Caos urbano, como podes prescrever?
Andar vagaroso tinha aquele benigno rapaz
Benévolo oásis em meio ao desflorescer
Ecoava remanso, sossego e nada maisOlhar vítreo cristalizado de tons indizentes
Espelham meu atingimento de inércia ágil
Belo és, hierático dono da minha mente
Que afigiu e dilacerou o medancioso frágilTe ensino a voar por todo multiverso
Levo-te um anel de tungstênio inigualável
Simultâneo oscilar de palavras nesse verso
Tormentam efeitos de afetividade inacabávelEm meio a névoas desse bosque ofuscado
Fito sua ausência em sutil inflação caótica
Atravesso o Bifrost imaginário, semi acabado
Como a deformação do espaço-tempo metódicaComo chuva de asteróides e sua agilidade
Tu foi ágil ao decair e se desintegrar
Tornou meu entardecer rudimentar em inquiedade
Sem flores, festim e jazz para vislumbrarO enlêvo dos seus lábios traz a quimera desejada
Aroma de lavanda suge por seu insondável manto
Sublime relíquia reluz sua passagem amargurada
Ao tanger da viola arcaica, enquanto te cantoTrovões caem como um indolente debatido
Ofereço-lhe o Partenon em sagrada simbologia
No altar da contemplação onde o rei é destemido
Meu coração pulsa pelo cavaleiro da cosmologiaFormule nossa futuridade nesses herméticos edifícios
Ao seu lado, forasteiro, o tempo não pode ser medido
Gritos em ecos longínquos soam como um míssel
Implorando ao encantamento: nos conceda esse pedidoSeus cabelos noturnos reluziam sob o sol
Como estrelas distantes reluzem o passado
Imutável ser cintilante abdicou de meu farol
Concedo-lhe estes melancólicos versos inacabados
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ELUCIDAÇÃO POÉTICA
RomanceApresento-lhes versos de minha autoria, uma pensadora em decadência. A melancolia é notória, o arco de solidão enfatiza as entrelinhas rudimentares a cada palavra. Questiono, também, os mistérios da nossa insignificância vaga ao idealizar sistemas p...