Complicações

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Paixão Sem Limites

S A K U R A

Sai da sala de aula juntamente com Hinata e Ino ao meu lado. Nós caminhamos por entre alguns alunos enquanto conversávamos em meio ao barulho que eles faziam.

— Os garotos não param de olhar para você Sakura. Todos estão comentando sobre o seu show no chafariz ontem. — Ino me deu uma cotovelada abrindo um sorriso provocador.

Revirei os olhos tendo que confirmar que ela realmente estava certa. Eles não paravam de olhar para mim, um dos garotos conseguiu me filmar e o vídeo estava circulando pela escola.

Eu não me importava nenhum pouco porque não era nada demais. Se um cara pode tirar sua camisa em público sem nenhum problema, uma garota tem os mesmos direitos.

— Eu apenas mostrei o sutiã, não há nada demais nisso.

— Isso já é o suficiente para os garotos do primeiro ano sonharem com você.

— São crianças. — fiz uma leve careta quando passamos por um grupo de garotos que deveriam ter seus quinze anos.

Eles suspiraram me olhando, e alguns ousaram acenar. Forcei um sorriso achando engraçado a forma que alguns ficavam envergonhados.

— Crianças que vão bater uma no banheiro pensando nos seus peitos.

— Que sujo Ino.

— Ainda não consigo acreditar que você é virgem.

— Qual vai ser o trabalho de hoje Sakura? — Hinata perguntou mudando de assunto, porque ela também era virgem e não gostava de comentar sobre essas coisas.

Suspirei em desagrado ao me lembrar do serviço escravo terrível que farei hoje.

— Vamos ter que limpar todos os banheiros, provavelmente Sasuke ficará com os masculinos e eu com os femininos.

— Tsunade quer matar vocês? Têm centenas de banheiros aqui. — Ino murmurou horrorizada.

— Se eu sobreviver a isso nunca mais faço algo de errado na vida.

— Você vai estar morta no fim do dia, isso se conseguir terminar.

— Obrigada por me encorajar Ino, me diga algo que eu não saiba.

— Nós podemos ajudar você. Tsunade não irá perceber. — Hinata de ofereceu abrindo um sorriso penoso.

Ela era tão gentil e fofa que eu gostaria de aperta-la e guarda-la em um potinho.

— É muito nojento, mas o que eu não faço por você? — Ino suspirou dramaticamente olhando para suas belas unhas pintadas de branco.

— Não meninas, vocês não têm nada haver com o meu castigo. — comentei quando paramos em frente aos armários. — Não precisam fazer isso por mim.

Abri o meu armário guardado os livros de química e matemática, ouvindo Hinata e Ino cochicharem atrás de mim.

— Nós já decidimos.

— Não vamos deixar você sofrer sozinha. Você nem sabe limpar uma privada, aliás ninguém aqui sabe, mas três é melhor do que uma. — Ino disse decidida.

— Já disse que não precisa.

— Não estamos lhe dando uma escolha.

Sorri agradecida por ter aqueles anjos na minha vida. Elas eram minha família, as únicas pessoas que ainda se importavam comigo.

Paixão sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora