Anjo das sombras | Livro 3: O País Das Maravilhas

Capítulo Vinte e Três

Victor Decker:

Foi uma tortuosa caminhada de pesadelo em direção ao castelo da vermelha. Haviam enrolado uma corrente ao redor de minha cintura, prendendo-me aos seus cavalos, que caminhava firmemente pela estrada. Caroline e Pauline estava do outro lado com a segunda em um feitiço para dormir que Morgana diz que irá desacelerar o envenenamento até que chegássemos ao castelo e por fim ela daria a cura.

Ao meu lado, puck usava outra, ele continuava tropeçando, mal conseguindo se manter em seus próprios pés, enquanto seguíamos os cavalos mais à frente, na estrada. Bond caminha ao meu lado com um focinheira mágica e algumas correntes em suas patas, Chessie estava no meu bolso a única coisa que parecia que eles não haviam notado. A mochila pelo visto estava invisível e se recusava a ser aberta por Morgana ou o meu colar impediam que me tirassem à força.

Agradeço por ter esse colar e a mochila encantada para atrapalhar um pouquinho os planos dos meus inimigos.

Gremlins davam cambalhotas ao nosso redor, batendo nos demais, beliscando-nos e rindo do seu tormento. Eles estavam longe de mim ou às vezes sentem o poder do colar que os jogavam para longes.

Os cavaleiros caminhavam de ambos os lados e se recusaram a deixar Puck ou Caleb se recuperarem por causa dos ferimentos que eles causavam com suas espadas. Puck caiu e foi arrastado por várias jardas, até que pôde ficar de pé novamente. Queimaduras vermelhas atravessavam seu rosto, onde sua pele havia tocado pela espada do inimigo, eu sofria por ele e queria revidar. Mas estava usando Pauline como refém e precisava pensar em outra solução.

Chamei as sombras e a magia Summer e me controlei com o solo, um grande tremor começou em segundos e uma enorme explosão.

Uma grande árvore surgiu à nossa frente e jogando os cavaleiros para longe, fechei os punhos e Caleb, Puck e Caroline desapareceram na sombra que a árvore havia criado. Minha mente sabia para onde deveriam ir e simplesmente os mandou para a localização que seria a solução para o meu plano.

Os Gremlins reagiram e avançaram para minha direção e de Pauline, chutei um gremlin com toda minha força, lançando-o longe da gente. Os outros se viraram para mim, e eu os ataquei, chutando e pisoteando-os. Sibilando, um enfiou seus dentes afiados em meu ombro, e eu gritei. A mesma sensação de antes surgiu e quando senti uma enorme comoção dentro do meu peito querendo se libertar.

—Já basta! — Morgana gritou e Tomamos um banho de sujeira e os gremlins foram para trás. Sangue corria por minha pele proveniente de uma dezena de pequenas feridas, e meu ombro latejava. Ela me olhou, estremeceu, depois voltou a cabeça para os cavaleiros. — Vão atrás daqueles três, enquanto a você — Apontou para mim. — Deverá ficar igual a sua amiguinha.

Então jogou um pó em cima de mim, minha visão embaçou então desabei em direção ao chão.

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Despertei em um quarto silencioso e solitário. Meus calcanhares afundavam com suavidade no tapete macio sob meus pés, e meus olhos se fixaram na figura a poucos passos de mim. O aroma de alcaçuz do seu fumo impregnava o ar, criando uma urgência dentro de mim para superá-lo neste jogo distorcido.

— Você esteve ao lado da Vermelha o tempo todo — proclamei, minha voz firme, e Morfeu ergueu o olhar.

Antes que ele pudesse responder, a porta se abriu, revelando a Vermelha, envolta em um deslumbrante vestido vermelho, adornado com joias preciosas e seus cabelos ruivos caindo em cachos sob a coroa que usava. Seus olhos estavam fixos em mim enquanto ela atravessava a sala.

— Veja quem temos aqui — ela disse, sua voz carregada de sarcasmo. — Meu querido Victor, aquele que ousa interferir nos meus planos. — Ela lançou um sorriso para Morfeu. — Você não se lembra da pequena Mirna, que foi uma praga em meu precioso reino?