UM GOSTO DE SOL

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Leona Bonemer.

  MICHAEL ESTAVA COM um braço jogado em cima de mim, por pouco seu corpo inteiro não me esmagou. O afastei de mim com cautela para não acordá-lo, pois sabia que era raro que ele dormisse por tanto tempo. Reparei sua respiração tranquila e o rosto sereno que nem parecia ser de um homem aos trinta e quatro anos, cheio de tantas obrigações.

Levantei da cama após os preciosos cinco minutinhos para realmente acordar e tomei banho, vestindo calça jeans preta e camisa vermelha com uma estampa da Rita Lee. Depois da higiene matinal, prendi o cabelo num rabo de cavalo e sai do quarto. Um cheiro delicioso de comida me pegou enquanto descia as escadas, só então me dei conta que provavelmente já era quase a hora do almoço. Michael e eu realmente tínhamos desmaiado.

Eleonor e Leon estavam na sala com Sayer e Henryk, Ellie conversava com os dois que sorriam feito bobos enquanto ela ria e tomava alguma coisa em sua taça, exalando charme. Era possível ouvir os gritos de Gabriel e Enzo no jardim, com Dandara gritando de volta pedindo pra ambos pararem de correr. Desejei profundamente que eles tivessem arruinado toda a porcaria de grama de Eleonor tanto cuidava. Quando minha mãe me avistou, levantou-se com uma gentileza forçada e veio até a mim. Seus braços me apertaram e fiquei parada, esperando que ela me soltasse.

— Oi, Lena. –meu pai cumprimentou de longe, acenando.

Leon tinha um sorriso tranquilo no rosto e um tom suave na fala, e eu desejei que ele tivesse sido um pai pra mim, não só uma figura paterna. Ainda estava pensando sobre isso quando acenei rapidamente de volta para ele e para os seguranças.

— Tia Suzy está aqui? –perguntei. O semblante de Ellie fechou-se no mesmo instante.

— Está no jardim com aquela sua amiga e as crianças. –fiz menção de sair da sala, mas ela segurou meu braço, ansiosa. — Seu marido não vem?

— Ele está dormindo. –me desvencilhei de seu toque com urgência.

— Não acredito que você casou mesmo com o Michael Jackson... –disse, olhando como se aquilo tivesse sido a única coisa que fiz e foi capaz de lhe dar orgulho.

— Quando ele aparecer, não fique o sufocando. Eu sei que você adora fazer isso com as pessoas.

Virei as costas e passei pela cozinha, onde Maria e outros ajudantes preparavam o almoço. A mais velha ofereceu alguma coisa rápida pra comer, um folheado de queijo e presunto. Em seguida, fui pro quintal. Enzo correu para o meu colo, quase me derrubando e, pior ainda, quase derrubando meu folheado! Ele encheu meu rosto de beijinhos e imediatamente senti meu corpo ficar mais leve.

— Oi, bebê da dinda! –beijei aquele rostinho fofo, bochechudo. – Tudo bem?

— Eu tavo com saudade, dina!

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