Amor de irmãs

6 - Mari

Marinus

          Depois que eles saíram da mesa eu tive que lavar e arrumar toda aquela bagunça. Não sei da onde vem tanta louça, só nós quatro comemos, não precisava de tanta assim. Quando eu terminei eu passei pelo meu quarto, e fui para a piscina, eu já me acostumei a usar maiô em vez de roupas íntimas.

          Eu nadei tanto e depois mergulhei, eu mergulhei e fiquei lá embaixo não sei pro quanto tempo, mais minhas mãos estavam enrugadas, senti alguém me cutucando com o cabo da redinha de tirar sujeira e subi. Era a Jade, ela estava de vestido e com a cara fechada, provavelmente não veio nadar comigo ou já superou o ocorrido no café.

         — Eu a Sol e o Bevron vamos sair pra ir no parque e depois almoçar fora, quer vir?

         — Ele não é mais o "papai"?

         — Você já não cansou de estragar o dia hoje? — Pelo visto ela não estava de boa com o Bevron, mais também não estava de boa comigo — Estou cansada hoje, vamos sair agora e meio-dia vamos almoçar no restaurante perto do parque, fique a vontade pra comer os restos dos salgadinhos de ontem.

         — Uau você irritadinha, essa não era minha personalidade? Foi mal, extrapolei hoje, me desculpe Ade — Ela esperou eu terminar de falar mais não respondeu nada, virou as costas e foi embora. Eu devo ter irritado ela realmente hoje, eu não gosto de magoar as minhas irmãs. É culpa do Bevron, ele é sempre o perfeitinho mais estraga tudo.

         As ondas da água começaram a ficar mais fortes eu estava longe da borda, mais eu não estava indo pra baixo, parecia que as ondas me obedeciam, e quanto mais eu pensava em quão bosta o Bevron era mais elas se movimentavam. Eu me mantinha plena, nenhuma onda me atingiu ou me fez tremer. Eu me senti poderosa se o Bevron estivesse aqui perto eu poderia afogá-lo, ou fazê-lo temer. De repente uma onda enorme veio na minha direção mais parou na minha frente ainda levantada e me mostrou o Bevron, a Sol e a Ade caminhando no parte, parecia que eu estava dentro da fonte observando eles caminhando. Eu imaginei a água espirando no Bevron e isso aconteceu, que engraçado seria, eu deveria estar delirando depois de tanto tempo debaixo da água. A piscina voltou ao normal e eu fui tomar um banho.

         Eu estava com fome depois de tanto tempo dentro da água e os restos do salgadinho não iriam me satisfazer, então vamos lá almoçar com a família linda, que temnque usar óculos de sol dentro de um restaurante, pelo menos eles pegaram uma mesa na varanda que dava pra justificar os óculos. Quando eu cheguei na porta eu percebi as roupas do Bevron estavam todas molhadas. Eu devia estar delirando ainda, não é possível.