Capítulo 34 Cecília

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NÃO REVISADO!!!


Cecília


Depois de sair do hospital e vagar pelo que pareceram horas,pego um táxi e vou para a fazenda,mas sem vontade alguma de ver qualquer pessoa,então peço ao taxista que me deixe na estrada mesmo e vou para a cachoeira,fazendo uma nota mental de que prometi ao meu filho que o levaria no dia seguinte para nadar,mas antes de chegar ao destino,vi minha casa na árvore que Zé me construiu depois de anos,segundo ele,um dia ele acordou e sentiu que me devia isso,então fez,João amou a idéia e queria se mudar de vez para a casa,mas eu disse que seria dele só quando ele estivesse maior e se tio Jorge concordasse.

Sorrio de frente para a árvore e então vou até a casinha de João de barro e pego a chave que fica escondida ali,subo a escada e adentro a casa,fico ali por horas tentando assimilar todos os acontecimentos do último mês,mas começo a ouvir vozes e não demoro mais que dez segundos para identificar que as vozes são do meu filho e de Gabriel,mentalmente peço para que João não diga onde é o esconderijo da chave,mas antes que eu conclua o pensamento,ouço ele dizer que sabe onde fica,espero os dois caminharem até a parte de trás da árvore e em menos de dois minutos Gabriel dizer que está vazia.


- Será que descobriram o esconderijo da mamãe? Ouço João perguntar.

- Eu acho que não meu amor,vamos subir e ver se tem alguém? Gabriel pergunta ao meu filho e posso até estar enganada,mas acho que ele elevou o tom de voz e isso me faz acreditar que ele só fez isso para me dizer silenciosamente que está subindo com João,me olho no espelho e limpo os requícios de lágrimas.

- E se lá dentro tiver ladrão papai?

- Ai eu te protejo!

Nenhum dos dois dizem mais nada,o que me faz ter a certeza que João apenas respondeu com um aceno de cabeça e com um sorriso bobo nos lábios, por ouvir o pai dizer que o protege e isso me faz sorrir também,ando com cuidado até uma das janelas e me sento de frente para ela,como se estivesse alheia ao que acontece em volta e em menos de um minuto ouço a porta se abrir.

- Achamos a mamãe! Meu filho grita e eu me viro para eles.

- Pensei que a casa era um segredo nosso! Digo abrindo os braços para receber o abraço do meu filho.

- Eu não contei mamãe,foi o papai que descobriu sozinho!

- Descobriu sozinho? Pergunto me direcionando para Gabriel.

- Sim,estava indo na cachoeira,vi essa casa pouco modesta e tive curiosidade!

- Sei bem...

- Mamãe,você sabia que meu papai levou a vovó Ana para casa? João diz eufórico.

- Levou a Ana para casa? Como assim? Faço a pergunta e direciono meu olhar para Gabriel.

- Eu fui ver ela e o médico deu alta enquanto eu estava lá,então levei ela para a fazenda.

- Mas,ele disse que ela tinha alguns dias ou semanas! Falo com a voz embargada.

- Eu sei,mas eles acharam melhor liberar ela para casa,só pediram para contratar duas enfermeiras para aplicar os medicamentos em casa e dar todo o suporte necessário.

- E será que já providenciaram isso?

- Está tudo certo,uma enfermeira já veio conosco! Gabriel diz e posso estar errada,mas tem algo que ele não está me contando.

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