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Mesmo que um banho fosse alimentar minha insônia, não evitei em entrar debaixo do chuveiro gelado às uma da manhã

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Mesmo que um banho fosse alimentar minha insônia, não evitei em entrar debaixo do chuveiro gelado às uma da manhã. Deixei que a água escorresse por todo o meu corpo, como se fosse capaz de levar embora todos os pensamentos ruins. E apesar de ainda ter problemas, quando desligo o registro, sinto meus ombros mais leves. Visto uma camisola leve, porque está um pouco quente aqui dentro, e tiro a água do cabelo com a toalha, mas não o seco totalmente.

Me olho através do espelho, odiando as bolsas arroxeadas abaixo dos meus olhos. Tem sido difícil dormir a noite, quase que impossível, eu diria. E odeio admitir, mas sinto que irei dormir melhor apenas de saber que Zayn está bem. Sinceramente, eu preferia que ele estivesse machucado. Não importo que soe egoísta, mas ao menos eu teria uma explicação plausível. Mas, saber que ele está bem me alivia e ao mesmo tempo me faz alimentar uma raiva insana.

Como Zayn foi capaz de fazer isso comigo? Me deixar sozinha, sem notícias e sabendo que nossos filhos o esperava ansiosamente. Ele foi baixo e egoísta.

Abro a porta do banheiro, sentindo o ar um pouco mais gelado dentro do quarto. Por um momento, me pergunto se deixei a porta da sacada aberta, mas antes de ir conferir, meu corpo é pressionado contra a parede e dedos cumpridos tampam a minha boca. Tento gritar, mesmo que fosse inútil, mas quando abro os olhos e a figura à minha frente vai tomando forma em meio ao escuro, meu coração se acalma aos poucos.

Mas ainda estou ofegante quando Zayn tira a mão da minha boca e não consigo expressar uma única palavra, enquanto tento me acostumar com sua presença. Sonhei tanto com esse momento nas últimas semanas, mas não pensei que sentiria tanta raiva e decepção. Achei que teria a chance de recuperar o tempo perdido e que tudo ficaria bem outra vez, mas não tenho tanta certeza disso agora.

- Não quero acordar a minha mãe ou as crianças. - Ainda não tenho a capacidade de lhe dar uma resposta. Parece tão surreal para mim. - Entrei escondido, então não acenda as luzes, podem me ver através das cortinas.

- Quem? - Praticamente sussurro, um pouco assustada com suas recomendações.

- Eu não sei, mas tenho medo de estarem em volta. - Concordo com um aceno de cabeça, porque deu até medo de dizer alguma coisa e escutarem de algum lugar.

Nós ficamos em silêncio por um tempo. Seus olhos não deixam os meus, como se uma força magnética me forçasse a não desviar o olhar. Nossas respirações agitadas é o único barulho dentro do quarto e por um momento, um espaço de tempo minúsculo, me sinto tão aliviada por ele estar bem que quero puxá-lo para mim e lhe beijar durante toda a madrugada. Mas, me lembro o motivo de ter me sentido tão decepcionada e pisco algumas vezes, quebrando nosso contato visual.

Mas ele ainda está perto, seu corpo quente e esguio me prensando contra a parede e isso dificulta minha capacidade de concentração.

- O que faz aqui, Zayn? - Ele tenta não deixar se abalar com meu tom de voz indiferente. Eu não posso vacilar, preciso me posicionar e deixar bem claro que estou brava com ele. - Pensei que não podia vim para casa.

All that he loves  • ZM • Part.2Onde histórias criam vida. Descubra agora