Capítulo 6.

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Eles pareciam tão felizes e já tinham virado melhores amigos. Fui trocada na cara dura. Vejo Ben se aproximando e sentando do meu lado. Ele está sem camisa e eu estou sem fôlego, ambos sem alguma coisa.

— Tudo bem, mocinha, já que você vai morar com a gente, eu preciso te conhecer ... te conhecer de verdade - Ele disse de um jeito intimidador e logo em seguida passa a mão no meu rosto afastando uma mecha do meu cabelo e deixando um carinho suave.
— Outro grão de areia?
— Não, dessa vez eu só quis te tocar mesmo - Minhas pernas viraram gelatina com essa, ainda bem que eu tava sentada.
— Ok. O que você quer saber? - Perguntei
— Por que você não quis entrar no mar?
— Tem como pularmos essa?
— Não.
— Tudo bem, então. Vamos lá. Mas você precisa prometer que não vai me ver com um olhar de pena depois - Disse enquanto estendia o mindinho, ele riu fazendo o mesmo e prometeu. Isso era muito verdadeiro pra mim. - Antes da mamãe ir embora, quando eu tinha uns 13 anos, eu precisei de um transplante, eu tinha insuficiência cardíaca - Ele estremeceu - Não dava mais pra ficar com o meu coração, ele não tava mais me dando o que eu precisava pra sobreviver. Nós passamos 1 ano esperando algum doador. Foi desesperador. Até que no dia do meu aniversário quando eu estava fazendo 14 anos, ligaram do hospital ... Eles tinham um coração. Alguém estava morrendo naquele momento pra que eu pudesse viver - Ben me escutava com os olhos fixos em mim - Eles não podem contar a identidade do doador e muito menos a do receptor, mas uma enfermeira, assim que eu acordei, me mostrou um foto da moça, ela era bonita, parecia ser feliz, devia ter uns 40 anos por ai, a enfermeira também me contou que a moça era de Seattle. Eu nunca parei de pensar no fato de que se ela não tivesse morrido, eu não estaria aqui, ela provavelmente tinha família, filhos, marido e deixou isso tudo pra trás ... Já eu ... eu não tinha nada pra deixar pra trás além da Alli, do Scott e do meu pai. Eu nunca se quer senti medo, quando a gente recebeu a notícia eu apenas sentei e esperei a morte vir me buscar. - Meus olhos já estavam marejados.
— Emy ... eu não fazia ideia disso, eu sinto muito ... meu deus ... eu nem sei o que dizer - Ele falou um pouco desesperado - Não pensa isso! Se ela morreu e te deu o coração, provavelmente ela já tinha cumprido sua missão aqui, nada acontece por acaso, você ainda tinha muito pra viver. Você ainda tem, na verdade.
— O mais engraçado é que a Chloe não estava lá nesse dia. Ela estava trabalhando ... sempre trabalhando
— Eu sinto muito que você tenha passado por isso. Chloe parece outra pessoa quando você fala dela. Mas eu sei que o coração dela se enche de culpa, ela se arrepende por ter te deixado, talvez você possa dar uma chance pra ela ... todos merecem uma segunda chance.
— Mudando de assunto ... vocês não iam embora hoje? - Perguntei
— Sim, íamos, mas meu pai mandou uma mensagem dizendo que ainda estava viajando e voltaria só daqui 2 semanas, então, resolvemos ficar pra conhecer você e Sydney melhor
— Vocês não tem aula e nem nada?
— Como eu troquei de faculdade eu estou parado agora até o fim do mês que vem e a escola da Mack tá de recesso.

Pego meu celular e vejo uma mensagem de Noah. Acabo me lembrando que não o respondi mais.

Scott, Alli e Mack parecem estar se divertindo tanto. Eles saem do mar e caminham até nós.

— Acho que devemos ir embora, né? - Alli solta
— Amanhã é segunda e temos aula - Scott concorda
— É ... tá acabando, gente - Acrescento

Nos levantamos, arrumamos tudo e vamos embora. Deixo Scott e Alli na rua deles e levo Bem e Mack ao hotel. Eles saem do carro, mas Ben caminha de volta até mim e deixa um beijo na minha testa.

— Até amanhã, Emma Foster.
— Até amanhã, Benjamim Miller.

— Até amanhã, Benjamim Miller

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Gente, esse capítulo ficou bem pequeno, eu sei, mas é que hoje eu realmente não tive tempo de escrever algo maior, to atolada de coisas da escola e vestibulares chegando ai, mds ... mas eu não quis deixar vocês sem nada, portanto, tá ai esse capítulo assim mesmo. Beijos e espero que tenham gostado.

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