Capítulo 01

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— Eu realmente preciso de uma bebida – Diego resmungou ao sair do quarto onde Grace havia instalado Five. O dia havia sido um caos do início ao fim. Quando eles descobrissem onde estava Harold, o filho da puta ia virar uma peneira antes que tivesse a chance de piscar.

— Acho que você está andando demais com o Klaus – Respondeu Allison, enquanto descia as escadas em seu encalço.

— Nah. Five superou Klaus como o alcoólatra da família. – Allison se jogou na poltrona da sala enquanto Diego se sentou no sofá que ainda estava úmido com o sangue de Five. – Onde ele está, afinal? 

— Klaus? – Allison deu de ombros – Imagino que em uma festa. A casa não estaria tão quieta se ele estivesse aqui. 

Diego balançou a cabeça.

— Não acho que ele estava bem o suficiente para sair. Hoje de manhã parecia doente, estava mais pálido que os fantasmas que ele vê.

— Eu posso perguntar a Luther – Allison se levantou, – Ele deve estar mexendo no escritório de Reginald. Se Klaus saiu, ele deve ter visto.

— Mestre Luther não está em casa, Senhorita Allison – A mulher se assustou com a presença repentina de Pogo. – Ele e mestre Klaus saíram há algumas horas.

— Juntos? – Diego estranhou. Enquanto todos implicavam com Klaus, Luther era de longe o pior, chegando muitas vezes a ser cruel em seus comentários, ele não podia imaginar aqueles dois compartilhando um momento fraternal.

— Quase – Respondeu Pogo com sua calma habitual – Mestre Luther estava bêbado, queria se divertir. Mestre Klaus tentou impedir, quando não conseguiu, ele o seguiu. 

— Merda – Resmungou Diego já andando em direção da porta.

— Aonde você vai? – Perguntou Allison apesar de já saber a resposta.

— Atrás dos nossos irmãos idiotas. – Diego respondeu sem se virar. Ele esperava que Allison argumentasse contra a ideia, mas em vez disso ouviu o click de seus saltos.

— Vou com você. 

Diego não tentou contradizê-la, sabia que Allison era a pessoa mais recomendada para falar com Luther, principalmente se estivesse muito bêbado. Ele estava mais preocupado com Klaus, no entanto. Os dois não haviam conversado depois de todo o incidente com Hazel e Cha-Cha no dia anterior, mas Diego podia ver que algo estava errado com seu irmão.

Ele e Allison haviam acabado de atravessar as portas da mansão quando dois vultos cambaleantes se tornaram visíveis. O primeiro deles sem dúvida era Luther, não havia como confundir seu tamanho com o de uma pessoa normal. 

Quando a luz da entrada iluminou as figuras, porém, foi possível ver que a segunda figura não era Klaus e sim uma mulher, que parecia quase tão bêbada quanto Luther. Os dois pareciam muito felizes enquanto caminhavam na direção da mansão, entre risos e toques íntimos demais para exibir em público.

Diego sentiu uma pontada de tristeza ao ver a decepção no rosto de Allison quando viu a cena. Ele não tentou chama-la de volta quando ela se virou e voltou para dentro, batendo a porta com força atrás de si.

— Dee – Luther exclamou parecendo extremamente feliz em ver o irmão. Diego torceu o nariz com o uso do apelido. O único que continuava a chama-lo assim nos dias atuais era Klaus e apenas por saber que o irritava.

O número Um tropeçou um pouco nas escadas e Diego ficou surpreso que ele conseguisse recuperar o equilíbrio antes de cair. A mulher que o acompanhava, andava alguns passos atrás parecendo pelo menos um pouco mais sóbria que seu parceiro.

O Dia Que Deveria Ter Acontecido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora