Parte 11

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- Mas... Se eu não conseguir...

- Vocé sabe o que acontece.  - Paula afirma.

- Não tem outro jeito?

- Tem.

- Qual?

- Se matando, ou matando Lady.

    Roberto engole seco.

- Minha barriga... Mal consigo me levantar.

- Ele bateu bem no lugar que você fraturou quando era menor.

- Como sabe disso?

- Esqueceu? Fui sua melhor amiga, sei tudo de você...

     Roberto olha para Paula. E a vista de Roberto escurece, fazendo-o cair. A única coisa que via, era vultos e mais vultos. E uma voz chamando pelo seu nome.

   *******

    Quando Roberto acorda, ele está deitado na sua cama. Ele não sentia dor, nem nada. Estava no seu quarto, tudo arrumado.

- Isso. Foi apenas um pesadelo. - Roberto sorri, batendo em sua barriga, vereficando se doía. - Ainda bem tudo não passou de um pesadelo.

    Roberto sai da cama, e vai em direção à porta, coloca a mão na maçaneta. E começa escutar alguém respirando. Uma respiração pesada. Roberto deu um passo para trás, e retirou a mão da maçaneta.

- Não foi só um pesadelo. - Sussurra pra si mesmo, olhando para suas mãos, que tremiam.

    Cenas apareceram na mente de Roberto... Quando Gustavo era uma pessoa viva, e boa... Ele, criança, sentado em um banco, sozinho, olhando as outras crianças brincarem. E ele quieto, no canto da sala.

   As cenas desapareceram da mente de Roberto. E passaram para cenas de Paula. Uma garota, sofria bully por quase todos. Menos, por Roberto. Via cenas de Paula chorando.

   Roberto bateu a cabeça na parede. Não aguentava ver aquilo tudo.

   Alguém bateu na porta. Roberto se levantou e chutou a porta. Teve um enstrodo como resposta. Roberto pegou uma faca que havia ali, e abriu um buraco na porta. Permitindo ver o outro lado.

   Eram seus pais, e ainda... Com aqueles sorrisos macabro. Mas... Não havia olhos.

  

Almas obscurasOnde histórias criam vida. Descubra agora