorriu ao ver a animação voltar às íris amarelas, o que acabou o contagiando. Nesse momento, seu coração apertou e qualquer coragem que existisse dentro de si se esvaiu, ele tinha certeza que Koutarou nunca aceitaria seus sentimentos, afinal, ele era louco por vôlei e não por si.

O moreno suspirou, cansado. Não queria lidar com uma possível crise de ansiedade que poderia surgir se pensasse mais naquele assunto. Saber a verdade doía mais do que qualquer coisa no mundo e, se um dia descobrisse que não poderia estar ao lado da sua estrela, aquilo o machucaria muito mais do que um fora.

— Akaaaashi, está tudo bem? Você parece abatido — comentou Bokuto, preocupado. Logo em seguida, sua expressão modificou para uma de dúvida. — Abatido é a palavra certa nesse contexto?

— Sim, Bokuto-san, você pode usar abatido nesse contexto — assegurou o mais novo. — Estou bem, não se preocupe.

Eles passaram um tempo em silêncio, Koutarou não acreditou na resposta que recebeu, mas continuou quieto, esperando uma continuação de seu levantador. Não se tocou que estava o encarando, o que fazia o outro sentir o peso do seu olhar.

— Eu só estou pensando muito, nada que precise ficar preocupado. — Akaashi tentou dar um sorriso para tranquilizá-lo, não obteve sucesso, já que o rapaz continuava com a mesma feição. — O que foi, Bokuto-san?

— Eu queria que você soubesse que pode me contar as coisas, Keiji — disse, seus orbes se encontraram com os azuis, que estavam surpresos.

— Oh. — Foi o único som inteligível que saiu da boca do moreno. Sua mente tentava processar seu nome ter sido falado por seu capitão, pois não esperava por isso.

Aos poucos, foi tentando reunir forças para confessar seus sentimentos, apesar de vários cenários distintos se passarem por sua mente, começando pelos quais eles seriam aceitos e depois pelos que seriam rejeitados. Seu coração apertou, já que, em sua cabeça, seria negado.

— Eu... gosto de você, Koutarou — admitiu Akaashi enquanto fitava suas mãos em suas coxas. Ele não estava preparado para qualquer tipo de resposta ou reação que o mais velho pudesse ter.

Ouviu Bokuto fazer um barulho estranho, estava sem coragem para ver sua reação. O capitão estava atônito, não esperava por uma declaração. Seus olhos dourados estavam arregalados, a boca boquiaberta e a respiração errática, pois não sabia como responder. A verdade era que nem ele mesmo sabia o que sentia.

— Akaashi, me desculpa, mas não sei o que te responder.

Keiji suspirou, derrotado, ele sabia que isso aconteceria e essa seria a resposta, pelo menos foi o que sua mente gritou segundos que ficaram em silêncio. Só esperava que pudesse acompanhar sua estrela seguir sua carreira esportiva.

— Não tem problema, Bokuto-san. Espero só que você me deixe continuar ao seu lado, como amigo.

Aquilo doía, professar a palavra amigo nunca machucou tanto como naquele momento. Seu corpo queria explodir, ele queria chorar, porém ele não podia, tinha que ficar firme e forte para poder afirmar ao veterano que estava tudo bem, mesmo que não estivesse.

Naquele dia, quando chegou em casa, Akaashi se deixou sentir tudo que se privou: as lágrimas saíram de seus olhos e desceram por seu rosto, os soluços ainda estavam contidos, todavia já estavam mais altos do que estava acostumado. Seu corpo tremia com a ansiedade que crescia dentro e fora de si. Ele só queria se livrar daquilo tudo e esquecer que, um dia, tinha se confessado ao seu amor.