"Tem certeza que não quer uma carona?" Jeremiah me perguntou pela segunda vez depois que viu minha moto.
"Não precisa, obrigada" Por mais que eu odiasse que as pessoas repetissem uma pergunta direcionada a mim não pude nem sequer pensar em ser rude com esse cara, vou sempre ficar devendo alguma coisa pra ele "Mas você pode me dar seu telefone" Ele ergueu uma sobrancelha "Vou me sentir melhor se eu te pagar um café ou qualquer coisa do tipo"
"Você não me deve nada, mas tudo bem, posso escrever meu número no seu celular?" Assenti e tirei meu celular da mochila mas por reflexo olhei para as ruas desconfiada, até me lembrar que estou na calçada, ouvi Jeremiah soltar uma risadinha, entreguei meu celular para ele.
Analisei nem um pouco discreta o seu rosto, ele tinha madeixas adoráveis que faziam contraste com seus olhos azuis meio apagados, desci meu olhar desde a mandíbula apertada como se estivesse aflito com alguma coisa desconhecida por mim, até que eu notei uma tatuagem estranha em seu pescoço, era muito pequena então tive que me esforçar mais para observá-la.
"Algum problema?" Sua voz grave me assustou e pisquei diversas vezes antes de olhar pra ele, o sorriso desapareceu do seu rosto e ele erguia mais uma vez sua sobrancelha, acho que era um hábito seu "Aqui seu celular"
"V-valeu" tremi um pouco a voz e me senti estúpida por isso logo depois, não deveria está tão nervosa por estar curiosa em sua tatuagem. Peguei meu aparelho de volta e ele curvou um pouco a boca na tentativa de um sorriso, acenou com a cabeça antes de caminhar em direção ao seu carro.
Suspirei profundamente enquanto observava o automóvel partir.
Liguei o ecrã do meu celular para checar se eu estava muito atrasada pro colégio, e percebi que havia uma ligação perdida de Bruce. Dessa vez bufei, não estava supresa ao todo até porque ele ligava para mim as vezes na esperança de eu algum dia atender. Ele não tinha aceitado o que havia acontecido em Palm, e eu sabia muito bem disso.
Como também sei que uma hora ou outra nós iríamos nos esbarrar, mas eu fazia o possível para adiar qualquer possibilidade. Adiar o inevitável é a pior coisa que uma pessoa ansiosa como eu deve cometer, mas eu fingia não saber para poupar sofrimento.
"Oi, cerejinha" Revirei os olhos quando ouvi o apelido que Lex deu pra mim, ela tinha o costume de chamar as pessoas com nomes diminutivos de comidas, especificamente frutas."Kean" ela me deu um leve empurrão fazendo eu rir, sabia que ela detestava seu sobrenome por causa de sua mãe que é ninguém menos que Bárbara Kean.
A miss Kean, como ela prefere ser chamada, era uma socialite conhecida por toda Gotham City por seus bares de luxo e rumores envolvendo seu nome com a máfia, embora ela desmentisse, poucos sabiam da verdade. Ela já se hospedou no hotel onde eu trabalho e tive o prazer de ver ela deslumbrantemente conversando com Don Falcone, o mesmo considerado maior mafioso de toda Gotham segundo fontes do submundo da cidade. E foi a partir dali que eu confirmei minhas suspeitas sobre sua suposta reputação suja.
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UNMISTAKABLE ❦ batcat (hiatus)
Teen Fiction𝓝unca aceite coisas de estranhos, minha mãe dizia. 𝗠𝗮𝘀 𝗲𝗹𝗮 𝗻𝗮̃𝗼 𝗱𝗶𝘀𝘀𝗲 𝗻𝗮𝗱𝗮 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝗮𝗰𝗲𝗶𝘁𝗮𝗿 𝗼 𝗯𝗲𝗶𝗷𝗼 𝗱𝗲𝗹𝗲𝘀. ─ 'Onde Selina Kyle acaba se envolvendo com o namorado de sua irmã gêmea. ⚠️ Essa his...