Paixão sem limites

Orgulho

Paixão Sem Limites

S A S U K E

— Está confortável? — Sakura perguntou depois de arrumar meu pé sobre o travesseiro.

Eu estava deitado na cama, depois de Obito ter me ajudado a chegar até aqui, já que eu não conseguia manter meu pé firme no chão sem sentir uma dor insuportável.

Sakura estava o tempo todo me analisando e perguntando se eu estava bem, mesmo com todo aquele clima tenso entre a gente, ela não escondia a preocupação.

— Não, essa merda tá doendo.

— Quando eu torci o meu tornozelo na escola eu não sentia muita dor, conseguia até andar e me recuperei rápido. Seu caso deve ser diferente, seu pé está muito inchado. — ela comentou pensativa.

Isso não se compara ao tropeço que ela levou a algum tempo atrás. Eu tinha sorte de não ter sido pior, e minha moto também, eu ficaria puto de algo acontecesse com ela.

— Eu tive que suportar o peso da moto em cima dele. Eu mal consigo mexer o pé, pensei que havia quebrado.

— E você ainda fala que não foi nada de mais. Ao menos agora aprende a tomar cuidado. — Sakura ironizou se sentando no colchão ao meu lado.

Ela não perderia uma oportunidade de me alfinetar. Era nítido que nós dois estávamos com raiva ali, na verdade, eu estava puto da vida com ela e não queria perdoa-la tão cedo.

Ela havia me decepcionado profundamente. Nem eu era tão teimoso assim, Sakura ultrapassa os limites.

— Lá vem você com lição de moral.

— Não é lição de moral e sim senso, mas você vai ficar com essa cara feia até quando?

— É a única que eu tenho.

— Eu acho melhor você se animar, tem um mês pela frente de repouso.

— Um mês aturando você? Que azar. — ironizei a ouvindo respirar fundo e resmungar algo.

Ela pode se irritar o quanto for, não vai pagar o que eu estou sentindo. Na verdade, eu queria odiá-lo profundamente, mas não consigo.

— Não me irrita agora Sasuke, você não vai querer me ver zangada.

— Você começou fazendo merdas, agora aguente.

— Você deveria entender meu lado. — Sakura reclamou.

— Não sei como uma mentirosa pensa.

— Vai continuar desconto sua raiva em mim? — ela perguntou e eu fiquei em silêncio tentando a ignorar — Quer que eu vá embora?

— Faz o que você quiser. — cuspi.

Eu não queria que ela fosse embora.

— Eu quero ficar com você, mas parece que você não quer o mesmo. — Sakura amansou o tom de voz tentando me manipular.

Deve achar que eu sou um trouxa.

— Tudo bem, eu peço desculpas e assumo que posso estar um pouco errada. Vai parar de ser chato agora? — me olhou impaciência.

Ela estava pirando e eu achando pouco.

— Rasteja mais que tá pouco.

— Quer que eu me ajoelhei e peça perdão? — ela me olhou com raiva jogando um travesseiro na minha cara.

— Quero que você pare de ser sem noção.

— Para de ser mal comigo. — Sakura gritou.

Deitei a cabeça no meu travesseiro e fechei os olhos, não querendo ouvir mais nada.