Heyoon.
Acordei às 4 horas da manhã, precisava me organizar para ir até o aeroporto. Levantei me rapidamente, mas não me esqueci de dobrar meus lençóis, logo após fui ao meu toalete e fiz minhas necessidades. Olhei diretamente para o espelho, o sentimento de dúvida ainda passava pela minha cabeça, desde o dia do planejamento, meu pai havia ficada mais distante de mim, agora sua fala era curta e na maioria das vezes arrogante, por
quê, estou mudando de país repentinamente, e esse comportamento?Tantas perguntas, talvez uma resposta mudasse tudo, mas o padre Jeong decidiu omitir de sua filha unigênita; claramente, esta não era a hora certa para repensar o porquê dessa viajem.
Escolhi um vestido branco - que raramente vestia - era perfeito. Peguei meu terço em cima da cabeceira, e o coloquei, o usando como colar.
Abri meu guarda-roupa, abrindo logo em seguida um pequeno compartimento - onde minhas malas estavam guardadas - as peguei com cuidado, colocando para fora, respirei fundo enquanto levantava as bagagens até a porta. Sem demora caminhei até o criado mudo, abrindo a primeira gaveta, tirando de lá um papel com um endereço e uma máscara facial - um hábito coreano - apressei-me, agora caminhando em direção a porta novamente, logo calçando meus sapatos e saindo.
Observei do lado de fora, um quarto que provavelmente não veria por tempo indeterminado, sorri de forma cabisbaixa e tranquei a porta.
Quando me virei dei de cara com meu pai, mas dessa vez estava com um olhar tristonho.— Fique tranquila, minha criança... ouça com atenção, a partir de hoje você terá que se virar sozinha. Minha filha já está crescida. — Está tranquila?
Realmente muito fácil ir para outro continente sozinha.
— Mas tudo isso é por sua causa, por favor entenda. Eu tenho pensado sobre isso inúmeras vezes... - o interrompi.
— Pai, eu preciso ir... o aeroporto é longe, meu voo é daqui duas horas. — Disse em um tom de mistura entre raiva e tristeza.
— Me desculpe, querida. — me abraçou. — Lembre-se disto, a igreja tem ligação com o lugar para onde está indo... caso algo saia dos trilhos, eu estarei aqui em Daejeon, prometo. — completou — Agora vá!
— Eu te amo, papai... — Disse dando um beijo em sua bochecha, um beijo de despedida.Por que isso de repente? E o que ele quer dizer com ligação? A igreja está me dando?
***
Eu já estava no avião, que esteva prestes a decolar — quase não consegui chegar a tempo, uma das estagiárias acabou deixando meu passaporte cair na esteira onde as malas passam, e um senhor acabou colocando a mala por cima. Foi extremamente difícil recupera-lo. — aparentemente o Piloto havia esquecido algo importante, hoje é o dia, hein...
Quando me dei por conta o avião já havia decolado, pensar em coisas aleatórias era realmente um passatempo, peculiar mas era um passatempo. Mergulhada em minha mente, passei a pensar naquele sonho que tive exatamente no dia em que recebi a notícia de que iria me mudar, papai costumava contar me que os sonhos tinham significados, as vezes como revelações do futuro, acontecimentos do passado ou simbolizando algo.
Quando você sonha com alguém você provavelmente já a viu em algum lugar, uma vez sonhei com o bispo Kim, e de fato eu o vi, uma única vez... no dia de minha purificação. Mas como sonhei com aquelas pessoas totalmente incógnitas e sombrias? Claramente, uma pergunta estranha com a resposta um tanto distinta.
***
Ali estava eu, mais perdida que tudo em Londres, andando com aquelas malas pesadas para tudo que era canto, procurando como ponto de referência a igreja The Parish Church of John-at-hampstead, que de acordo com o bilhete que recebi ficava a 7 minutos do endereço de minha nova casa.
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𝐇𝐞𝐫'𝐬 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | Siyoon
VampiriHeyoon Jeong é uma doce e tranquila adolescente de 17 anos. Por motivos "pessoais", o pai da garota, um padre, envia-a para uma mansão com a desculpa que a mesma deveria se dedicar a igreja, em Londres. Na sórdida mansão, Heyoon encontra cinco belas...