Coletânea de BokuAka - hq! | BokuAka

8. Onigiri (Cozinhar)

OTPtober dia 8: cozinhar

Essa história tem continuação no dia 15.

Sinopse: Bokuto pensa em fazer um jantar romântico para pedir Akaashi em casamento.

Tags: cozinhar, pedido de casamento, relação estável

----

— Akaashi! — chamou o platinado, com um sorriso nos lábios.

Estava na cozinha há um tempo, pensando no que faria para seu amado. Não era cozinheiro e muito menos sabia fazer algo elegante, contudo poderia tentar se isso fosse para alegrar seu moreno.

Enquanto esperava o rapaz se dirigir ao cômodo, observava atentamente as receitas que havia espalhado por cima do balcão. Será que faria algo simples como um macarrão com molho vermelho e almôndegas, assim poderiam reviver o filme d'A Dama e o Vagabundo e– não, Akaashi não faria isso consigo, muito clichê. Uma sopa de legumes, então? Não, isso não parecia algo romântico para se comer quando se está pensando em fazer um pedido de casamento.

Bokuto estava tão perdido em seus pensamentos que nem percebeu quando Keiji chegou. Este riu e se aproximou sorrateiramente, não querendo atrapalhar a linha de pensamentos do mais velho, porém quando ficou ao lado dele, não resistiu. Ficou perto da orelha dele e sussurrou:

— Bokuto-san.

Ele viu o outro se arrepiar todo, pular e colocar a mão no coração, que deveria estar acelerado. Akaashi só conseguia rir da situação, não imaginava que essa seria a reação dele. Melhor do que pensou, devia admitir.

— Keiji! Você quer me matar? — Já estava se acalmando, questionando-se se brigaria com ele ou voltaria sua atenção às receitas esquecidas.

— Claro que não, Kou — respondeu. Abraçou-o de lado e deu um beijo em sua bochecha, pedindo desculpas em um sussurro. — O que você está fazendo?

— Procurando o que cozinhar para nós.

Bokuto sabia que não era difícil escolher o que comer, principalmente cozinhar, mas queria que tudo fosse perfeito para que esse dia fosse uma noite esplêndida.

— Por que não fazemos onigiri? É mais fácil e podemos fazer juntos.

A sugestão era maravilhosa, ele tinha que admitir. Era ótimo, pois deixaria o dia mais romântico do que ele tinha planejado.

Koutarou concordou, já tirando todos os ingredientes que precisariam para ter o momento a dois deles. Não demorou muito para que Keiji se juntasse a ele e o ajudasse a preparar as bolas de arroz que tanto amava.

No meio de risadas, sujar o outro, preparar a comida e conversas agradáveis, eles terminaram os onigiris. O platinado logo foi arrumar a mesa, ansioso, o que fez o moreno desconfiar de algo. Era muito estranho o mais velho cozinhar e depois ir desesperado para a sala.

— Vamos, Kei, vamos comer — chamou, animado. Voltou para o cômodo para pegar a bandeja com os onigiris.

O mais novo o seguiu, eles sentaram à mesa e se serviram, conversando sobre qualquer coisa que viesse à mente deles, isso fez com que Akaashi esquecesse suas suspeitas anteriores e se distraísse, estava completamente engatado na história que Bokuto o contava quando, de repente, ele se aproximou de si, beijou sua testa e se ajoelhou no chão.

— Koutarou, o que... — Antes que pudesse continuar, foi interrompido pelas palavras dele.

— Keiji, casa comigo? — perguntou, tirando do bolso uma caixa em formato de onigiri e a abriu, mostrando um anel prateado, simples, do jeito que o moreno gostava.

Ele estava surpreso, não esperava por aquele pedido. Em todos esses anos em que estava com Bokuto, Akaashi nunca pensou que, um dia, seria pedido em casamento.

Quando percebeu, passou bastante tempo em silêncio, seus olhos azuis brilhavam de emoção e um sorriso surgia em seu rosto. Curvou-se para poder capturar aqueles lábios que já eram seus e, a partir daquele momento, eram eternamente seus, assim como ele seria para sempre do outro.

O platinado não precisou de uma resposta verbal, já tinha entendido o significado por trás dos atos do amado. Tirou o anel da caixa, segurou a mão do rapaz e colocou-o em seu dedo anelar, firmando ali uma promessa de que, pelo resto de suas vidas, eles pertenceriam um ao outro.