Internato

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Paixão Sem Limites

S A S U K E

Olhava para a janela em silêncio com os braços cruzados, o céu escuro parecia mais interessante do que ficar escutando lorotas. Não era a primeira vez que eu vinha parar na delegacia, meu tio já havia se acostumado comigo ali, mas dessa vez eu estava encrencado e irritado.

— Sasuke você pode ser meu sobrinho e eu gosto muito de você, mas essa é a última chance que eu te dou. Se não parar de aprontar não vou poder te ajudar e ao invés de ser apenas a moto terei que lhe prender também. Espero que repense suas atitudes a partir de agora. — Madara terminou seu discurso de bom delegado fumando um maldito cigarro. — Você dá muito trabalho garoto, com certeza não puxou a sua mãe.

Continuei calado apenas o encarando, segurando a vontade de manda-lo a merda. Madara gostava de dar lição de moral, mas não era melhor que ninguém nessa sala.

— Ele vai parar tio, obrigado mais uma vez. — Itachi se levantou e me lançou um olhar sério antes de seguir para a porta.

Me levantei e o segui não suportando ficar mais um segundo naquele lugar.

— Estou de olho. — ainda ouvi a voz de Madara antes de sair da sala. — Garoto problema.

Coloquei as mãos no bolso da minha jaqueta caminhando pra fora daquela delegacia, ao chegarmos no estacionamento Itachi destravou seu carro entrando no mesmo sem falar nada.

Abri a porta do carona e entrei respirando fundo esperando o sermão que estava por vir.

— Não vai falar nada? — quebrei o silêncio olhando para o para brisa.

— Tem noção do que fez? — Itachi dirigiu para fora do estacionamento com uma calma intrigante.

— Não fiz nada, a garota que se jogou na frente da moto.

— Sabe quem é essa garota?

Era a garota do cemitério, os cabelos estavam mais curtos, mas sem dúvida os olhos eram os mesmo. Ela estava diferente, mas afiada talvez, era uma completa patricinha estranha e com certeza não me reconheceu.

— Uma dondoca.

— Essa dondoca é a filha do Governador, tem sorte do pai dela não ter prendido você, sua situação já não está boa. — Itachi bufou impaciente.

Filha do Governador. Claro que ela seria alguém que tinha poder, ou não teria feito toda aquela ceninha irritante. Aquela garota me colocou em maus lençóis e eu nem mesmo a machuquei. A dondoca me ferrou por puro capricho.

— Não preciso de lição de moral Itachi, isso não muda nada. — retruquei irritado.

— Realmente não muda nada, você é um cabeça de vento. Mas você e essa moto só causam problemas, por isso Madara irá confisca-la.

— Faça o que quiser Itachi, apenas não toque na porra da moto.

— Eu sei que ela é importante pra você, mas temos que pensar no seu bem estar e o da sociedade. Se quiser a moto de volta vai ter que provar que a merece, não participar de corridas clandestinas e dirigir com cuidado é um bom começo.

— A moto é minha, eu faço o que quiser com ela.

— Agora é da polícia, tem sorte do Delegado ser nosso tio. Madara é muito bonzinho com você, se dormisse uma noite na cadeia pararia com essas merdas.

Respirei fundo olhando para a janela do carro, me controlando para não socar meu próprio irmão. Como Itachi pode ser tão babaca? Ele nunca me apoia ou fica do meu lado em nada que eu faço. Eu simplesmente sou incômodo para ele.

Paixão sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora