Parte 12

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    Roberto dá um passo para trás. Ele tremia como nunca. E estava sem saida, a não ser... Pular da janela. Roberto olhou a altura, não iria sobreviver a essa queda. Quando ele percebeu a umidade no quarto. A parede estava frágil demais, poderia ser quebrada facilmente. Então, resolver chutar. E abriu um buraco na parede, o levando para um lugar escuro. Roberto achou um interruptor. Quando ele liga a luz, vê os verdadeiros corpos de seus pais. Estava decapitado. Então... O que seria aquilo, que tinha o corpo de seus pais?

- Co-co-como? - Roberto deu um passo para trás. Tropeçando em um braço fora do corpo. E Roberto correu para um corredor que havia nas suas costas. Corria sem olhar para trás. E de lá, vinha umas batidas.

   O corredor parecia não ter fim. Aparecia imagens de pessoas mortas coladas na parede. Roberto estava com a cabeça baixa. E o corredor levou a um quarto. Um quarto normal, tirando o fato, de que Paula estava sentada na cama.

- Pa-Paula. Me-Meus pais... - Roberto gagueja. 

- Estão mortos. - Paula abaixa a cabeça.

- Você já sabia? - Roberto fala em meio em lágrimas.

- Sim.

- E não me falou? Quem fez aquilo?

    Paula olha para Roberto.

- Eu. - E Paula abaixa a cabeça mais uma vez.

- Porque? - Roberto tremia. 

- Lady... Ela falou que eu poderia viver denovo, e...

- E...?

- E ter uma vida como uma pessoa normal. Sem ser excluida de nada.

- Você tá de qual lado agora? - Roberto dá um passo para trás. Mas, o corredor havia sumido.

- Do seu. 

- Mas... A lady...?

- A Lady mentiu. Ela esfregou isso na minha cara. Ela só falou que era mentira, quando eu já havia feito isso com seus pais. 

- Porque não me contou?

- Você não iria acreditar.

- Que droga. Todos me traem. Até você... - Roberto bate a cabeça na parede com força repetidas vezes. - Porque isso? Não se pode confiar em ninguém nesse mundo? - Lágrimas caíam do rosto de Roberto.

    Roberto sentiu algo diferente de dentro dele. Sentiu a força osbcura lá dentro, querendo despertar. Ele assentiu. Concordou para que a força se juntasse a ele, sendo que ele podesse controlá-la.

- Roberto? - Paula pergunta, depois de minutos que Roberto estava parado e calado. Quando Paula percebeu que fluía algo diferente na sala. Um tipo de poder, parecido com o de Lady, só não era igual porque era mais forte.

- Roberto!? Sua força... - Paula anda até ele e coloca a mão em seu ombro, quando sente um choque, e retira a mão rapidamente. 

  Paula vai para o lado de Roberto, ele estava com o olho fechado. 

- Roberto!?

  Desta vez, o olho de Roberto, estava anormal. Paula nunca viu aquilo. Era um olho totalmente negro, e outro branco.

- Ah não. - Paula segura no braço de Roberto, e ele solta um impacto forte, que a lança contra a parede.

- Eu não irei confiar em mais ninguém. Ou eu me viro sozinho, ou eu morro. - Roberto fala com um rosto sombrio. 

- Roberto! - Paula se levanta com dificuldade, e segura no braço mais uma vez. E o choque dessa vez, a fez passar pela parede de tanta força.

 - Me deixem em paz! - Roberto grita.

Almas obscurasOnde histórias criam vida. Descubra agora