Paixão sem limites

Desconfiança

Paixão Sem Limites

S A S U K E

Meu domingo estava sendo tedioso. Sakura não havia voltado para cá ontem, alegando que os pais a aceitaram de volta em casa e que passaria aquele fim de semana lá.

Tudo bem, eu não estava sentindo sua falta mesmo, estava ótimo sozinho montando um quebra cabeça para não enlouquecer de tédio. Kurenai disse que era bom para exercitar a mente.

A gata folgada da Sakura estava em cima da cama comigo, bagunçando meu jogo de propósito todas às vezes que eu pensava estar terminando de montar a cara do Chuck.

Eu não sabia qual era o problema dela, mas já estava me irritando.

— Desce agora da minha cama. — grunhi e ela me deu as costas deitando em cima do meu jogo bagunçando tudo.

Que filha da puta mal educada!

— Sasuke, seu irmão está aí. — Rin apareceu na porta do quarto me tirando do transe gata mal educada.

Itachi não vinha na mansão desde que nos mudamos. Esse lugar não assombrava só a mim no final das contas.

— O que Itachi quer?

— Disse que quer conversar com você. — ela deu de ombros.

— Fala pra ele que eu não estou afim de ouvir suas reclamações agora.

— Você vai conversar comigo sim Sasuke. — Itachi apareceu na porta do quarto, me lançando um olhar cansado.

É claro que ele insistirá, meu irmão é conhecido por não aceitar ser ignorado. Depois eu é que sou o birrento.

Soltei um suspiro o vendo entrar no quarto e Rin fechar a porta nos deixando sozinhos. Itachi andou pelo local parando próximo à janela, olhando para o lado de fora.

Ele ficou em silêncio por um bom tempo, parecendo estar buscando as palavras certas. Voltei minha atenção ao quebra-cabeça buscando paz de espírito. Não gosto muito de jogos porque não sei perder e minha paciência se esgota nessas porcarias.

— Essa casa me trás boas lembranças. — meu irmão comentou.

— Só se for pra você. — resmunguei sem o olhar.

— Nós éramos felizes aqui Sasuke, nossa infância foi ótima.

Em partes ele tinha razão, a infância foi legal de alguma forma.

— Então crescemos e veio as tragédias e  decepções. — o lembrei.

— E de repente não tínhamos mais a nossa mãe, nosso pai se fechou e fugiu de tudo, você começou a causar problemas e eu só queria ser o irmão mais velho que controlava tudo. — ele soltou um suspiro cansado. — Mas fiz tudo errado no final.

— Ainda bem que sabe.

— Eu só queria entender você Sasuke, por que não se abre pra mim? Você me deixa exausto. — Itachi se aproximou da cama olhando para Darla que esticava as pernas com preguiça.

Desisti da porcaria do quebra-cabeça.

— O problema aqui Itachi, é que você não quer me escutar, apenas me julga pelo seu conceito de certo ou errado. — retruquei o olhando seriamente. — Eu sei que eu já fiz coisas erradas, e fiz de propósito mesmo, às vezes eu quero apenas me vingar de algo ou viver do meu jeito. Mas agora é diferente, estou tentando melhorar, mas você não vê isso.

— Quer mesmo melhorar? — havia hesitação na sua voz.

— Quero porra.

— Por que estava dirigindo bêbado? Por que agrediu seu colega? Suas atitudes dizem ao contrário Sasuke.