Susurros

7 0 0
                                    

Nome da arte: espírito [2020]

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nome da arte: espírito [2020]

Se eu virasse esse corpo ao contrário, até o sol sucubiria
A escuridão esparramaria pot vossas mentes
E a lua não daria mais o seu brilho
Porquê depende do masculino para propagar a sua dor
E então se faria negra.

Me vem a madrugada
E o café que me bate nem arde mais
Mãe, não é café que tira meu sono
Nem as luzes acessa da sala
Ou tv ligada até às 4
Nem o barulho externo da casa ao lado
O que tira meu sono e o silêncio da minha mente rouca
Eu me esforço, faço força mais daqui não sai nada
É como se tivesse saído tudo
Só que sem as mentiras que te conto...
Daqui não saiu nada.

Mas nem entrou também porque o mal já está dentro
O corpo
A meu corpo diz, nunca mais
E se afoga mais uma vez com o rancor
E se deleita vendendo a imagem de vítima
E teme a forca como ela fosse a morte
Ela não carrega a morte
Gente carrega a morte embaixo dos braços
E no abraço despeja toda a sua irá
Oh alma ferida, maldita
Se eu rasgasse a minha pele
A dor não seria tão imensa quando a falta de ar sobre os seus pés
A dor do ferro contra os ossos enrrigesse os músculos e faz sangrar a alma
Pobre alma imunda
Teu irmão não fez nada
E nada você fez pra tirar ele da forca.

Irmão, eu amarrei seus cadarços quando você não sabia
O abraço que te dei era livre das contaminações dessa doença que alastra essa pandemia:
O ódio.

Irmão, se tu tivesse aqui tu saberia.

Palíndromos (ou Apocalipse)Onde histórias criam vida. Descubra agora