Capitulo 6

354 42 37
                                    

                    Margarida

   O Harry estava a falar ao telemóvel com a Catarina, tentava conter-me a mim própria e ao meu corpo. O esforço não foi suficinte, tinha vontade de vomitar, corri para a casa de banho, senti o Harry correr atrás de mim enquanto terminava a chamada com Catarina, a minha vontade não estava compativel com as minhas ações, eu realmente queria vomitar, tinha que o fazer, mas não conseguia, forcei-me a faze-lo, puxei o vómito com a ajuda dos meus dedos.

   - Margarida estás bem? - Harry ajoelhou-se ao meu lado enquanto eu tentava, desesperadamente, vomitar. Finalmente consegui, quase nada, mas alguma coisa saiu, o suficiente para que as minhas forças se fossem. Levantei a cabeça a tempo de cair para trás.

                              ...

   Uma nuvem branca apareceu na  minha vista quando abri os olhos, pisquei varias vezes, finalmente consegui distinguir os olhos do Harry a olhar me desde a ponta da cama onde ele me deitara.

   - Harry, desculpa - eu implorei.

   - Desculpa? Porquê? Tu estás doente, não tens culpa! - ele aproxima-se, - Queres levantar-te?

   Tentei levantar-me, mas em vão, iria desmaiar de novo se o fizesse. - Eu não posso - eu disse lhe.

   - Okay, então vou pedir para trazerem o jantar para cima, não quero que estejas mais sem comer - ele respondeu.

   - Como assim estive desmaiada o dia todo? - eu perguntei frenéticamente.

   - Não te preocupes, esteve aqui um médico. - o Harry disse enquanto ligava para a recepção. - Ele disse ias ficar bem rapidamente, a droga que os teus pais te deram era fraquinha pelos vistos. - Ele disse depois de pedir que trouxessem o jantar. - Amanha já não tens nada, no entanto ele disse que devias descansar, vais estar frágil.

   - Obrigada por me ajudares, tu mal me conheces - eu agradeci a Harry.

                       Harry

   Depois de jantar, decidi ver um filme com a Margarida, Love Actually, eu basicamente obriguei-a porque ela me disse que nunca o tinha visto. Secalhar não devia porque ela adormeceu logo.

   Depois de algum tempo a contemplar o seu sono, desci até ao hall de entrada e saí a explorar, eu sei que não devia, e podia ser visto mas tinha uma certa curiosidade.

   Percorri o caminho, que mais cedo havia percorrido atrás de Margarida, de volta à sua casa. As ruas estavam vazias, silenciosas, o cheiro era deprimente. Ao me apróximar da sua casa, havia fitas da polícia a fechar a rua de ambos os lados, mas não estava lá ninguém.

   Passei por baixo da fita azul e branca, caminhei até à porta para encontra-la partida, devem ter forçado a entrada. Empurrei a porta partida para trás, fazendo-a chiar, obriguei-me a entrar embora o quisesse fazer.

   - O que está aqui a fazer? Não pode estar aqui, vai ter que sair. - Uma senhora de luvas brancas levantou-se do chão da cozinha, devia estar a recolher amostras 'A estas horas da noite? É quase madrugada', no entanto falou-me em português e eu não entendi o que ela me disse.

   - Desculpe, não falo português - eu respondi-lhe em inglês, esperando que ela me compreendesse e me pudesse dizer o que eu preciso de saber.

   - Eu estava a dizer a dizer que o senhor não pode estar aqui, tem que sair - Ela respondeu na minha língua 'Graças a Deus'.

   - Eu só preciso de saber o que aconteceu às pessoas que viviam nesta casa - eu implorei.

Is this love?? |H.S./N.H.| (SLOW UPDATES)Onde histórias criam vida. Descubra agora