LIBERDADE

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Como tudo mudou eu não sei, perdi tudo que mais amei nessa vida, é estranho por enquanto. Mas vai se tornar comum para mim, talvez eu deva me acostumar com a dor, não éramos certos.

P.O.V Thiago

- onde eu tô? Como vim parar aqui? Liz? Arthur? Joui? Cesar? Tem algum?

Onde eles estão preciso ver se eles estão bem, não posso me perder deles, prometi que ficaríamos juntos. Não posso fazer isso...

Olho ao meu redor e não parece em nada santo berço, inda era uma floresta... As árvores parecem prédios gigantescos, e a maioria das coisas tem algum tipo de musgo verde. Era tudo tão vivo com o verde, tá me dando até tontura só de olhar. Tem que algo por aqui para me ajudar, para mim ajudar a encontrar uma saída daqui.

- Thiago?

Era uma voz suave naquela lugar, parecia feminino mas uma que eu nunca tinha ouvido, comecei andar por aquela florestas em busca da voz. Meus instintos me levavam para frente, eu não sentia vontade de parar, só tinha que seguir ela, para sei lá onde. Quanto mais eu andava mais notava uma trilha para mim, uma caminho cheio de raízes ao lado, Como se fosse a calçada. Ao terminar de andar me a frente de precipício, olho ao redor mas nada, somente um lago abaixo.

- estranho! - penso em voz alto, por que eu segui aquela voz, eu não deveria ter feito isto, poderia ser um inimigo meu.

Mais uma vez olhando ao redor, o pior que eu não tinha nada para me defender, estou sem minhas armas, só estou com a roupa de santo berço. Tava esperando os luzidios aparecerem, ou algum do tipo.

- Thiago! Por que você fez isso?

Aquela voz tão agoniante e facilmente reconhecível para mim, Elizabeth prometi não deixar ela, mas não pensei duas vezes em proteger todos.

- você só tinha um trabalho!

Eu olho para trás e encontrou algum familiar, um ruivo com o cabelo preso em um coque, ao lado dele um homem de cabelos curtos, com um sorriso no rosto.

- Eu não acredito! São vocês mesmo? - ele correu e abraços os dois, que começaram a rir e chorar ao mesmo tempo. - eu tô imaginando vocês?
- acredite somos bem reais!
- o único que não tá aqui é o Ricardão! - Alex levantou sua sombrancelha e deu uma cotovelada no Daniel.
- então, onde eu tô? É o paraíso? - os dois se encaram confusos.
- na verdade isso aqui se chama outro lado, a gente ainda não encontrou nossa paz! - respondeu Daniel.
- nossa paz? Outro lado?
- tem sempre algum que você deseja proteger, meio que você fica ao lado dela. Como eu e o Daniel ficamos por você e a Liz.
- mas você precisa se despedir, e achar âncora lá no mundo dos vivos, e daí você volta pra cá e esperará pelos outros, e ir com gente para um lugar especial.

Isso é estranho - pensou ele com toda ideia, nunca ele imaginou que sua vida pós a morte seria assim. Mas antes que ele podesse falar mais alguma coisa, ele foi teletransportado para um apartamento em especial. Lá dentro não tinha muitas coisas, apenas um sofá na sala e uma tv, mas em cima do sofá um quadro lhe chamou atenção.

- mãe! - chamou Arthur pela Ivete, ele estava diferente de alguma maneira, mas ele não sabia dizer o que estava diferente.
- oi querido - disse Ivete se aproximando do homem.
- você tem certeza que não quer comigo na central da ordem?

Por que ele tá chamando a Ivete? Eu perdi algo depois que eu morri. A ivete negou dizendo que precisava arrumar as coisas, ele concordou e foi em direção a porta. Ambos os doida sairam juntos, Arthur cantava algo não conhecido para Thiago.

- que músico é essa?
- é dele! - respondeu uma voz velha atrás do Thiago.

Quando ele se virou viu todos os gaudérios olhando ele, não havia como não se assustar com aquilo. Não é todo dia que você reve pessoas que morreram por sua culpa, por não ter sido tão cuidados em uma missão, onde inocentes morrem.

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